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Estado de Minas

Confira plano de manutenção para conferir suspensão, peças e fluidos do seu carro

Levar o carro à oficina uma vez ao ano é fundamental para mantê-lo funcionando em condição próxima à do novo. Saiba quando e como verificar o desgaste de peças e fluidos


postado em 16/07/2015 09:40 / atualizado em 16/07/2015 09:53

(foto: Paulinho Miranda/EM/D.A Press)
(foto: Paulinho Miranda/EM/D.A Press)

Entenda ou não do assunto, quem leva o carro à revisão sempre fica com a pulga atrás da orelha se realmente está na hora de fazer a manutenção deste ou daquele componente. O engenheiro mecânico Francisco Satkunas, conselheiro da SAE Brasil, montou um plano de manutenção com dicas e a quilometragem média para a troca de cada item. Mas lembre-se, essas informações devem ser usadas como base para identificar se os serviços executados no seu carro estão dentro de uma média geral, não substituindo o que foi determinado pelo fabricante, imprescindível para manter a garantia, se for o caso.

SUSPENSÃO


Amortecedor: deve durar ao menos 30 mil quilômetros. Não existem instrumentos precisos para detectar a hora da troca. Esqueça aquele método de empurrar o carro para baixo para ver se o amortecedor está bom. É necessário verificar se existe algum vestígio de vazamento na peça e se o carro está firme nas curvas.

Mola: também deve durar pelo menos 30 mil quilômetros, mas pode chegar aos 100 mil quilômetros, dependendo dos cuidados, tipo de piso.

Freio


Pastilha:
dura de 40 mil a 50 mil quilômetros para veículos com câmbio manual e de 20 mil a 30 mil quilômetros naqueles com câmbio automático. Geralmente, os carros com câmbio automático menos sofisticados não fazem o freio-motor, exigindo mais do freio e desgastando mais a pastilha. Alguns modelos têm um sistema simples que acusa o desgaste da pastilha onde uma chapa de aço encosta no disco, produzindo barulho. É necessário ficar atento pois, muitas vezes, a luz espia do freio acende no painel e não é falta do fluido. Na verdade, essa luz está avisando que a pastilha já está bastante desgastada e a necessidade de substituí-la.

Disco: é difícil mensurar quanto tempo pode durar, já que depende de vários fatores. Enquanto o disco estiver dentro da espessura mínima, não é necessário substituí-lo. Se houver alguma parte proeminente, é necessário retificar a peça, o que, dependendo da relação entre o preço da peça nova e o do serviço, pode valer a pena.

Lona: a cada duas trocas da pastilha é preciso verificá-la. Dura de 70 mil a 80 mil quilômetros.

Freio de estacionamento: dispensa manutenção, mas se a alavanca “subir” muito pode ser um indicativo de que a lona está desgastada.

Embreagem: se usada normalmente, pode durar até 80 mil quilômetros. Mas se o motorista com o pé apoiado no pedal ou arrancar com rotações elevadas pode se preparar para trocá-la com 40 mil quilômetros. Os sintomas de uma embreagem ruim são vibração do pedal, um ruído (arranhão) quando se troca as marchas e patinação.

Bico injetor:
a limpeza só deve ser feita se o carro estiver falhando. Se quiser prevenir, use um tanque de gasolina aditivada para cada três da convencional.

Alinhamento: só fazer quando necessário. O motorista pode fazer um teste posicionando o carro no centro de uma rua, onde não existe a inclinação para escoar a água pluvial para os cantos. Se o carro está tendendo para algum dos lados, principalmente quando o freio é acionado, é sinal de que está desalinhado. Mas se ele se mantiver no centro está tudo ok.

Correia dentada: é normal a troca entre 60 mil e 80 mil quilômetros. Também é necessário avaliar o estado da polia e do tensionador. Há quem prefira trocar esses componentes mesmo quando estão em bom estado para ficar tudo novo. É aconselhável também trocar a correia Poly V, que alimenta acessórios como o ar-condicionado, alternador e direção hidráulica.

Velas: limpar por volta dos 15 mil quilômetros e trocá-las aos 30 mil quilômetros. Uma vela suja faz com que o consumo fique 5% maior. Algumas velas mais sofisticadas duram até 100 mil quilômetros.

Catalisador:
dura pelo menos 60 mil quilômetros.

FILTROS

De óleo: deve ser trocado junto com o óleo, com 5 mil quilômetros ou seis meses no mineral ou 10 mil quilômetros no sintético.

De combustível: pode ser trocado aos 15 mil quilômetros.

De ar: em veículos que rodam na cidade, pode ser trocado aos 15 mil quilômetros, porém deve ser verificado sempre quando o óleo for trocado. Neste caso, se tiver uma poeira dura e com algumas manchas, deve ser trocado. Mas se for uma poeira fina pode-se remover o excesso com um leve jato de ar e novamente utilizar o filtro. Agora, se o veículo rodar na terra a atenção deve ser maior, podendo a substituição ser feita já com 2 mil quilômetros. Um filtro de ar sujo pode aumentar em 5% o consumo de combustível.

Do ar-condicionado: deve ser trocado aos 25 mil ou 30 mil quilômetros.

FLUIDOS


Óleo: deve ser trocado com 5 mil quilômetros no caso do mineral e 10 mil quilômetros se sintético.

Do radiador: se o sistema estiver lacrado, a troca varia entre 30 mil a 50 mil quilômetros. Agora, se o sistema estiver vazando na mangueira ou na bomba d’água, é preciso abastecer com fluido a cada seis meses.

Do câmbio automático: a troca do óleo varia de 50 a 60 mil quilômetros, mas em alguns casos não é necessário fazer qualquer manutenção.

Da direção hidráulica:
o fluido não precisa ser trocado, mas se houver vazamento no sistema é preciso corrigi-lo e repor o fluido, que é inflamável e pode ser perigoso.

De freios:
deve durar dois anos, independentemente da quilometragem. Recomenda-se usar marca indicada pelo fabricante ou conhecidas.

Não vacile!

Rodar com pneus abaixo da pressão indicada e com filtro de ar e velas sujos aumenta o consumo de combustível em 15%.

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