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Estado de Minas

Jeep Grand Cherokee Limited Diesel - Aventura sem escalas

Com versão Diesel do SUV, Jeep conquista consumidores que priorizam a autonomia para realizar grandes viagens. Conforto e robustez se destacam no Grand Cherokee, mas preço alto abre espaço para considerar a compra de concorrentes


postado em 22/10/2014 16:00 / atualizado em 22/10/2014 17:26

(foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)
(foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)
Ter um SUV pode não ser a opção mais inteligente para rodar na cidade grande, mas para sair dela, não há veículo melhor do que os utilitários. Robustos e confortáveis, eles deixam qualquer passeio mais fácil e encantam as famílias que valorizam viagens rodoviárias e neste caso, quanto maior a autonomia, melhor é. É nisso que a Jeep aposta com o Grand Cherokee Limited Diesel para desbancar a concorrência.

 

O nosso teste começa pela grande autonomia e pequeno consumo do Jeep. No tanque, cabem 93,1 litros de diesel. Na avaliação feita pelo Vrum, o veículo apresentou 9,0 km/l no consumo urbano. Considerando o volume do tanque, o veículo tem autonomia de 1.489 km, mais que o suficiente para ir de Belo Horizonte para Salvador ou de São Paulo para Assunção, no Paraguai, sem se preocupar em abastecer no meio do caminho. Tiramos a amostra rodoviária nos trechos entre BH, Sabará e Nova Lima. Chegamos a incríveis 16,0 km/l, com média de 13,5 km/l.

 

Veja mais fotos do Jeep Grand Cherokee Limited Diesel

 

Com razoáveis 457 litros de capacidade no porta-malas (que podem virar 1.554 litros com o banco traseiro inteiramente rebatido), dá para levar muita bagagem sem comprometer o conforto dos cinco ocupantes. Se você acha que o asfalto é problema para este SUV, não se preocupe, pois ele é dotado do sistema ERM, que diminui a rolagem da carroceria nas curvas, deixando a viagem mais confortável.

(foto: Jeep/Divulgação)
(foto: Jeep/Divulgação)

 

O conjunto propulsor que tem a responsabilidade de empurrar um volume de 2.393 kgé um dos pontos italianos que a Chrysler (marca que controla a Jeep) ganhou com a incorporação à Fiat. O motor é produzido na Itália pela VM Motori. São excelentes 56 kgfm de torque disponíveis entre 1.800 e 2.800 rpm. O propulsor turbodiesel V6 3.0 litros desenvolve 241 cv de potência a 4.000 rpm e vai da inércia aos 100 km/h em 8,2 segundos com velocidade máxima de 202 km/h. O excelente consumo já mencionado é resultado também do novo câmbio automático ZF de oito velocidades. O peso não põe medo no 'jipão' e o desempenho é muito bom em qualquer situação guardadas as devidas proporções do SUV.

 

No off-road, é só alegria
Não há nenhuma graça testar um SUV apenas na cidade. No trânsito urbano, dá pra passar até raiva em um carro com dimensões tão avantajadas, mas isso é assunto para outra reportagem. Para aproveitar os atributos do Grand Cherokee Diesel, nos aventuramos em trilhas da Grande BH. Com o tempo seco e carente de chuva que a região passa, a estrada de terra virou um deserto de areia, um grande desafio que atrai os pilotos de motocross. Como será que o Cherokee encara um terreno tão árido?


Decidimos seguir para a histórica cidade de Sabará pelo caminho mais difícil, praticamente sem contato com o asfalto durante todo o trajeto. Como o sistema de tração é integral e trabalha sob demanda, não tivemos nenhum trabalho até o limite dos municípios de Belo Horizonte e Sabará. Para chegar ao topo do morro, tínhamos que subir uma ladeira de terra fina e fofa. A partir dali, apenas os 4x4 passavam. Semanas antes, já havíamos tentado subir com uma Fiat Strada Adventure Locker. Ficamos só na tentativa e a picape ficou com metade da roda debaixo da areia. No modo normal, a Cherokee também não subiu. É exatamente para situações como essas que existe o Selec-Terrain, o sistema de gerenciamento de tração, que trabalha de acordo com cada necessidade.

Grand Cherokee posa ao lado do muro dos escravos, ponto histórico nos arredores do município de Sabará(foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)
Grand Cherokee posa ao lado do muro dos escravos, ponto histórico nos arredores do município de Sabará (foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)


Selecionamos o modo Sand (areia), que foi ativado junto com a tração reduzida e lá fomos nós, morro acima em velocidade constante. Pelo vidro traseiro e pelos laterais, só dava para ver a nuvem de poeira. Neste modo, o controle de tração opera com respostas mais sensíveis ao patinamento das rodas, ajustando a distribuição do torque. Há ainda os modos 'Lama', para terrenos muito escorregadios e 'Neve', para uso em gramas, por exemplo (já que aqui no Brasil não enfrentamos situações de neve ou gelo). No topo do morro, onde somente carros preparados para o off-road médio-pesado chegam, havia um outro Grand Cherokee, mas versão à gasolina, que pertence a um casal que tem uma casa de fim de semana na Zona Rural. Logo eles vieram conversar conosco. Moradores de apartamento na região Centro-Sul de BH, eles só resolveram comprar o Jeep para subir a montanha de Sabará nos fins de semana.

 

Design

Por fora, a tradicional grade de sete aletas continua dando a identidade ao modelo, como nas gerações anteriores, mas agora ela está mais afilada, assim como os faróis de duplo xênon. As luzes diurnas de Led contornam o desenho do farol e marca a identidade do carro, deixando-o reconhecível pelo retrovisor do carro à frente.

As lanternas dianteiras fazem referência ao pioneiro da marca, o Jeep Willys utilizado na Segunda Guerra Mundial. No farol direito há a menção “Since 1941', enquanto no esquerdo aparece um pequeno desenho que reproduz a silhueta do jipe clássico.

(foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)
(foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)
Faróis dianteiro ostentam a silhueta do clássico Jeep Wllys e a inscrição 'Since 1941'(foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)
Faróis dianteiro ostentam a silhueta do clássico Jeep Wllys e a inscrição 'Since 1941' (foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)


Na parte traseira, as lanternas também foram contornadas por Leds, mas percebemos que o a luz de posição fica mais intensa nas extremidades da lanterna e não acompanha o restante da peça com a mesma luminosidade, o que desvaloriza o conjunto. No lugar da régua cromada entre as lanternas traseiras, está o logo Jeep de proporções exageradas.

Rodas de liga-leve de aro 20 polegadas e maçanetas de acabamento cromado, dão um toque adicional de requinte na versão Limited, a única em que o motor diesel está disponível. Há também um filete cromado lateral acompanhando a linha base das janelas.

As linhas quadradas básicas ainda estão lá e reforçam o estilo lançado desde a primeira geração de 1993. Apesar da idade, a receita de sucesso continua: o veículo transmite imponência e robustez.

 

Vida a bordo

Por dentro, o novo volante de três raios em couro possui até sistema de aquecimento, o que foi dispensável nesta época do ano no Brasil. A peça possui novamente a indicação “Since 1941”. A unidade testada pelo Vrum tinha bancos e forros de portas revestidos em couro preto e o painel seguia na mesma cor. Também foram colocados alguns detalhes cromados, como os frisos no painel e no porta-malas.

O quadro de instrumentos é configurável e tem sete polegadas. O velocímetro é digital e computador de bordo ainda exibe informações sobre estado e temperatura do óleo do motor, carga da bateria e pressão dos pneus. Ao selecionar os modos off-road, uma ilustração mostra o veículo vencendo lama, areia ou neve. Há também um modo econômico que mostra o consumo de combustível de acordo com a tocada do motorista.

Volante multifuncional, tela de 8,4 polegadas ao centro e painel de instrumentos de sete polegadas(foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)
Volante multifuncional, tela de 8,4 polegadas ao centro e painel de instrumentos de sete polegadas (foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)


A tela permite mais de 100 configurações, com mostradores claros e de fácil leitura. As opções são escolhidas por meio dos botões à esquerda no volante. Mas seu manuseio é um tanto quanto complicado e num primeiro momento com o carro, pode confundir o motorista no trânsito. Em alguns dias, você se torna mais íntimo do sistema.

A central multimídia Uconnect tem uma interface que facilita o uso e oferece entradas auxiliar, USB e de cartão SD, conexão Bluetooth. O sistema de som Alpine possui com nove alto-falantes, um subwoofer e recurso Matrix surround sound. A tela principal no painel é de 8,4 polegadas sensível ao toque e inclui navegação GPS da Garmin.


Na versão Limited, os passageiros do banco traseiro podem curtir as duas telas retráteis de alta definição de atrás dos encostos de cabeça. Elas reproduzem imagens do leitor de Blu-ray, embutido no conjunto formado pelo porta-objetos e apoio de braço central dianteiro. O equipamento já é disponível nas unidades vendidas atualmente, mas nos primeiros lotes importados (quando veio a unidade testada), ele ainda não estava homologado.

Conforto para todos os cinco ocupantes do SUV(foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)
Conforto para todos os cinco ocupantes do SUV (foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)


O veículo possui excelente acabamento, como esperado na categoria de SUV de luxo. São diversos porta-objetos, inclusive iluminados por luzes de LED. O ar condicionado é digital, de duas zonas e oferece ajustes na central multimídia ou nos comandos do console.

(foto: Arte: Paulinho Miranda/EM/D.A PRESS)
(foto: Arte: Paulinho Miranda/EM/D.A PRESS)

É muito fácil achar posição ideal de dirigir no comando do Grand Cherokee. O volante tem ajustes elétricos de altura e profundidade. Os bancos dianteiros podem ser ajustados eletricamente em altura, inclinação e encosto. O assento do motorista possui duas memórias para gravar a posição. Ao engatar a ré, o espelho retrovisor direito abaixa automaticamente. Sensores dianteiro e traseiro e câmera de ré auxiliam nas manobras.

O banco traseiro é bipartido e uma alavanca facilita o rebatimento de dois ou três bancos para ampliar o porta-malas, sem precisar sequer abaixar o encosto de cabeça, que dobra automaticamente. A tampa do porta-malas tem abertura e fechamento elétrico, que pode ser comandado através de um botões na chave, no console próximo ao espelho retrovisor interno e outro no próprio compartimento. Na operação, o veículo emite um som de alerta e pisca as lanternas.

O porta-malas oferece ganchos para acomodar a bagagem, tomada 12V e ainda ostenta outro mimo: uma lanterna de LED acondicionada à esquerda. O roda sobressalente é de aço e fica armazenada abaixo do porta-malas.
Robusto, SUV encara trilhas de diferentes níveis com facilidade(foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)
Robusto, SUV encara trilhas de diferentes níveis com facilidade (foto: Thiago Ventura/EM/D.A PRESS)


Preço
O Jeep Grand Cherokee Limited diesel, que é produzido em Detroit (EUA), custa R$ 239,9 mil já com o pacote com leitor de Blu-ray e três telas. Para o Brasil, não há opção de teto solar, como nos Estados Unidos e Argentina, por exemplo. Conforto e itens de série dignos de um bom sedã de luxo, aliados à uma excelente capacidade off-road. Uma escolha ideal para quem não abre mão da exclusividade durante a semana, mas quer a opção de encarar uma aventura nos fins de semana.

 

Com Thiago Ventura

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