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Estado de Minas NAVEGADOR GPS

Confira dicas para configurar o GPS e não cair em armadilhas na cidade

Erro no manuseio do aplicativo de navegação Waze levou casal por engano até uma comunidade perigosa de Niterói. Saiba como programar e evitar o perigo


postado em 07/10/2015 12:00 / atualizado em 07/10/2015 12:05

Motorista tem que ter atenção ao operar o Waze: casal acabou dentro de favela no RJ(foto: REUTERS/Nir Elias/Files e Reprodução Facebook)
Motorista tem que ter atenção ao operar o Waze: casal acabou dentro de favela no RJ (foto: REUTERS/Nir Elias/Files e Reprodução Facebook)

Aconteceu de novo. Durante o fim de semana, um casal entrou de carro por engano na comunidade do Caramujo, em Niterói, e foi recebido a tiros. A mulher foi alvejada e, mesmo tendo sido levada a um hospital pelo marido, faleceu. De acordo com a polícia, o casal seguia para a Avenida Quintino Bocaiúva, na zona sul da cidade, mas a rota do aplicativo Waze os conduziu para uma rua homônima que fica nessa comunidade. No mês de agosto, o carro da atriz Fabiana Karla foi atingido por tiros nessa mesma comunidade, mas sem consequências mais sérias. Na ocasião, a atriz também usava um GPS que indicou aquela rota.


O motorista pode reduzir sensivelmente a probabilidade desse tipo de ocorrência ao dedicar alguns minutinhos antes de qualquer navegação. Conversamos com Júlio Ribeiro, gerente de Conteúdo Geográfico da Imagem, que é a distribuidora da Tom Tom no Brasil, que deu dicas para “conversar” melhor com o navegador e tirar o melhor proveito dele.


Segundo Júlio, nos últimos anos houve uma popularização muito rápida dos sistemas de navegação, principalmente por meio dos smartphones, e as pessoas não estavam acostumadas a pensar espacialmente. Então, a primeira dica é configurar o sistema de acordo com o seu uso. Ajuste o perfil do usuário para aquele trajeto. Geralmente os bons navegadores oferecem três opções para traçar um percurso: o mais curto, o mais rápido, e o mais fácil. Faça sua opção de acordo com cada situação.


O trajeto mais fácil é o mais indicado para ser usado em locais onde o motorista não conhece. Ele vai privilegiar vias chamadas de maior hierarquia, que são as avenidas e ruas mais conhecidas e melhor sinalizadas, evitando assim as ruelas, que podem ser locais perigosos. Já o trajeto mais curto pode direcionar para essas ruelas, consideradas vias de menor hierarquia. Então, esse perfil é indicado para quem tem algum conhecimento da região e é capaz de identificar se alguma parte da rota pode ser perigosa. O trajeto mais rápido vai avaliar as condições de trânsito e oferecer uma rota que pode até ser mais longa, mas por ela o motorista vai levar menos tempo para chegar ao destino.

MANUSEIO Escolhido o perfil mais adequado, a segunda dica é fazer um breve estudo da rota ou das rotas oferecidas. A primeira coisa a observar é se o navegador está indicando o destino correto, já que pode haver ruas com mesmo nome num município próximo. Constatado que o destino está correto, veja por onde você irá passar. Pondere se vale a pena passar por um trecho perigoso para ganhar cinco ou 10 minutos, ou se no caminho mais curto sua velocidade média não vai cair muito, o que vai aumentar muito o seu tempo até o destino.
Para melhorar a visualização da rota na telinha do navegador, o motorista pode optar por uma imagem mais afastada. Alguns modelos fazem a aproximação no momento da conversão, para não confundir a rua, como numa rotatória com várias saídas. Em alguns modelos, a visualização do mapa em 3D é confusa. Se for o caso, verifique se o seu navegador oferece visualização 2D.

ATUALIZAÇÃO Já que a sinalização das ruas está sempre mudando, é muito importante manter o sistema atualizado. Júlio considera que uma boa frequência de atualização é feita a cada três meses. “Se você só tem uma atualização por ano é ruim, porque muda muita coisa”, disse o gerente da Imagem, adiantando que a partir do ano que vem a atualização de dados da empresa será mensal. Ele chama a atenção quanto às atualizações feitas a partir de dados colaborativos, já que o cenário relatado pode ter mudado e ninguém informou à empresa. “As empresas que atuam com base própria de dados se responsabilizam pelas informações prestadas. Nós até recebemos dados colaborativos, mas só publicamos depois de apurado”, explica. Também é preciso ficar atento quanto ao modo de atualização dos mapas. Dê preferência aos sistemas on-line, que atualizam com o toque de um botão. Em alguns sistemas é necessário tirar o cartão de memória e deixar em uma concessionária da marca do carro.

 

FIQUE LIGADO

Configure qual tipo de
percurso é mais adequado


» Mais curto: é indicado para quem tem algum conhecimento da região e é capaz de identificar se alguma parte da rota pode ser perigosa.

» Mais rápido: avalia as condições do trânsito e oferece uma rota que pode até ser mais longa, mas por ela leva-se menos tempo para chegar ao destino.

» Mais fácil:
é o mais adequado para lugares que você não conhece. Privilegia as ruas principais e mais bem sinalizadas e evita ruelas, que podem ser perigosas.

» Imprescindível: não deixe de analisar se a rota traçada pelo navegador está realmente programada para o destino desejado, e se o percurso não passa por lugares perigosos. Verifique se o sistema de navegação está atualizado.

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