A opção de usar um motor com arquitetura três-cilindros em linha caracteriza quase toda a linha de modelos da marca inglesa Triumph, que completou cinco anos no Brasil, com fábrica em Manaus, Amazonas. O segmento das aventureiras, com as Tiger 800, segue esse figurino e representa expressiva parcela no volume de vendas, por sua versatilidade, em uma história que ganhou destaque em 1936, com a medalha de ouro na competição considerada a “copa do mundo” do enduro, International Six Days Enduro (ISDE). Agora, a linha Tiger 800 passa por nova reformulação no visual e na técnica.
Apresentada em novembro de 2017 no Salão de Milão, a nova linha Tiger 800 também foi mostrada aqui, durante o Salão Duas Rodas, em São Paulo, apenas alguns dias depois de seu lançamento, com previsão de desembarcar em nosso mercado no primeiro semestre de 2018, com preços ainda não definidos. Serão os modelos da família XC, com a XCx e Xca, e os da família XR, com as XR, ZRx, XRx Low (com banco mais baixo), e XRt. O desenho conservou a identidade, com ajustes no visual, mas a parte técnica incorporou avanços.
TRIO Os motores de três cilindros em linha permitem um bloco mais estreito em relação ao de quatro cilindros, porém, têm funcionamento quase “redondo”, além de se aproximarem dos resultados de torque dos mais esguios propulsores de dois cilindros em V. Uma equação que a Triumph aposta e manteve nas novas Tiger 800, com números inalterados de torque: 7,9kgfm a 8.000rpm e potência de 95cv a 9.500rpm. Entretanto, as 200 modificações introduzidas na nova linha incluem o remapeamento eletrônico, novo escape e a primeira marcha mais curta para facilitar as retomadas.
O novo ajuste eletrônico do motor também privilegia a condução no fora de estrada, para pilotos com maior experiência. A nova modalidade Off-Road Pro permite encarar trechos mais pesados, desabilitando o sistema de freios ABS e o controle de tração. O sistema também pode ser completamente desligado, deixando a pilotagem integralmente sob comando do próprio piloto. O novo ajuste vai se somar às outras cinco possibilidades de modos de condução, incluindo regulagens próprias para estradas e trânsito das cidades, porém, com suspensões ajustáveis de maior curso.
MODALIDADES Os novos modelos da família XC são mais apropriados para uso no fora de estrada, com rodas raiadas e aro maior na dianteira. Os modelos da família XR estão mais voltados para uso no asfalto, com rodas de liga leve e aro dianteiro de menor diâmetro. Entretanto, o botão de controle para acessar a eletrônica foi melhorado com uma espécie de joystick. A configuração dos ajustes eletrônicos também ficou simplificada, junto com um novo painel (o mesmo que equipa a Street Triple RS), com tela de cinco polegadas TFT colorida e totalmente ajustável.
Na ergonomia, as novas Tiger 800 ganharam um guidão 10mm mais recuado, banco com espuma de maior densidade e para-brisa com cinco ajustes manuais de altura. Os bancos das XR têm duas regulagens de altura, entre 810mm e 830mm, e as XC, entre 840mm e 860mm. A XRx Low tem banco com altura de 760mm. As novas Tiger 800 também ganharam novos painéis laterais, iluminação em LED e novas pinças de freio Brembo (para os modelos XC). Os modelos contam ainda com acelerador eletrônico, piloto automático, punhos e banco com aquecimento.