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Chevrolet Trailblazer 3.6 V6 LTZ se destaca pelo espaço, mas peca no consumo; confira o teste!

Testamos o Chevrolet Trailblazer 3.6 V6 LTZ, reestilizado recentemente, na configuração de sete lugares, com destaque para o espaço


postado em 29/08/2016 13:24 / atualizado em 29/08/2016 13:36

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Lançada no fim de 2012, a atual geração do Chevrolet Trailblazer passou por uma recente reestilização – junto com a picape S10 –, que abrangeu não só as linhas da carroceria, mas também seu interior. Por fora, as mudanças se concentraram na dianteira, que com a grade alongada e os novos faróis (que ganharam luzes diurnas de LED) parece ter ficado mais larga. Também são novos o para-choque, as rodas de 18 polegadas e a cavidade no capô. Em uma época em que a moda do segmento tende mais para o estilo crossover, essas mudanças funcionaram bem no utilitário-esportivo.

O interior do Trailblazer ganhou a mesma revisão severa feita na picape S10. Seu componente mais perceptível é o novo painel, que ganhou orientação mais verticalizada. O quadro de instrumentos ficou mais limpo, perdendo as divisórias físicas anteriores. Também ficaram menos poluídos os comandos do ar-condicionado e do sistema multimídia. Com apliques em couro, o painel também ganhou aspecto mais sofisticado. O couro também está nos bancos, volante, painéis de porta e apoios de braço. Para completar o bom acabamento, plástico com aspecto de qualidade, um belo tecido no teto e tapetes acarpetados.

Devido à altura, o acesso ao veículo é ruim. Na segunda fileira de bancos o espaço para pernas é bom. O túnel no assoalho é largo e até possibilita que o passageiro central apoie os pés, mas a posição não é confortável. O modelo conta com cintos de segurança de três pontos e apoios de cabeça para todos. Destaque para os difusores de ar e o controle de velocidade do ar-condicionado também para esses passageiros. Essa fileira traz sistema Isofix para fixação de assentos infantis.

Traseira mantém o estilo robusto do modelo, que tem boa altura em relação ao solo, detalhe interessante para rodar na terra(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Traseira mantém o estilo robusto do modelo, que tem boa altura em relação ao solo, detalhe interessante para rodar na terra (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
3ª FILEIRA O manuseio dos bancos traseiros é prático. Os dois bancos da terceira fileira são independentes e facilmente armados ou desarmados puxando uma alça. Porém, o acesso a esse espaço é ruim, pois o assoalho do veículo é alto, obrigando o passageiro a baixar a cabeça. Depois de ocupar os assentos da terceira fileira, é preciso ter cuidado ao baixar os bancos da segunda fileira, que se rebatem para facilitar o acesso. É que existe a possibilidade de esse passageiro acomodar os pés no local onde o assento da frente se trava, junto ao assoalho (no local existem advertências quanto a isso). O espaço para as pernas e cabeça é restrito, por isso essa fileira é ideal para crianças. Esses passageiros também contam com luzes de leitura, difusores de ar, porta-objetos, apoios de cabeça e cintos de três pontos retráteis.

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)


A área para bagagem é flexível, mas espaço na terceira fileira de bancos é bem limitado(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
A área para bagagem é flexível, mas espaço na terceira fileira de bancos é bem limitado (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
PORTA-MALAS Como o porta-malas abriga os dois assentos da terceira fileira, que não são embutidos sob o assoalho, acaba perdendo espaço em altura. Porém, o compartimento é tão comprido que o volume ainda é muito bom. Para nivelar o porta-malas quando esses bancos estão recolhidos, foi instalada uma caixa organizadora, feita especialmente para guardar a cobertura retrátil do porta-malas, além de outros pequenos objetos, uma solução simples e inteligente.

Outros pontos que demonstram cuidado no detalhe de manuseio do veículo são os clips que prendem os cintos de segurança traseiros e impedem que eles interfiram no fechamento da cobertura retrátil do porta-malas e a extensão dessa cobertura até as costas da segunda fileira. A colocação e retirada dessa cobertura é pouco prática e obriga a entrar no compartimento de bagagem, mas quanto a isso não tem muito o que fazer. Em condições de exceção, o espaço do porta-malas pode ser bem ruim – quando a terceira fileira está em uso – ou excepcionalmente – quando a segunda e terceira fileiras estão rebatidas o veículo ganha um excelente espaço de carga, com assoalho plano ainda.

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
RODANDO Mesmo não se tratando da motorização a diesel, que oferece torque de sobra ao grandalhão, o bloco V6 a gasolina dá conta do recado, se destacando pela potência. Parte do mérito pode ser atribuída ao câmbio automático de seis marchas, que realiza trocas sem titubear, para não deixar o desempenho cair. Quando possível, ele tenta levar o veículo em baixas rotações, mas se precisar de desempenho, reduz marchas e sobe o giro, quando o ruído do motor não fica nada discreto, assim como o consumo de combustível. As trocas também podem ser feitas manualmente pela alavanca de marcha. Apesar da sofisticada suspensão traseira multilink, o Trailblazer não proporciona conforto aos ocupantes em pisos irregulares. O veículo ainda tem opção de tração 4x4 com reduzida.

O utilitário é bem equipado, com destaque para os itens de segurança. Além dos seis airbags (frontais, laterais e de cortina), traz de série alertas de colisão, de ponto cego e de saída de faixa. Uma pequena-grande evolução são os vidros elétricos, que agora são todos do tipo “um toque”. Seu concorrente histórico é o Toyota SW4, que além da versão a diesel tem outra V6 a gasolina e uma flex. Do ponto de vista mecânico, a versão que se aproxima do Trailbazer é a com motor 4.0 V6 a gasolina, mas seu preço supera e muito o do utilitário da Chevrolet (veja no quadro de concorrentes). Mas, justiça seja feita, essa versão do modelo da Toyota é mais bem equipada, talvez não a ponto de justificar tamanha diferença de preços.

Já a versão flex de sete lugares do SW4 tem preço condizente com o modelo da Chevrolet (R$ 164.900), mas seu desempenho não chega nem perto, além de não contar com tração 4x4.

Painel é funcional, com comandos à mão, além de ser equipado com a segunda geração do MyLink(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Painel é funcional, com comandos à mão, além de ser equipado com a segunda geração do MyLink (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
CONECTIVIDADE
Mais comandos de voz

A Trailblazer vem equipada com a segunda geração do Chevrolet MyLink. O mais legal nesse sistema é a quantidade de funções que podem ser acionadas por comando de voz. A mais prática é a do navegador, onde você dita o endereço e pronto. Não precisa digitá-lo. É mais prático e também seguro. Claro que os endereços com nomes estranhos podem não ser reconhecidos. As funções de voz também estão disponíveis na telefonia, com leitor de SMS, e mídias. O sistema de áudio é caprichado, com cinco alto-falantes e dois tweeters. Não há leitor de CD ou DVD. As mídias são rádio, entradas USB e auxiliar, e Bluetooth, que reproduz conteúdo em streaming. Outra função disponível é o espelhamento do smartphone na tela tátil de oito polegadas, nos sistemas Android Auto ou Aplle CarPlay (os celulares precisam ser compatíveis). Outro destaque é o sistema On Star, que oferece serviços de concierge, recuperação de veículo furtado e contato com atendimento médico de emergência.

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
FICHA TÉCNICA

» MOTOR
Dianteiro, longitudinal, seis cilindros em V, 24 válvulas, 3.564cm³ de cilindrada, que desenvolve potência máxima de 277cv a 6.400rpm e torque máximo de 35,7kgfm a 3.700rpm

» TRANSMISSÃO
Tração 4x4 com reduzida e câmbio automático de seis marchas, com opção de troca manual

» SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS
Dianteira, independente com braços articulados e barra estabilizadora; e traseira do tipo multilink e barra estabilizadora / 7,5 x 18 polegadas (alumínio) / 265/60 R18

» DIREÇÃO
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica

» FREIOS
A discos na dianteira e na traseira, com sistema ABS, distribuição da força de frenagem (EBD) e
assistência de frenagem
de emergência (BAS)

» CAPACIDADES
Tanque de combustível, 76 litros; capacidade de carga (passageiro e carga), 614kg

EQUIPAMENTOS
» DE SÉRIE
Airbags frontais, laterais e de cortina, alerta de colisão frontal, alerta de saída de faixa, alerta de movimentação traseiro, cintos de segurança de três pontos retráteis para todos os ocupantes, controles de tração e estabilidade, faróis e lanterna de neblina, luz de condução diurna, alerta de pressão dos pneus, regulagem de altura dos faróis, alerta de ponto cego, sistema Isofix de fixação de assentos infantis, ABS, sistema de distribuição de frenagem (EBD) e assistência de frenagem de urgência (PBA), estribos laterais, lanternas com LEDs, rack de teto, rodas de alumínio aro 18 polegadas, bancos e volante revestidos em couro, acendimento automático dos faróis, ar-condicionado digital com controle de intensidade atrás e difusores no teto, assistente de partida em aclive, caixa organizadora do porta-malas, volante com regulagem em altura, computador de bordo, controlador de velocidade de cruzeiro, controle de velocidade em declive, direção elétrica progressiva, retrovisores externos com ajuste e rebatimento elétricos, sensores de chuva e de estacionamento dianteiro e traseiro, sistema de partida do motor por controle remoto, trava elétrica das portas, vidros elétricos com acionamento tipo “um toque”, banco do motorista com regulagem elétrica de altura, distância e inclinação do encosto, sistema premium de áudio (com cinco alto-falantes e dois tweeters), câmera de ré, sistema multimídia MyLink (com tela LCD sensível ao toque de oito polegadas e navegador integrado).

» OPCIONAL
Não tem

QUANTO CUSTA?
O Chevrolet Trailblazer 3.6 V6 automático custa R$ 159.990. Mesmo sendo pintura sólida, a cor branca acrescenta R$ 700 ao preço do veículo.

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