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Estado de Minas

Aceleramos a elétrica Harley-Davidson LiveWire

A centenária marca americana mostrou modelo que não consome gasolina. Combinação de motor elétrico e visual futurista produz adrenalina com pegada impressionante


postado em 22/12/2014 10:20

O modelo ainda experimental, chamado por enquanto de LiveWire, não retumba pelo escape a força dos cilindros, mas emite uma espécie de assobio(foto: Josias Silveira/Arquivo Pessoal)
O modelo ainda experimental, chamado por enquanto de LiveWire, não retumba pelo escape a força dos cilindros, mas emite uma espécie de assobio (foto: Josias Silveira/Arquivo Pessoal)

De Miami (EUA) * - Pode parecer estranho uma legítima Harley-Davidson sem o vigoroso som produzido por uma de suas marcas registradas, que é o motor com dois cilindros em V. Em vez disso, o modelo ainda experimental, chamado por enquanto de LiveWire, não retumba pelo escape a força dos cilindros, mas emite uma espécie de assobio, semelhante ao chiado de uma turbina, gerado pelo motor elétrico inédito na marca, que nem escapamento tem. Uma motocicleta voltada para o futuro, que requer soluções alternativas e mais amigáveis tanto para o meio ambiente quanto para os combustíveis derivados do petróleo.


O modelo ainda está em teste, mas praticamente em seu formato final para comercialização, devendo apenas receber ajustes nas suspensões, com calibragem muito rígida e esportiva, que resulta em menos conforto para rodar nas cidades, sua praia, e também na adoção de freios com sistema ABS. Foram cerca de quatro anos de desenvolvimento, com o cuidado de não “chocar” os mais tradicionalistas seguidores da marca americana. Para tanto, a Harley-Davidson promoveu uma caravana itinerante por todo o país (embarcamos em uma das etapas), para mostrar seus predicados e tentar convencer os mais resistentes de que o “barulho” não é tudo.

ANDANDO Não dá para saber se está ligada, até torcer um pouco o acelerador e a moto se mover em obediência imediata. Essa é a grande vantagem do motor elétrico. O torque, ou a força, está presente em sua carga máxima o tempo todo. Não importa a velocidade. É só acelerar que apresenta “assobiando” uma pegada instantânea e impressionante como nas esportivas tradicionais, atingindo 100km/h em menos de quatro segundos. Para tanto, o motor foi disposto longitudinalmente entre os eixos, com transmissão final por correia, com uma potência equivalente a 74cv e torque de 7,14kgfm.

A pilotagem é intuitiva e o acelerador responde imediatamente, sem reclamar(foto: Téo Mascarenhas/EM/D.A Press)
A pilotagem é intuitiva e o acelerador responde imediatamente, sem reclamar (foto: Téo Mascarenhas/EM/D.A Press)


Outra característica surpreendente é a desaceleração. O “freio motor” é produzido por um sistema que regenera a força de frenagem em energia elétrica para reposição das baterias, aumentando a autonomia. O sistema é tão forte que até é possível poupar os freios convencionais, a disco nas duas rodas, combinando as frenagens. A posição de pilotagem, porém, não lembra as Harleys tradicionais. Para começar, o banco só tem lugar para o piloto, que fica em posição mais esportiva, além de não contar nem com pedal de câmbio nem com o manete de embreagem. Como o motor é elétrico, é só acelerar e frear.

SOLUÇÕES Pela primeira vez na história da Harley-Davidson o quadro foi construído em alumínio fundido para aliviar na balança. O conjunto pesa somente 6,3kg. Em compensação, as baterias de íon lítio pesam 113,5kg e elevam o peso final da moto para obesos 210kg, aliviados por sua baixa altura. Também limitam a autonomia, que no modo de pilotagem Range, mais econômico, é de cerca de 90 quilômetros, e no modo Power, mais esportivo, em cerca de 50 quilômetros. O tempo de recarga, em qualquer tomada 220V, é de cerca de três horas e meia e também exige paciência. Entretanto, é considerado rápido para veículos elétricos.


(foto: Téo Mascarenhas/EM/D.A Press)
(foto: Téo Mascarenhas/EM/D.A Press)


A recompensa para as desvantagens aparece na hora de “encher o tanque”. O valor da energia elétrica proporciona um custo de quilômetro rodado inferior ao de uma moto convencional com potência equivalente. Além disso, a legislação (em alguns países) concede incentivos de impostos e licenciamento. Para completar, o painel segue a linha futurista e parece um tablet, sensível ao toque, com GPS incluído. Já as setas e farol são em LED. A suspensão dianteira, do tipo invertida, foi herdada do modelo esportivo XR 1200 e a suspensão traseira é do tipo mono. O preço e a data de lançamento ainda não foram definidos.

*Viajou a convite da Harley-Davidson

(foto: Téo Mascarenhas/EM/D.A Press)
(foto: Téo Mascarenhas/EM/D.A Press)

(foto: Téo Mascarenhas/EM/D.A Press)
(foto: Téo Mascarenhas/EM/D.A Press)

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