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Estado de Minas MAIS SUSTENTÁVEIS

Veículos elétricos já são a realidade

Veículos que dispensam o uso de combustível estão em um futuro não tão distante


postado em 01/09/2018 09:00 / atualizado em 03/09/2018 14:40

Protótipos de veículos de energia limpa estão cada vez mais presentes. O Sion é um exemplo, com placas solares. FOTO: Sono Motors / Divulgação. (foto: Protótipos de veículos de energia limpa estão cada vez mais presentes. O Sion é um exemplo, com placas solares. FOTO: Sono Motors / Divulgação. )
Protótipos de veículos de energia limpa estão cada vez mais presentes. O Sion é um exemplo, com placas solares. FOTO: Sono Motors / Divulgação. (foto: Protótipos de veículos de energia limpa estão cada vez mais presentes. O Sion é um exemplo, com placas solares. FOTO: Sono Motors / Divulgação. )
Com os avanços tecnológicos, o uso de veículos elétricos tem se tornado hábito por algumas pessoas. Ultimamente, notícias com relação aos malefícios que a emissão de gases lançados no planeta provenientes da combustão de combustíveis têm sido postas com grande intensidade. É fato que os mesmos têm ligação direta com o crescimento lépido do aquecimento global.

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o ramo de transporte responde por cerca de 20% das emissões globais de CO2, sendo um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. Por isso, a ideia do uso de energia elétrica como combustível para carros despertou curiosidade.

Aneel definiu a recarga como uma prestação de serviço. FOTO: ABVE / Divulgação (foto: Aneel definiu a recarga como uma prestação de serviço. FOTO: ABVE / Divulgação )
Aneel definiu a recarga como uma prestação de serviço. FOTO: ABVE / Divulgação (foto: Aneel definiu a recarga como uma prestação de serviço. FOTO: ABVE / Divulgação )
De acordo com a Anfavea, os emplacamentos triplicaram em relação a 2016, passando de 1.091 híbridos e elétricos para 3.296. Os resultados significam dizer que, gradativamente, os consumidores estão cada vez mais se incorporando às novas tecnologias.

Uma resolução normativa 819/2018 publicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), estabeleceu no mês de junho novas regras para a recarga de veículos elétricos, retirando o monopólio das distribuidoras de energia. A partir da nova norma, a ANEEL define que a recarga é um serviço prestado ao consumidor, e não uma comercialização de energia elétrica.

O presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Ricardo Guggisberg, diz que o impacto que essa mudança promove na vida das pessoas é significativa, tendo em vista a melhoria dos serviços a serem prestados para a população. “Sem a regularização, seria impossível criar postos de atendimentos de serviços e recargas, além de abranger outras necessidades no que dizem respeito aos veículos taxados como pequenos, médios e grandes”, completa.

Diversos benefícios são atrativos para o investimento em veículos da categoria. FOTO: ABVE / Divulgação(foto: Diversos benefícios são atrativos para o investimento em veículos da categoria. FOTO: ABVE / Divulgação)
Diversos benefícios são atrativos para o investimento em veículos da categoria. FOTO: ABVE / Divulgação (foto: Diversos benefícios são atrativos para o investimento em veículos da categoria. FOTO: ABVE / Divulgação)
O presidente explica que, além da questão da preservação ambiental, diversos outras vantagens são obtidas quando se passa a utilizar veículos elétricos, e reforça a importância da escolha da modalidade se tornar um hábito constante. “Tem-se a economia de uso, longa durabilidade do veículo, não emissão de gases, redução de ruídos, além da diminuição de gastos com manutenção”, diz.

Ter ciência de como um carro elétrico funciona e influencia diretamente na vida das pessoas é importante, mas não é suficiente. Na verdade, um problema constante quando se trata do assunto em terras brasileiras é no que diz respeito à falta de incentivos governamentais. “A grande dificuldade começa com o custo de aquisição de um modelo da categoria, que chega a ser 80% mais caro que um veículo convencional, por exemplo. Sem medidas que favorecem, não há o agrado do público”, relata.

Uma outra razão que torna desestimulante a compra de um elétrico são as tributações cobradas que, na maioria das vezes, são exorbitantes. A exemplo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que é de 25% para veículos totalmente elétricos, 13% para híbridos e de apenas 7% para carros flex, cuja eficiência energética é consideravelmente inferior.

BMW i3 possui motor 100% elétrico e é vendido no Brasil. FOTO: BMW / Divulgação(foto: BMW i3 possui motor 100% elétrico e é vendido no Brasil. FOTO: BMW / Divulgação)
BMW i3 possui motor 100% elétrico e é vendido no Brasil. FOTO: BMW / Divulgação (foto: BMW i3 possui motor 100% elétrico e é vendido no Brasil. FOTO: BMW / Divulgação)
A proposta de corte do IPI é um dos itens que compõem o novo programa automotivo Rota 2030, lançado pelo Governo Federal e que ainda não foi aplicado. Para Ricardo, a proposta vem como uma possível solução para alguns problemas, mas faz-se necessária a aplicação de ações constantes. Dentre elas, o próprio governo começar a usar veículos elétricos em sua gestão seria um pontapé. “Em uma corrida de 300 metros, há o primeiro passo. Ainda estamos no início, mas não engajado por completo. Há ainda muito a ser feito, trabalhando em parcerias”, reforça.

Distante 780 km do Recife, a cidade de Fortaleza já conta com uma empresa que possui a sua frota 100% elétrica. Ricardo ressalta que a tendência de regionalização dessas locadoras tende a aumentar, e destaca Pernambuco com um grande potencial. “O público consumidor está entendendo que, muitas vezes,  é mais prático alugar do que até mesmo comprar um elétrico por tornar-se uma tendência a longa durabilidade, e Pernambuco possui grandes expansões”, conclui.

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