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Estado de Minas

BMW S 1000R - Espelho desigual

Equipada com muita eletrônica e motor de quatro cilindros em linha, essa moto tem posição de pilotagem bem confortável para rodar tanto na cidade quanto na estrada


postado em 20/06/2014 21:07

(foto: BMW/Divulgação)
(foto: BMW/Divulgação)
De Campos do Jordão, SP - O modelo BMW S 1000R chega ao mercado nacional, importado oficialmente, com proposta de utilização mais versátil. É que a nova motocicleta é refletida e derivada da superesportiva S 1000RR, um verdadeiro míssil, destinada a uma seleta freguesia de virtuais pilotos, porém, com motor amansado e ergonomia mais confortável. Além disso, a nova S 1000R não conta com carenagem integral nem com bolha para proteção aerodinâmica em altas velocidades. O estilo ficou compatível com uma streetfighter (guerreira urbana), que a montadora prefere chamar de roadster, capaz de encarar o dia a dia, mas também acelerar forte, inclusive nas estradas, ganhando versatilidade.
A base mecânica é a mesma da irmã veloz superesportiva. Um poderoso quatro cilindros em linha com 999cm³ de cilindrada, inclinado a 32 graus para a frente, que desenvolve 160cv a 11.000rpm, equipado com injeção eletrônica, refrigeração líquida e extenso pacote eletrônico. A potência foi reduzida em 33cv, mas, em compensação, o torque é mais abundante, desde os giros mais baixos, com máximo de 11,4kgfm a 9.250rpm, proporcionando retomadas de velocidade mais vigorosas sem precisar utilizar o câmbio a todo momento. Situação mais comum para uso urbano, que exige progressividade em vez de velocidade.

ANDANDO O motor é inclinado para a frente a 32 graus. Pode parecer pouco, mas ajuda a rebaixar o centro de gravidade, com reflexos na melhora da dirigibilidade. O torque mais homogêneo também ajuda. Mesmo em sexta marcha, é só torcer o acelerador que o propulsor responde imediatamente. A posição de pilotagem também é mais humana, com um guidão inteiriço mais alto, enquanto a S 1000RR tem semiguidões mais esportivos e mais baixos. A distância entre-eixos ficou ligeiramente maior com alterações na balança da suspensão traseira e no ângulo de cáster. Com isso, também ficou menos arisca.


A presença de muita eletrônica embarcada, entretanto, é capaz de mudar o caráter da S 1000R, se o negócio do piloto for adrenalina. Os modos de condução podem ser Rain (chuva), com entrega da cavalaria mais suavemente, Road, Dynamic e Dynamic Pro, com a entrega cada vez mais direta. Tudo com a prazerosa ajuda do shift assistant, que permite trocar as marchas para cima sem tocar na embreagem nem desacelerar, em uma espécie de F-1 de duas rodas. Entretanto, para as reduções, a operação é a convencional. O inconveniente é a falta de para-brisa, imprescindível em altas velocidades, por causa da ventania.

ELETRÔNICA O pacote eletrônico continua com suspensões “inteligentes”. A roda dianteira lê o tipo de piso e informa para a roda traseira o que ela vai encontrar para se adaptar. O sistema é chamado de DDC e atua em conjunto com o ASC, de controle de estabilidade. Uma sopa de letrinhas, que ainda conta com ABS de série. Além disso, a nova S 1000R tem amortecedor de direção que garante a firmeza do guidão, mesmo em altas velocidades, e manoplas aquecidas para os dias de inverno. Os freios são extremamente precisos e contam com dois discos de 320 milímetros de diâmetro, com pinças radiais. Na traseira, um disco de 220 milímetros.

 

Curiosamente, o visual não espelhado e assimétrico inaugurado na superesportiva S 1000RR foi mantido na prima sem roupa. O exótico conjunto óptico dianteiro tem dois faróis. Cada um com formato diferente. Mesma fórmula adotada nas laterais. Do lado direito, há aberturas que lembram guelras de tubarão, ausentes na esquerda. No farolete, um desenho pontiagudo com LEDs. A suspensão dianteira é invertida, com tubos de 45mm de diâmetro e 120mm de curso. Na traseira, sistema mono, com mesmo curso. O painel tem elementos digitais e analógicos. As cores oferecidas são o vermelho, o branco e o azul. O preço sugerido é de R$ 57.900. 

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