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Estado de Minas TESTE

Motor 2.0 flex sente o peso do Jeep Compass, mas ainda assim dirigir o modelo é tarefa prazerosa

Jeep Compass Flex chega para avaliação na versão intermediária Longitude. Câmbio esperto de seis marchas ajuda a melhorar o desempenho, mas não consegue evitar que modelo tenha consumo elevado de combustível


postado em 27/01/2017 15:11 / atualizado em 27/01/2017 17:33

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

Lançado em novembro do ano passado, o Jeep Compass vem obtendo boa resposta do mercado, registrando vendas muito superiores à média de seus principais concorrentes do segmento dos SUVs médios, mais se aproximando dos números dos utilitários esportivos compactos mais vendidos. Parece que a marca sabia do potencial que seu produto tinha no Brasil, tanto que essa segunda geração foi lançada mundialmente aqui e é fabricada na planta de Goiana, em Pernambuco. Em novembro, o Vrum já testou o modelo com a motorização a diesel, e agora chega a vez de avaliarmos o Compass equipado com o motor 2.0 flex na versão intermediária Longitude.

O motor 2.0 flex se mostrou a conta certa para deslocar os 1.541 quilos do veículo, muito diferente do comportamento da motorização diesel, que tem muito mais torque, e, apesar de ser uns 170 quilos mais pesado, carrega o SUV sem sofrer. Mas o Compass flex não chega a ser um veículo com desempenho limitado, ele só precisa de um tempo para se desenvolver, exceto quando está carregado, quando é preciso rodar no ritmo imposto pelo utilitário esportivo.

O câmbio automático de seis marchas tem papel importante no bom comportamento do Compass. Nos trechos planos, ele procura manter as rotações baixas (menos de 2.000rpm), aliviando o consumo de combustível, mas não hesita em reduzir marchas para que o veículo não perca o rendimento. Se o motorista provocar o motor, pisando no pedal da direita até o fundo para uma retomada ou ultrapassagem, o câmbio reconhece a necessidade e reduz até três marchas e deixa as rotações lá em cima (6.000rpm) para atender à demanda. Nestes casos, na verdade já a partir das 4.000rpm, o motor se mostra bastante ruidoso.

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

Se quiser assumir o controle, o motorista pode fazer a trocas de marcha manualmente na alavanca ou pelas aletas junto ao volante. A 110km/h, em sexta marcha, o conta-giros está em 2.300rpm. Mas isso não é o bastante para que o modelo registre um bom consumo de combustível. Na verdade, não é mesmo de se esperar que um motor 2.0 aspirado instalado numa carroceria pesada seja econômico. As suspensões são um ponto forte do Compass, gentis até com piso irregular, e transmitem confiança nas curvas. A direção tem assistência elétrica, com pesos adequados em todas as situações.

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

DENTRO A habitabilidade é agradável. A posição de dirigir elevada permite ter uma visibilidade maior. O banco do motorista conta com regulagem manual de altura e o volante com regulagens de altura e distância. O vidro traseiro é pequeno, consequência do maior aproveitamento do porta-malas, e compromete a visibilidade. Mesmo sem contemplar bancos em couro de série, o acabamento do Compass agrada, com destaque para a bela forração do teto, tapetes acarpetados, plástico emborrachado no painel e portas dianteiras, além de couro nas portas, volante e apoio de braço.

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

O espaço interno é bom, guardando também espaço para as pernas dos passageiros do banco de trás, além de difusores de ar. O passageiro traseiro central não se acomoda bem devido ao túnel do assoalho, porém, conta com apoio de cabeça e cinto de três pontos. O porta-malas tem espaço razoável, mas abriga o estepe de emergência. Para transportar objetos maiores é possível rebater o encosto do banco traseiro de forma fracionadoa, formando uma superfície plana.

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

CONTEÚDO A versão Longitude oferece um bom pacote de equipamentos de série, com destaque para a central multimídia, itens de segurança, acesso e partida do motor por chave presencial. Uma função que traz muita praticidade é o freio de estacionamento com acionamento elétrico, que trabalha em conjunto com a alavanca de câmbio. Depois de ligar o veículo, ao posicionar a alavanca em D ou R o freio de estacionamento é automaticamente liberado, assim como, ao colocar a alavanca em P, ele é automaticamente acionado. Nesta versão, os airbags de joelho, laterais e de cortina são opcionais. Ainda dentro do pacote de opcionais, é de se elogiar o sistema de som premium de 506W.

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

CONCORRENTES Os principais concorrentes do Compass 2.0 Flex são o Hyundai ix35 e o Mitsubishi ASX, já que os preços e versões são bastante semelhantes. Já o Kia Sportage se aproxima mais da versão Longitude do Compass com sua versão topo de linha LX, que leva a mais teto solar, rodas de 19 polegadas e 6 airbags. Mas, mesmo equipando o modelo da Jeep com tudo isso, ele fica bem mais em conta, já que o modelo coreano tem que arcar com os custos de importação.


CONECTIVIDADE
O destaque do sistema multimídia Uconnect são os comandos por áudio, que permitem que o motorista mantenha o foco na direção. Basta dizer um endereço, uma estação de rádio ou o nome da pessoa que você quer telefonar que o sistema providencia. As mídias disponíveis são rádio, duas entradas USB, uma entrada auxiliar e Bluetooth (com streaming). A unidade testada estava equipada com sistema premium de som de 506W. A tela do painel de instrumentos exibe informações auxiliares de navegação. O volante conta com teclas de telefonia e comandos por voz. A tela central tátil de 8,4 polegadas também traz informações do ar-condicionado digital e projeta a imagem da câmera de ré.


(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

FICHA TÉCNICA

MOTOR
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.995cm³ de cilindrada, flex, que desenvolve potências máximas de 159cv (gasolina) e 166cv (etanol) a 6.200rpm e torques máximos de 19,9kgfm (gasolina) e 20,5kgfm (etanol) a 4.000rpm

TRANSMISSÃO
Tração dianteira; e câmbio automático de 6 marchas

SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS
Dianteira McPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores com geometria triangular e barra estabilizadora; e traseira McPherson com rodas independentes, links transversais/laterais e barra estabilizadora / 7 x18 polegadas (liga de alumínio) / 225/55 R18

DIREÇÃO
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica progressiva

FREIOS
Discos ventilados na frente e discos sólidos na traseira, com ABS e EBD

CAPACIDADES
Peso, 1.541 kg; porta-malas, 410 litros; tanque de combustível, 60 litros; capacidade de carga (passageiro e carga), 400 quilos.

DIMENSÕES (comprimento x largura x altura x entre-eixos)
4,41x1,82x1,64x2,63

CONSUMO (Inmetro)
Na cidade, 8,1km/l (gasolina) e 5,5km/l (com etanol); na estrada, 10,5km/l (gasolina) e 7,2km/l

DESEMPENHO
Velocidade máxima (km/h): 188(g)/192(e); Aceleração até 100 km/h (s): 10,9(g)/10,6(e)

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

EQUIPAMENTOS


DE SÉRIE
Freios ABS, airbags dianteiros, controle de tração e estabilidade (ESC), controle de estabilidade para trailler (quando com engate Mopar), controle anti-capotamento, apoio de cabeça traseiro central, cinto traseiro central de 3 pontos, Isofix, ar-condicionado de dupla zona, direção elétrica, freio de estacionamento elétrico, sensor de estacionamento traseiro, piloto automático, computador de bordo, câmera de estacionamento, chave de presença para acesso ao veículo e partida, limpador e desembaçador dos vidros traseiros, retrovisores elétricos, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, banco do motorista com regulagem manual de altura, banco traseiro bipartido 60/40 e rebatível, ajuste do volante em altura e profundidade, aletas para trocas de marcha no volante, volante com acabamento em couro, apoio de braço com porta-objetos, faróis e lanternas de neblina, faróis e lanternas com assinatura em LED, luzes diurnas (DRL), estepe de uso emergencial, ganchos de fixação de carga no porta-malas, parafuso antifurto nas rodas, rack de teto, rodas em liga aro 18’’, sistema multimídia com tela de 8.4'' com rádio, USB, Bluetooth, navegação, telefonia e sistema de áudio com 6 alto-falantes.

OPCIONAIS
Pacote Premium (R$ 3.500), bancos em couro, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, retrovisor eletrocrômico, sistema de som premium de 506W; Kit Segurança (R$ 3.000), airbags de joelho, laterais e de cortina; pintura metálica (R$ 1.500).


Quanto custa?
O Jeep Compass 2.0 Flex Longitude tem preço inicial de R$ 109.990. Com os opcionais, a versão testada custa R$ 117.990.


NOTAS
Desempenho 7
Espaço interno 8
Porta-malas 7
Suspensão/direção 8
Conforto/ergonomia 8
Itens de série/opcionais 8
Segurança 8
Estilo 8
Consumo 6
Tecnologia 8
Acabamento 8
Custo/benefício 9
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

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