O ano de 2018 é, certamente, um ano de melhoras para a economia nacional nos últimos tempos. O setor automotivo começa a respirar. Consequência disso são os números de emplacamentos registrados no primeiro quadrimestre do ano, que cresceu em 17,65 %, taxa que representa um número real de 1.108.913 de veículos licenciados no período. Os dados são da Fenabrave.
Dentro do robusto número de mais de um milhão de automóveis emplacados, 311.181 foram licenciados em abril e 298.626 em março. Em comparação a 2017, os períodos representaram um aumento de 34,80 % e 4,2%, respectivamente.
Para o Presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, o mercado se mantém firme em sua rota de recuperação, seguindo a perspectiva de crescimento. "A queda na inadimplência aliada à queda da taxa de juros, vem favorecendo o setor como um todo. Atualmente, a inadimplência da carteira de crédito, com recursos livres para pessoas físicas, é de 2,5%, e para pessoas jurídicas é de 3,6%. Estes resultados são os menores desde do mês de abril de 2011, fatores que favorecem a oferta de crédito pelas instituições financeiras”, declara.
De acordo com o diretor regional da Fenabrave, Paulo Júnior, o crescimento dos quatro primeiros meses do ano consegue deixar otimista o setor, o qual o órgão estima crescer em 15% ao longo de todo o ano. “Os 17,65% até supera a estimativa anual que pretendemos alcançar. No entanto, ainda é cedo para celebrar porque a base de comparação é fraca. Comparar o primeiro quadrimestre de 2018 com o de 2017 é delicado, já que o ano passado foi quando a crise ainda estava muito latente e, consequentemente, o consumidor não tinha muita possibilidade de compra”, afirma.
Para Pernambuco, o crescimento nas vendas também é otimista. Isso porque o estado consegue acompanhar a média nacional, está em cerca de 18% de emplacamentos a mais comparado ao mesmo período do ano passado. “Os juros estão baixos, os bancos estão com mais apetites para emprestar dinheiro. Inclusive, o mercado do Grande Recife está maior que o da Grande Salvador desde o ano passado. Mas o ideal é esperar o segundo semestre para saber se os tempos são otimistas mesmo, porque foi nesse período do ano passado que a economia ensaiou uma melhora”, completa.