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Estado de Minas

Estudos querem diminuir ou até eliminar o tempo que os motoristas ficam parados nos semáforos

Segundo a Ford, motorista médio fica até dois dias por ano parado no sinal. Confira as tecnologias que estão sendo desenvolvidas para melhorar esse cenário


postado em 16/10/2018 12:17 / atualizado em 16/10/2018 13:04


Você já imaginou uma cidade sem semáforos? Pois é isso que a Ford propõe ao apresentar, no Reino Unido, um sistema de gerenciamento de prioridade em cruzamentos. Por meio da comunicação entre veículos (V2V) – que compartilham sua velocidade, a posição e o trajeto –, o sistema identifica um cruzamento próximo e sugere a velocidade que eles devem seguir para passar nos cruzamentos sem precisar parar. De acordo com o fabricante americano, o sistema foi inspirado na forma como os pedestres negociam seu caminho na multidão, diminuindo ou aumentando a velocidade para evitar esbarrões.


A tecnologia foi demonstrada nas ruas da cidade de Milton Keynes, na Inglaterra, com veículos dirigidos por motoristas, mas a Ford garante que ela também pode ser aplicada em veículos autônomos. Inclusive, a própria hipótese de extinguir os sinais de trânsito passa justamente pela automação dos veículos, que negociam entre si a prioridade nos cruzamentos, sem depender da ação dos motoristas. Os veículos autônomos atuais já operam de forma independente, usando as tecnologias de sensores e mapas a bordo, e, com a adição de sistemas de comunicação entre veículos e dos veículos com o meio, eles poderão aumentar sua eficiência.

Tecnologia foi testada com motoristas, mas poderá ser usada em carros autônomos(foto: Ford/Divulgação)
Tecnologia foi testada com motoristas, mas poderá ser usada em carros autônomos (foto: Ford/Divulgação)

Segundo a marca, o motorista médio passa dois dias por ano esperando em semáforos. Além da perda de tempo, os cruzamentos são responsáveis por até 60% dos acidentes de trânsito. Logo, evitar essas paradas também pode ser uma questão de segurança. A ação faz parte do programa Autodrive, que pretende incentivar o desenvolvimento de tecnologias autônomas, visando aumentar a segurança e a eficiência do trânsito. Outras tecnologias apresentadas no programa Autodrive são o alerta de colisão em cruzamentos, o aviso de velocidade ideal para sinal verde, o estacionamento colaborativo – que cria um mapa compartilhado das vagas disponíveis – e o sistema que informa a localização e distância de um veículo de emergência quando ele se aproxima.

“Sabemos que os cruzamentos e semáforos podem ser um pesadelo para os motoristas. Com a tecnologia de carros conectados, imaginamos um mundo em que os veículos sejam mais conscientes uns dos outros e do ambiente, permitindo uma colaboração inteligente nas ruas e junções”, disse Christian Ress, supervisor de tecnologias de assistência ao aotorista, dentro da Pesquisa e Engenharia Avançada da Ford.

Sensores captam a presença de pedestres ou ciclistas e informam aos veículos(foto: Volkswagen/Divulgação)
Sensores captam a presença de pedestres ou ciclistas e informam aos veículos (foto: Volkswagen/Divulgação)

SENSORES Outro sistema em teste em uma das principais estradas de Wolfsburg, na Alemanha, também pretende aperfeiçoar o tráfego e ampliar a segurança. No estudo, parceria entre a Volkswagen e a Siemens, dez sistemas de semáforos transmitirão suas informações para uma rede local sem fio, que no futuro também estará conectada aos veículos. De posse dessa informação, se o sinal de trânsito está verde (aberto) ou vermelho (fechado), o motorista poderá controlar a velocidade do veículo para não ficar parado no semáforo. Naturalmente, a tecnologia poderá ser adotada por veículos autônomos em um futuro próximo.

Além de melhorar o fluxo do tráfego em áreas de congestionamento, o projeto também vai ampliar a segurança no trânsito. Em dois cruzamentos de Wolfsburg foram instalados sensores de alta tecnologia capazes de detectar com muita precisão o movimento de pedestres e ciclistas, inclusive em pontos cegos. São informações que os próprios motoristas, ou veículos dotados de sensores, não são capazes de detectar. “Diferentemente dos dados de posicionamento de um smartphone, que são relativamente imprecisos, o uso de sensores análogos ao veículo oferecem dados de alta precisão para uma área crítica.”, acrescenta Gunnar Koether, chefe de segurança veicular na Volkswagen.

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