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Estado de Minas FOCO NO CONFORTO

Fiat Toro Volcano automática é confortável, mas pouco ágil em manobras; confira o teste!

Desta vez, testamos a versão topo de linha Volcano 4x4 da Fiat Toro, que casa o motor 2.0 a diesel com um câmbio automático de nove marchas. Confira como ela se saiu


postado em 06/07/2016 10:37

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Mesmo lançada há quatro meses, as linhas poucos convencionais da Fiat Toro continuam chamando a atenção nas ruas. Desta vez, testamos a versão Volcano da picape, topo de linha e disponível apenas com o motor 2.0 a diesel e câmbio automático de nove marchas. Ao contrário do casamento do motor a diesel com o câmbio manual de seis marchas, com o automático o conforto não está só no fato de não ter que cuidar da embreagem e das trocas na alavanca. O principal ganho aqui é não ter que se preocupar de subir o giro até 2.000rpm para que o motor não apague, como acontece com a Toro manual.

Usada apenas para partir em aclives, a primeira marcha é bastante reduzida. No plano ou em pequenas subidas, o veículo parte de segunda marcha mesmo. Buscando reduzir o consumo de combustível em rodovias, da sexta marcha em diante todas são multiplicadas, permitindo rotações baixas em altas velocidades. Já no para e anda da cidade, a picape não é nada econômica. A tração integral sob demanda contribui com a eficiência energética e a estabilidade do veículo, tendo também a opção da tração 4x4 permanente e reduzida.

A gestão do câmbio automático é eficiente e logo reconhece quando o motorista precisa de desempenho – reduzindo uma ou duas marchas e esticando as rotações – ou está dirigindo tranquilo, mantendo as rotações baixas e economizando combustível. As trocas manuais podem ser feitas pela alavanca de câmbio ou, como opcional, nas aletas próximas ao volante. Já a tração pode ser facilmente escolhida em um seletor localizado no console, realizando trocas inclusive com o veículo em movimento.

Detalhe interessante da picape é a tampa bipartida da caçamba, que facilita o carregamento(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Detalhe interessante da picape é a tampa bipartida da caçamba, que facilita o carregamento (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
POUCA AGILIDADE Apesar de ter bons números de potência (170cv a 3.750rpm) e torque (35,7kgfm a 1.750rpm), o desempenho da picape não é dos mais brilhantes. É que os 1.871 quilos do veículo não são fáceis de serem vencidos da inércia. Porém, depois desse estágio, com a turbina a toda, o veículo desenvolve bem. Mas a característica que mais incomoda o motorista é a falta de agilidade em manobras. Mesmo tendo medida entre-eixos menor do que as das picapes médias (um dos fatores preponderantes para se ter agilidade), a Toro tem o diâmetro de giro semelhante às grandalhonas, não se beneficiando de seu porte menos avantajado para ficar mais esperta.

Depois da inércia, com a turbina do motor 2.0 de 170cv a toda, o veículo desenvolve bem(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Depois da inércia, com a turbina do motor 2.0 de 170cv a toda, o veículo desenvolve bem (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
À BORDO O acabamento poderia ser mais esmerado, já que o aspecto dos plásticos usados deixa a desejar, principalmente o aplique com cor de bronze escurecido no painel e nas portas. O interior carece de bons porta-trecos. Os bancos em couro são opcionais. O interior é confortável, mas o acesso é ruim. É que, apesar de a picape ter porte elevado, em relação ao assoalho o teto é baixo, obrigando o passageiro a se encolher para adentrá-la.

Acabamento poderia ser mais esmerado, já que o aspecto dos plásticos usados deixa a desejar(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Acabamento poderia ser mais esmerado, já que o aspecto dos plásticos usados deixa a desejar (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Os bancos dianteiros acomodam bem os ocupantes. Como opcional, o assento do motorista conta com ajustes elétricos. Em compensação, o banco do passageiro não tem nem ajuste manual em altura. O espaço para os passageiros de trás é relativamente bom, mas falta saída do ar-condicionado ali. O banco traseiro tem apoios de cabeça e cintos de segurança de três pontos para todos, além de sistema Isofix para fixação de assentos infantis. A traseira alta da picape compromete a visibilidade e a câmera de ré é fundamental nas manobras.

Espaço para os passageiros de trás é relativamente bom, mas falta saída do ar-condicionado(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Espaço para os passageiros de trás é relativamente bom, mas falta saída do ar-condicionado (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Outros pontos positivos são: a abertura bipartida da tampa da caçamba, que além de estilosa a deixa leve de manusear; a suspensão traseira multilink, que proporciona estabilidade e conforto; o bom tamanho da caçamba, para uma picape de cabine dupla de porte intermediário; e visibilidade frontal, pela posição elevada de dirigir. O preço da versão testada parte de R$ 120.670. Repleta de opcionais como pintura metálica, airbags laterais, de cortina e de joelho, capota marítima, entrada e partida sem chave, partida remota e sensor de pressão dos pneus, além de outros já citados na reportagem, o valor da unidade testada sobe para R$ 131.906.

Mesmo lançada há quatro meses, as linhas poucos convencionais continuam chamando a atenção
Mesmo lançada há quatro meses, as linhas poucos convencionais continuam chamando a atenção

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