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Estado de Minas VOCÊ ABASTECE O TANQUINHO?

Tanquinho de partida a frio: mitos e verdades sobre o equipamento

Esquecido por grande parte dos motoristas, reservatório de partida a frio começa a ser mais lembrado neste inverno, que trouxe frio e redução do preço do etanol nas bombas


postado em 20/07/2015 09:21 / atualizado em 20/07/2015 10:16

Gasolina no tanquinho garante partida em dia frio no carro abastecido com etanol(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Gasolina no tanquinho garante partida em dia frio no carro abastecido com etanol (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
 

Abastecer com etanol começa a ser mais vantajoso do que encher o tanque com gasolina. Mas as temperaturas baixas do inverno dificultam a partida do veículo quando abastecido com o combustível derivado da cana. A combinação dos dois fatores tem feito com que o motorista se lembre com mais frequência do tanquinho, um pequeno reservatório localizado próximo ao compartimento do motor na maioria dos veículos flex (os mais modernos já dispensam o sistema), que deve ser abastecido com gasolina, com o objetivo de que seja injetada uma pequena quantidade no momento da partida, facilitando a ignição, uma vez que o poder calorífico do álcool é mais baixo. O pequeno tanquinho, no entanto, durante muito tempo e para muitos motoristas ficou literalmente esquecido no canto do capô. Às vezes lembrado quando a luz de advertência acendia no painel. O caderno Vrum foi às ruas para saber o que dizem os motoristas da capital mineira. A reportagem fez a mesma pergunta a internautas que, pelo portal Vrum, puderam votar: até o fechamento desta edição, 51% admitiram não se lembrar do tanquinho. Confira opiniões e veja no tópico “Sempre cheio ou totalmente seco” quando, de fato, é necessário se preocupar com danos ao reservatório.

SEMPRE CHEIO OU TOTALMENTE VAZIO

Uma das principais preocupações em relação ao esquecimento do tanquinho é o fato de a gasolina ficar velha no reservatório, prejudicando o sistema. O caderno Vrum ouviu alguns especialistas para saber quando preocupar e que providências tomar.


O primeiro ponto, esclarecido pelos engenheiros Henrique Pereira, membro da Comissão Técnica de Motores Ciclo Otto da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil), e Alfredo Castelli, diretor da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), desfaz um mito: se o motorista nunca abasteceu o tanquinho – ou seja, ele fica completamente seco – e o carro só anda com gasolina, não tem problema nenhum. Segundo ambos, o reservatório é resistente e não racha se ficar vazio. “As peças são validadas pelas montadoras tanto para ficarem cheias quanto vazias. Não existe nenhuma regra que obrigue o tanquinho a ficar cheio”, enfatiza Pereira. E se de repente o motorista resolve usar etanol, é só começar a abastecer também o tanquinho (com gasolina), normalmente.


O grande problema é abastecer o tanquinho e esquecer de conferir se a gasolina ficou velha. Isso porque o sistema de partida a frio nem sempre é demandado e quando isso ocorre, a gasolina exigida para o auxílio na partida é mínima, o que faz com que o reservatório demore a ser esgotado naturalmente. Daí, inclusive, a recomendação de se usar no tanquinho gasolina aditivada, que dura mais.


“A gasolina oxida, fica preta, vira um piche escuro e isso pode causar danos ao sistema”, explica Pereira. “A oxidação provoca alguns resíduos que podem inclusive entupir o bico injetor e dar problema de partida”, acrescenta Castelli. Quando essa gasolina fica velha, é preciso retirar o tanquinho, drenar e fazer a limpeza do reservatório, o que segundo os engenheiros é fácil e simples. E depois é só voltar a abastecê-lo normalmente. Uma dica importante é conferir seu estado, principalmente no inverno e antes de tomar a decisão de abastecer o carro com etanol. E, obviamente, acrescenta Castelli, ler as orientações do fabricante, no manual do proprietário do veículo.


(foto: Fotos: Cristina Horta/EM/D.APress)
(foto: Fotos: Cristina Horta/EM/D.APress)

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