No anúncio, a fábrica cumprimenta o piloto e “todos que fazem do Honda muito mais que um carro”. Sem dúvida, foram mesmo muito além, pois trata-se de pura propaganda enganosa. Não tem outro jeito de definir a Copa Petrobras de Marcas, disputada pela Chevrolet, Ford, Honda, Toyota e Mitsubishi. Mas não tem nenhum Cruze, Focus, Civic, Corolla ou Lancer na pista, pois são todos exatamente iguais, com motor Ford 2.0 de 300cv (preparado pelo argentino Oreste Berta), câmbio e diferencial da Xtrac, radiador Setrab, rodas OZ Racing, freios Fremac, mesmo chassis e suspensão.
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O “Honda Civic” vencedor, pilotado por Ricardo Maurício, só tem a casca com o logotipo da marca na grade. E mais nada. A fábrica, mentirosa, divulga em seus anúncios e releases para enganar leitores e jornalistas que a supremacia do carro foi graças ao seu “desempenho e resistência”.
As corridas emocionam quem vai ao autódromo ou assiste pela tevê, pois os carros, com mesmo desempenho, tornam as provas muito disputadas. O torneio poderia ter patrocínio de fornecedores como fabricantes de baterias, aparelhos de som, rodas, pneus, aditivos, óleos ou seguros, financeiras e bancos, mas jamais a simulação de que sejam modelos de marcas diversas, uma rigorosa desonestidade. Onde foi escondido o código de ética da Honda?
Os “laureados”
Essa é a relação da menos cobiçada premiação da imprensa automotiva nacional, o Pinóquio de Ouro...
2005
Toyota (garantia de três anos custava caro para o proprietário...)
2006
Oficinas “empurroterapeutas” (limpeza de bicos injetores...)
2007
Vectra GT (não era Vectra, mas Astra. Muito menos GT...)
2008
Peugeot (o 307 vencedor da Stock Car nunca foi um Peugeot...)
2009
Pirelli (recall não realizado dos pneus aro 17” do Vectra que estouravam...)
2010
Caoa-Hyundai (Conar obrigou empresa a retirar publicidade do ar...)
2011
Ministro Guido Mantega (medidas protecionistas provocando retrocesso na indústria nacional...)
2012
Effa Motors (Remarcou chassis de carros 2011 para vendê-los como 2012...)