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Estado de Minas

Renault lança o Captur brasileiro com plataforma e conjunto mecânico do Duster

Linhas do Captur brasileiro têm personalidade própria em relação ao modelo europeu, mas versão topo de linha tem conjunto mecânico arcaico que combina motor 2.0 com câmbio automático de quatro marchas


postado em 20/02/2017 12:12 / atualizado em 20/02/2017 12:54

(foto: Renault/Divulgação)
(foto: Renault/Divulgação)

A Renault começou sua ofensiva no segmento dos SUVs com o lançamento do compacto Captur. O modelo se posiciona acima do Duster e mira os concorrentes chamados premium, como Jeep Renegade e Honda HR-V. Em breve, a marca francesa ainda lança o médio Koleos , somando então três utilitários esportivos na linha brasileira. O Captur foi desenvolvido pela engenharia brasileira da Renault usando como referência o modelo que estreou na Europa em 2013, porém é destinado a mercados emergentes que, além do Brasil ainda incluem Rússia e Índia.

O nosso Captur é 21cm maior em comprimento e tem personalidade própria. De acordo com a Renault, o modelo brasileiro só tem em comum com o europeu os faróis, as portas dianteiras e a tampa traseira. As linhas do Captur são fortes e fluidas. A dianteira traz o DNA de design da marca, seguida pelo capô "trincado", caixas de roda parrudas, linha de cintura ascendente e grandes rodas de 17 polegadas. O para-brisa é bastante inclinado, o que fica mais evidenciado quando o veículo recebe a pintura biton, que combina carroceria de uma cor com teto em preto ou marfim, um opcional que custa R$ 1.400.

Por dentro, a aposta é que o veículo vai agradar por causa da posição elevada de dirigir, a 70,8cm do chão. O espaço interno é bom para um compacto, mas, no banco traseiro, o teto é baixo em relação ao assoalho. O  porta-malas é espaçoso, com 437 litros. Os bancos dianteiros apoiam bem o corpo. O painel de instrumentos é totalmente novo. Assim como a carroceria, o interior pode ter acabamento em duas cores. Bancos em couro são opcionais da versão topo de linha.

(foto: Renault/Divulgação)
(foto: Renault/Divulgação)

PARENTESCO O Captur usa a mesma plataforma do Duster, com os mesmos números de comprimento e entre-eixos, porém evoluída. Segundo a Renault, os dois modelos compartilham pouquíssimas peças: o eixo traseiro, a cremalheira do sistema de direção inferior, as pinças e o disco de freio. A suspensão foi toda redimensionada em função das rodas de 17 polegadas. Já a carroceria tem uma concepção mais rebuscada quanto aos reforços estruturais, para proteger os ocupantes em caso de acidente (vamos aguardar os resultados dos testes de colisão!).

Comprimento e entre-eixos são idênticos aos do Duster(foto: Renault/Divulgação)
Comprimento e entre-eixos são idênticos aos do Duster (foto: Renault/Divulgação)

O parentesco com o Duster também está no powertrain. As opções disponíveis por enquanto são o novo motor 1.6 SCe com câmbio manual de cinco marchas e o 2.0 16V com câmbio automático de quatro marchas, um conjunto que não combina com o valor cobrado pelo veículo. A Renault ainda vai lançar dentro de três meses uma versão do motor 1.6 equipada com câmbio CVT, que promete ser mais interessante que a de motorização maior.

Interior abusa do plástico, o que reduz a sofisticação(foto: Renault/Divulgação)
Interior abusa do plástico, o que reduz a sofisticação (foto: Renault/Divulgação)

PREÇOS E VERSÕES Por enquanto são duas as versões disponíveis, que marcam também o início de uma nova nomenclatura que aos poucos vai se estender para todos os modelos da Renault. A de entrada é a Zen 1.6 manual, a partir de R$ 78.900, que se destaca pelo bom pacote de itens de segurança - airbags frontais e laterais, controle eletrônico de tração e estabilidade, freios ABS, auxílio de frenagem de emergência e Isofix - além de ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, assistente de partida em rampa, chave-cartão presencial, sensor de estacionamento traseiro, volante com regulagem de altura,  retrovisores com ajustes e rebatimento elétricos e sistema de áudio (rádio, Bluetooth e entradas USB e auxiliar) e telefonia.

Mas a Renault espera vender mais a versão topo de linha Intense 2.0 automática, por R$  88.490, que tem a mais rodas diamantadas, ar-condicionado automático, câmera de ré, sensor de chuva, faróis automáticos, faróis de neblina de LED e função cornering e sistema multimídia com áudio, telefonia e navegação. O Captur tem garantia de três anos ou 100 mil quilômetros, e sua distribuição para a rede de concessionárias já foi iniciada. O modelo será exportado para 8 países da América Latina.

Espaço traseiro é bom e bancos em couro são opcionais(foto: Renault/Divulgação)
Espaço traseiro é bom e bancos em couro são opcionais (foto: Renault/Divulgação)

COMO ANDA? Dirigimos o Captur equipado com motor 2.0 e câmbio automático. O conjunto funciona bem se o motorista não tem grandes aspirações quanto ao desempenho. Rodando no ritmo do carro, as quatro marchas parecem ser o bastante para desenvolvê-lo gradualmente. Boa parte do torque está disponível em baixa rotação. A 120km/h, em quarta marcha, o motor gira suave em torno das 3.000rpm. Agora, quando o motorista busca por uma resposta mais vigorosa e atola o pé no acelerador, a marcha é reduzida, o giro sobe e a máquina urra. Não foi possível aferir o comportamento do SUV em subidas fortes. A suspensão foi bem trabalhada, aliando conforto e estabilidade. Já a direção com assistência eletro-hidráulica  se mostrou um pouco pesada.

* Viajou a convite da Renault

Porta-malas é espaçoso, com 437 litros de volume(foto: Renault/Divulgação)
Porta-malas é espaçoso, com 437 litros de volume (foto: Renault/Divulgação)

FICHA TÉCNICA

MOTORES
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.998cm³ de cilindrada, flex, que desenvolve potências máximas de 143cv (gasolina) e 145cv (etanol) a 5.750rpm e torques máximos de 20,2kgfm (gasolina) e 20,9kgfm (etanol) a 4.000rpm

Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.597cm³ de cilindrada, flex, que desenvolve potências máximas de 118cv (gasolina) e 120cv (etanol) a 5.500rpm e torque máximo de 16,2kgfm (gasolina e etanol) a 4.000rpm

TRANSMISSÃO
Tração dianteira; com câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro marchas

SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS
Dianteira McPherson, triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos telescópicos e molas helicoidais; e traseira semi-independente com barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos / 17 polegadas (liga de alumínio) / 215/60 R17

DIREÇÃO

Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência eletro-hidráulica

FREIOS
Discos ventilados na frente e a tambores na traseira, com ABS

CAPACIDADES
Peso, 1.273kg (Zen) e 1.352kg (Intense); porta-malas, 437 litros; tanque de combustível, 50 litros; capacidade de carga (passageiro e carga), 449 quilos.

DIMENSÕES (comprimento x largura x altura x entre-eixos x altura do solo – em metros)
4,67x1,81x1,62x2,67x0,21

CONSUMO
1.6 Zen: na cidade, 10,9km/l (gasolina) e 7,6km/l (com etanol); na estrada, 11,3km/l (gasolina) e 8km/l. 2.0 Intense: na cidade, 8,8km/l (gasolina) e 6,2km/l (com etanol); na estrada, 10,8km/l (gasolina) e 7,3km/l.

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