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Estado de Minas

TESTE: Chevrolet Cobalt 1.8 Graphite é versão para fechar o ciclo do sedã

Modelo ganha série limitada, com perfil mais sóbrio. Espaço e câmbio automático são pontos fortes do sedã, que será reestilizado em dezembro. Será que vale a pena?


postado em 04/11/2015 10:00 / atualizado em 04/11/2015 10:07

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Quando um modelo já está no fim da linha, é muito comum que os fabricantes lancem séries especiais, geralmente com foco no custo/benefício, para oferecer uma compensação ao comprador que vai ficar com um carro prestes a sofrer uma desvalorização. Bom, o Chevrolet Cobalt está em vias de receber uma significativa reestilização, com retoques no capô, para-choques, grade, para-lamas, faróis e lanternas. O interior também será revisto. E a Chevrolet lançou a série especial Graphite para seu sedã compacto premium, limitada a 3 mil unidades, que passa a ser a topo de linha.

Testamos a nova versão, disponível apenas com motor 1.8, equipada com câmbio automático. De acordo com a Chevrolet, a grade em preto brilhante, os faróis escurecidos e os frisos pintados na cor da carroceria, que caracterizam esta série, dão mais sobriedade ao modelo. Além da assinatura Graphite na soleira da porta, na coluna central e na tampa do porta-malas, a versão tem rodas de 15 polegadas exclusivas e os faróis trazem lâmpadas superbrancas. O nome da série também remete à nova opção de cor, mas a unidade testada é bege.

Interior do sedã é espaçoso e o acabamento de qualidade, com couro nos bancos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Interior do sedã é espaçoso e o acabamento de qualidade, com couro nos bancos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


Por dentro, bancos e volante são revestidos em couro sintético, com costuras aparentes. O painel ganhou acabamento todo em preto, incluindo a moldura brilhante da tela do sistema multimídia. Os tapetes são acarpetados. Ainda que esse “tapa” não eleve a categoria do Cobalt, não resta dúvida de que a Chevrolet conseguiu melhorar sua apresentação. O que destoou da proposta desta série especial foram a parte interna do capô e a do porta-malas, que não receberam pintura. A impressão causada pelo fundo branco é de desleixo. Pelo menos não economizaram na forração do porta-malas, que é iluminado.

 

ESPAÇOSO De resto, o Cobalt mantém nesta série especial suas características de sempre. Se esteticamente o modelo não é referência, a “dívida” é sanada pelo ótimo espaço interno e pelo porta-malas generoso, com volume de 563 litros. Diferente da maioria dos modelos, o banco traseiro do Cobalt é alto, oferecendo bom apoio paras as pernas. Pena que a marca tenha se esquecido de oferecer segurança no banco traseiro, onde o passageiro central não tem apoio de cabeça e nem cinto de três pontos. O mesmo passageiro também é penalizado pelo túnel central, que não permite acomodar bem as pernas.

 

ESPERTO

A mecânica também não traz novidades e o motor 1.8 flex do sedã continua sendo agradável. São 108cv de potência e 17,1kgfm de torque (usando etanol, pois com gasolina os números são 106cv e 16,4kgfm) muito bem administrados pelo câmbio automático de seis marchas. Claro, não se trata de um desempenho esportivo, mas o câmbio dificilmente vacila e faz do motor, que não é nenhuma referência de potência, bastante ágil. Já o sistema de trocas sequenciais, feitas por meio de um botão na alavanca de câmbio, é pouco prático. A suspensão tem um bom acerto entre conforto e estabilidade.

Linhas do sedã são sóbrias, com a traseira mais alta, marcada por vincos, e as rodas de liga leve de 15 polegadas são exclusivas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Linhas do sedã são sóbrias, com a traseira mais alta, marcada por vincos, e as rodas de liga leve de 15 polegadas são exclusivas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

 

Além do acabamento de que já falamos, o único conteúdoa mais que a versão Graphite traz em relação à LTZ é o módulo de TV e a câmera de ré, que complementam o sistema multimídia. Os itens que se destacam são ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos do tipo um toque para todas as janelas, retrovisores com ajustes elétricos, banco do motorista e coluna de direção com regulagem de altura, airbag duplo, freios ABS com EBD, sistema multimídia com rádio, entradas USB e auxiliar e Bluetooth, faróis de neblina, controle de cruzeiro e sensor de estacionamento traseiro.

VEJA FOTOS DO COBALT GRAPHITE!

NA BALANÇA

 

Os pontos positivos do Cobalt são espaço interno e conjunto mecânico. Ele fica devendo um pouco no quesito design. A versão testada custa R$ 61.190. Como se trata de um modelo prestes a passar por uma reestilização, para valer a pena, tem que ter um bom custo/benefício. Se levarmos em conta os concorrentes diretos, não há muita margem para o Cobalt repaginado ficar muito mais caro que o atual. Os dois principais concorrentes são: o Ford Fiesta Sedan 1.6 PowerShift, vendido por R$ 63.290, que tem conteúdo semelhante, mas oferece mais segurança com os controles de estabilidade e tração; e o HB20S 1.6 automático, que, com nível equivalente de equipamento, custa R$ 63.450, mas tem câmbio de apenas quatro marchas.

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
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(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Motor 1.8 flex proporciona desempenho honesto, mas falta acabamento no capô(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Motor 1.8 flex proporciona desempenho honesto, mas falta acabamento no capô (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Ver galeria . 21 Fotos Chevrolet Cobalt Graphite 2015Chevrolet/Divulgação
Chevrolet Cobalt Graphite 2015 (foto: Chevrolet/Divulgação )

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