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Estado de Minas DESAFIO DE TRILHAS E LETRAS

34ª edição do Enduro da Independência passa pelo sertão de Guimarães Rosa

Roteiro do Enduro da Independência deu uma guinada em direção ao Grande Sertão de Guimarães Rosa, com largada em 4 de setembro, no autódromo de Curvelo, em quatro dias de prova


postado em 31/08/2016 17:06 / atualizado em 01/09/2016 15:19

As motocicletas são exigidas, assim como os pilotos(foto: Janjão Santiago/Y. Sports/Divulgação)
As motocicletas são exigidas, assim como os pilotos (foto: Janjão Santiago/Y. Sports/Divulgação)
Inspirado na obra do escritor mineiro João Guimarães Rosa, especialmente no livro Grande sertões: veredas, escrito depois de percorrer as trilhas do sertão de Minas, o enduro ficará concentrado na Região Central do estado, com base no complexo do Circuito dos Cristais, autódromo de Curvelo, local da largada e da chegada, em 7 de setembro. O roteiro cada dia seguirá em uma direção, dentro do sertão, permitindo uma logística mais simplificada e também mais econômica para pilotos e apoios, e também para o público, com deslocamentos mais curtos.

No primeiro dia, os competidores saem e retornam a Curvelo, passando pelo vilarejo de Saco Novo, com neutralizado em Cordisburgo, terra natal de Guimarães Rosa. Um percurso de 190 quilômetros à moda antiga, exigindo precisão na navegação e na técnica, com médias horárias rápidas em um terreno com muito cascalho. Antes de iniciar o retorno a Curvelo, o enduro também passa pela cidade de Paraopeba. O segundo dia traz uma novidade. A largada será na cidade vizinha de Monjolos, para poupar os pilotos do deslocamento por estradão, sem interesse técnico.

ESQUENTA Logo depois vem uma seleção de trilhas contínuas, já no relevo da Serra do Espinhaço, que também faz parte do prolongamento da Estrada Real, caminho dos diamantes, de Ouro Preto a Diamantina, em um percurso de 145 quilômetros, mesclando cascalho e muitas pedras. O destaque fica em um trecho de 30 quilômetros de trilhas ininterruptas e ainda virgens, em altitudes mais elevadas, para esquentar o braço dos pilotos e a disputa. O dia também termina em Monjolos, mas antes o público poderá conferir de perto o desempenho dos pilotos, com trilhas quase dentro da cidade.

No terceiro dia, os pilotos seguirão para a cidade de Presidente Juscelino, onde também será a chegada. Serão 110 quilômetros de percurso, com muitas trilhas e elevado grau de dificuldade. O clima seco e quente vai exigir técnica e preparo, além de atenção na navegação, com um relevo também de muito cascalho e pedras. Para refrescar, algumas travessias de cursos de água. O quarto e último dia, 7 de setembro, será no entorno da cidade de Curvelo, com percurso de 115 quilômetros, com largada e chegada no Circuito dos Cristais. Um dia mais leve para que todos possam subir ao palco da chegada.

Técnica e velocidade são uma constante nos quase 600 quilômetros de percurso(foto: Léo Tavares/Corrosivo Filmes/Divulgação )
Técnica e velocidade são uma constante nos quase 600 quilômetros de percurso (foto: Léo Tavares/Corrosivo Filmes/Divulgação )
PREMIAÇÃO Depois de quase 600 quilômetros e quatro dias de prova pelos sertões, cada piloto receberá uma medalha de participação, com direito a festa de confraternização da premiação e o relato de muitos “causos” dessas e de outras edições do evento, bem ao estilo de Guimarães Rosa. Além das categorias tradicionais, onde competem pilotos de todas as partes do Brasil, haverá a categoria regional. Outra possibilidade de acompanhar a prova sem entrar no roteiro será a categoria Big Trail, que une lazer, turismo e gastronomia.

A superação dos obstáculos é uma constante no percurso(foto: Léo Tavares/Corrosivo Filmes/Divulgação )
A superação dos obstáculos é uma constante no percurso (foto: Léo Tavares/Corrosivo Filmes/Divulgação )
O Enduro da Independência, organizado pelo Trail Clube Minas Gerais (TCMG) há 34 anos, ininterruptamente, também promove a distribuição de computadores para escolas rurais da região e neutraliza as emissões com o plantio de árvores. Além disso, mobiliza uma equipe de médicos, distribuídos ao longo do percurso da prova em motocicletas. Carros com tração também ficam posicionados em pontos estratégicos, assim como ambulâncias, e os pilotos são monitorados via satélite, com aparelhos que aferem a sua performance permanentemente.

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