Publicidade

Estado de Minas VRUM TESTOU

Chevrolet Cruze LTZ 1.8 aposta em toque de modernidade

Sedã médio da GM passa pela primeira reestilização depois de três anos de mercado. Acabamento interno evoluiu e motor pode ser ligado por controle remoto. Leia o teste


postado em 19/04/2015 10:00 / atualizado em 19/04/2015 09:12

(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)

O Cruze ocupa atualmente a quarta posição entre os sedãs médios mais vendidos no país. Lançado há três anos, o modelo passou pela primeira reestilização. O para-choque tem novo desenho. A tradicional grade frontal bipartida recebeu cromados e se distingue assim da geração anterior somente nesta versão topo de linha. Outra novidade é a luz diurna de LED. Acesa permanentemente, facilita a visualização do carro pelos pedestres. As rodas têm novo desenho e bancos, portas e painel são revestidos em couro bicolor. Os vidros sobem automaticamente, com travamento das portas por meio do controle remoto.

DENTRO
Espaço interno bom, com conforto para dois adultos no banco traseiro, como na maioria dos concorrentes. Os bancos não têm regulagens elétricas, mas a segurança é completa na versão testada, com cintos de três pontos retráteis e apoios de cabeça para todos, inclusive no banco traseiro. A ressalva são os apoios laterais muito duros nos bancos dianteiros. Espelhos retrovisores são escamoteáveis para passar sem susto em espaços estreitos. Navegador com GPS é de série. Não há opcionais.

(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)


SEGURANÇA O Cruze LTZ vem de série com airbags frontais e laterais dianteiros e de cortina. E controles de tração e de estabilidade também são de série. Há isofix para retenção de cadeiras infantis. Na lista de opcionais constam sensores de chuva e crepuscular. A visibilidade lateral traseira é limitada, dilema da carroceria sedã, mas compensada por retrovisores grandes. A câmera de ré, outro opcional, contribui para a segurança nas manobras de ré.

(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)


DIRIGINDO Encontra-se fácil a melhor posição de dirigir, ajudada pelos ajustes de altura e distância do volante e de altura do banco. A GM fica devendo a regulagem lombar, que proporciona mais conforto ao ocupante. A direção elétrica é do tipo regressiva, mais pesada em alta e leve nas manobras. Porém, poderia ter um pouco mais de sensibilidade em velocidades elevadas, pois é muito direta. O Cruze é bom de curva, dá para abusar, pois os controles de tração e estabilidade entram em ação quando o carro está no limite de aderência. A firmeza nas curvas implica transferência das imperfeições para dentro sobre piso irregular.

(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)


O motor não chega a empolgar, mas chega perto dos 200km/h de velocidade final e atinge 100km/h em cerca de 10 segundos. Muito bom. Porém, urra acima das 4.000rpm. As trocas do câmbio automático são suaves e podem ser feitas manualmente por meio de toques na alavanca. Se as rotações do motor se elevam demais, quando se pressiona mais o acelerador, basta mudar para o modo manual e passar para a marcha mais baixa.
Não é por acaso que o Cruze figura entre os mais vendidos. O carro é gostoso de dirigir, tem porta-malas de boa capacidade e as linhas são harmônicas e elegantes.

Saiba como a versão topo de linha do Chevrolet Cruze se comportou nas avaliações técnica e de ergonomia. Confira o desempenho diante dos principais concorrentes:

Acabamento da carroceria
A tampa do porta-malas está descentralizada e as quatro portas têm folgas fixas diferentes entre os dois lados. O capô está desalinhado nas duas uniões com a zona superior dos para-lamas. A pintura contém impurezas e imperfeições no verniz.

Vão do motor
O acesso à manutenção é razoável e os itens de verificação constante têm fácil identificação e manuseio. O capô, que não é leve, é sustentado aberto por vareta manual e o ângulo de abertura é bom. O isolamento acústico tem resultado aceitável em relação ao habitáculo. A mangueira do suspiro da caixa automática interfere com a haste metálica de sustentação do cabo de acionamento da alavanca seletora, já apresentando desgaste, porém as demais tubulações, mangueiras e chicotes apresentam boa montagem, deixando um aspecto limpo e organizado.

Altura do solo

Não houve interferência com o solo em piso irregular usual, estrada de terra batida, transposição de quebra-molas e saídas de garagem com desnível.

Climatização
Apresentou bom funcionamento e está bem vedado. É automático digital. A rumorosidade de funcionamento é satisfatória. São oito as velocidades da caixa de ar e cinco as opções de direcionamento do fluxo. Não tem difusor de ar específico para os passageiros de trás nem regulagem diferenciada de temperatura para condutor e passageiro.

Freios
O ABS está bem calibrado e o pedal de freio tem boa sensibilidade com relação razoável. Apresentaram bom comportamento dinâmico, com reações uniformes e boa desaceleração. O freio de estacionamento atuou normalmente.

Câmbio
Apresentou um bom funcionamento em geral, com trocas suaves e com boa rapidez, além de ter um bom gerenciamento eletrônico nas marchas crescentes e decrescentes e kick down com boa sensibilidade. É automático e tem a opção de troca manual sequencial por meio da alavanca principal. No quadro de instrumentos, tem display informando o modo de condução e a marcha selecionada.

Motor
A performance não tem brilho dinâmico. A aceleração e retomadas de velocidade são normais, mas satisfazem numa dirigibilidade usual na cidade e em rodovias com poucas subidas. A rumorosidade de funcionamento é razoável. Com o veículo carregado e o ar-condicionado ligado, perde bem na dinâmica, principalmente em topografia mais irregular.

Vedação
Boa contra água e poeira.

Nível interno de ruídos
Não tem o habitáculo silencioso, principalmente no painel/quadro de instrumentos, quando se trafega sobre piso de paralelepípedo, asfalto mal conservado e terra. O efeito aerodinâmico é contido, mesmo em velocidades mais altas.

Suspensão
A estabilidade é boa pela precisão, rapidez, manutenção da velocidade e pouca inclinação da carroceria em curvas de raios variados. Numa condução mais esportiva, conta com eficiente sistema eletrônico de tração e estabilidade. O conforto de marcha não tem um belo acerto, devido ao nível das transferências das imperfeições do solo para dentro.

Direção
A coluna de direção tem regulagem manual em altura e distância com bom curso e o volante tem boa pega. O diâmetro de giro é aceitável (10,65m) e a velocidade do efeito/retorno é boa. As cargas do sistema que têm assistência elétrica estão bem definidas para o uso na cidade/estacionamento, mas em rodovias, com o veículo em velocidade, se tornam muito diretas e leves as suas reações, piorando com carga máxima. A precisão na reta e em curvas é boa.

Iluminação
Tem sensor crepuscular e luz de cortesia no porta-malas, porta-luvas e para-sóis. O quadro de instrumentos tem iluminação permanente e fácil leitura. No teto, tem duplo spot fixo na dianteira e uma lanterna no centro com bom resultado de iluminação. Os faróis têm construção com parábola simples e eficiência normal no baixo/alto, mas têm auxílio de faróis de neblina, além de regulagem elétrica de altura em função da carga transportada. Duas fileiras com LED, instaladas acima dos faróis de neblina, no para-choque, atuam automaticamente dia/noite, o que traz segurança.

Estepe/ Macaco
O estepe é do tipo temporário, na medida do pneu T115/70R16 92M, e tem velocidade limitada a 80km/h. Está instalado dentro do porta-malas. São cinco os prisioneiros fixos por cubo que auxiliam na troca, que é normal. Esta solução de estepe diferente dos de uso (225/50R17 94V) não é funcional no Brasil, devido à baixa qualidade de várias ruas urbanas e rodovias. Ao colocar o conjunto roda/pneu de uso danificado no local específico dentro do porta-malas, a perda no volume é alta, pois altera muito em altura o nivelamento, além de a tampa superior acarpetada ter calços inferiores que agravam mais ainda.

Limpador do para-brisa
Tem sensor de chuva. São seis os esguichos, que têm boa vazão e pressão e que, quando acionados, ativam o sistema de varredura feito por palhetas de boa qualidade, que proporcionam um bom campo de visão. O acesso e a identificação do reservatório d’água dentro do vão do motor é fácil.

Alarme
Há proteção perimétrica das partes móveis e a volumétrica contra a invasão do habitáculo pelos vidros. Os vidros das quatro portas têm função um toque para descer/subir e o sistema antiesmagamento atuou com precisão. Não tem comutador de ignição, e sim tecla inserida no painel com função start/stop, que reconhece a proximidade da chave de ignição, que pode permanecer no bolso do condutor.

(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)


Volume do porta-malas
O declarado é 450 litros, o mesmo encontrado na nossa medição.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade