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Estado de Minas

FA 13 CombatBomber é o último modelo lançado pela americana Confederate

Com desenho de ficção científica e motor de dois cilindros em V, modelo chega para decretar o fim da marca, que passa a se chamar Curtiss e produzirá apenas motocicletas elétricas


postado em 11/09/2017 15:33

O quadro, com aberturas redondas, deslocou tanque e filtro de ar(foto: Confederate/Divulgação)
O quadro, com aberturas redondas, deslocou tanque e filtro de ar (foto: Confederate/Divulgação)

A exclusiva marca de motocicletas americana Confederate só produz modelos pra lá de exóticos e de alta performance, usando artesanalmente materiais e componentes nobres, que atraem compradores do mundo todo, inclusive do Brasil, sem problemas com o saldo bancário. O mais recente modelo, batizado de FA 13 CombatBomber, segue o figurino, porém será o último da fábrica, que vai trocar de nome para Curtiss e passa a produzir motos elétricas em parceria com a marca Zero (que já esteve no Brasil), com o nome de Hercules.


A Confederate foi fundada em 1991 pelo advogado Matthew Chambers, em Baton Rouge, Luisiana, e se mudou para Birmingham, Alabama, depois dos estragos provocados pelo furacão Katrina. O lema e a filosofia da marca, entretanto, não mudaram. Produzir as melhores motos, sem compromisso, com inspiração na liberdade e no princípio da arte da rebelião. O resultado é uma revolução no desenho, que foge do lugar-comum e se aproxima da ficção, e também nas soluções técnicas ousadas, inspiradas na aviação de combate.

O escape vermelho tem três saídas de cada lado(foto: Confederate/Divulgação)
O escape vermelho tem três saídas de cada lado (foto: Confederate/Divulgação)

QUADRO O quadro da Confederate CombatBomber é de alumínio, esculpido. Não tem as formas clássicas adotadas em modelos convencionais, mas uma arquitetura futurista que abraça o motor por cima, batizado de monocasca, deslocando o tanque de combustível para baixo do banco, com lugar apenas para o piloto. A caixa do filtro de ar também mudou e ocupa o lugar onde seria o tanque de combustível convencional, deixando à mostra parte do elemento filtrante pelas tomadas arredondadas, criando um efeito visual cinematográfico.

O banco, revestido em couro, só tem lugar para o piloto(foto: Confederate/Divulgação)
O banco, revestido em couro, só tem lugar para o piloto (foto: Confederate/Divulgação)

O visual tem ainda mais impacto, com a tampa lateral direita do motor transparente, revelando o funcionamento das engrenagens e correias internas. Transparente também é uma espécie de escotilha que permite visualizar o nível do combustível, que passa a fazer parte da decoração. Completando a “rebelião” que norteia o projeto, o escape é vermelho, com três saídas de cada lado, embaixo do motor. Na parte de cima, o banco é em couro amarelo, com costuras aparentes, assim como os punhos do guidão, que é alto e plano, com retrovisores nas extremidades.

A suspensão dianteira tem mono amortecedor(foto: Confederate/Divulgação)
A suspensão dianteira tem mono amortecedor (foto: Confederate/Divulgação)

MOTOR Para impulsionar a CombatBomber, um propulsor de dois cilindros em V, com inclinação de 56 graus, refrigerado a ar e 2.163cm³ de cilindrada, que produz 150cv a apenas 5.100rpm e um descomunal torque de 22,8kgfm a ínfimos 2.000rpm. Força de trator, especialidade da S&S, que produz motores em V há quase 60 anos, bem ao gosto dos ianques. Aliás, um dos motivos para a guinada da marca é que o nome Confederate (confederados) passou a ser questionado por lembrar a sangrenta Guerra Civil americana (Secessão), de triste memória.

O motor de dois cilindros em V tem torque de trator: 22,8kgfm(foto: Confederate/Divulgação)
O motor de dois cilindros em V tem torque de trator: 22,8kgfm (foto: Confederate/Divulgação)

As soluções técnicas da CombatBomber também estão presentes na suspensão dianteira, com monoamortecimento. A suspensão traseira também é mono, mas o amortecedor fica na lateral esquerda. Ambos reguláveis. A roda traseira é maciça, enquanto a dianteira tem cinco raios. As duas de liga leve. A fibra de carbono também está presente nos para-lamas e outros componentes, para reduzir peso. Já o painel tem único relojão acoplado ao guidão. Foram fabricadas apenas 13 unidades do modelo com “precinho” equivalente a 155 mil dólares.

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