Ao dirigir, infelizmente estamos sujeitos a passar por algumas situações que não temos como evitar. Por exemplo, não é nada agradável notar que o carro passou por cima de parafusos ou algum material cortante. Isto certamente pode ser preocupante.
Com o objetivo de permitir com que o carro continue rodando normalmente por um período após um furo ou corte na banda de rodagem, o que deixa a parte interna totalmente sem ar e faz com que, em determinadas situações, o condutor escape de algumas situações de risco, os pneus Run Flat têm caído no gosto de alguns motoristas. No Brasil, a oferta de modelos que substituem o estepe por pneus que podem rodar murchos vem se tornando uma tendência.
Traduzindo para o português de uma forma direta, o termo significa “pneus que podem rodar vazios” e surgiu na década de 1930, época em que era comum as câmaras de ar estourarem com maior facilidade, trazendo prejuízo.
O gerente comercial da Pneudrive no Recife, Franklin Sales, conta que esta modalidade de pneu possui a composição interna bastante resistente. “Todas as paredes laterais têm o reforço redobrado. Isso promove maior resistência e estabilidade para o carro em situações inesperadas”, informa ele. Mesmo que furado ou estourado, o pneu dá uma autonomia para o veículo rodar de 80 a 100 quilômetros de distância a 60 e 80 km/h.
Franklin diz que mesmo assim essa média pode variar. “O modelo do carro e a medida do mesmo influenciam na quilometragem do pneu quando afetado. Deve-se sempre verificar o manual do veículo para confirmar as informações cedidas pela fabricante”, comenta. Por ser produzido com um material especial, os pneus são altamente sensíveis. Isso significa dizer que todos os passageiros podem sentir muito mais as saliências, assim como as imperfeições do solo e os níveis de vibração e ruído enquanto estiver dirigindo.
Assim como um outro pneu, o Run Flat precisa passar por manutenção para ter o seu desempenho aferido. Sales conta que algumas medidas podem auxiliar no bom funcionamento e longa durabilidade do item. “É imprescindível fazer o alinhamento e balanceamento a cada dez mil quilômetros rodados. A calibragem deve ser feita sempre com o percentual que informa o manual do veículo”, orienta.
A fim de aumentar o tempo de vida do pneu, algumas pessoas têm o hábito de aplicar produtos como cremes hidratantes e até pomadas especiais. Franklin alerta que este procedimento é errado e não deve ser feito de forma aleatória. “Existem produtos que ao invés de tratar a borracha acabam prejudicando. Eles podem ressecar o material, deixando-o mais frágil, ocasionando um desgaste mais rápido. O ideal é só fazer as manutenções e as revisões. Não precisa passar nenhum produto”, ressalta o especialista.