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Estado de Minas AVALIAÇÃO

Testamos o Jeep Renegade Sport 1.8 flex com câmbio manual. Confira o resultado!

Versão de entrada do Jeep Renegade combina motor 1.8 flex e transmissão manual, deixando o motorista no comando da situação, mas desempenho ainda é limitado


postado em 11/12/2018 16:51

Com o câmbio manual, o Jeep Renegade fica mais à mão do motorista e a performance é melhor(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Com o câmbio manual, o Jeep Renegade fica mais à mão do motorista e a performance é melhor (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
 

Lançado em 2015, o Jeep Renegade acaba de passar por sua primeira reestilização. Apesar de discretas, as mudanças reforçam seu jeitão de jipe, que o diferencia dos demais SUVs compactos. Os faróis estão ligeiramente encobertos pelo capô, a grade tem fendas um pouco mais largas e os para-choques ganharam novo desenho, sendo que o dianteiro teve o ângulo de ataque ampliado, o que, na prática, permite encarar maior número de obstáculos sem esbarrar no chão. Na tampa traseira, a maçaneta que ficava oculta no vão junto ao para-choque agora está aparente, bem mais acessível. A unidade testada traz de série rodas de liga leve de 16 polegadas, que ganharam novo desenho.


Testamos a versão de entrada Sport, equipada com motor 1.8 flex e câmbio manual de cinco marchas. Esse pacote não traz os novos faróis de LED com iluminação diurna integrada em formato de argola – de série nas versões Limited e Trailhawk –, que ficaram muito estilosos. O interior do modelo também ganhou um “tapa”, com uma providencial melhoria nos porta-trecos do console central, além de um quase imperceptível rearranjo dos comandos do ar-condicionado. Outra mudança que não poderá ser percebida nas versões flex é o aumento do volume do porta-malas, já que elas adotavam o estepe de uso temporário, o que ampliou sua capacidade para 320 litros (à exceção da versão Trailhawk, que traz sobressalente integral devido a sua aplicação no fora de estrada), porém, o espaço para bagagem ainda é pequeno para um SUV.

Versão de entrada traz várias peças do acabamento em plástico preto(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Versão de entrada traz várias peças do acabamento em plástico preto (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Mesmo com bancos revestidos em tecido e tapetes de borracha, a versão de entrada do Renegade tem bom acabamento. O tecido que reveste o teto, o material emborrachado do painel e os plásticos de boa qualidade enriquecem o interior do SUV. Um exemplo desse acabamento cuidadoso está na iluminação interna, com dois pontos na cabine, presente também no porta-malas, porta-luvas, para- sóis e em todos os comandos. O espaço interno é bom, mas o banco traseiro é ideal para dois passageiros, já que o central é incomodado pelo túnel do assoalho. Mas há segurança básica para todos: cintos de segurança de três pontos, apoios de cabeça e Isofix. A coluna C é larga, comprometendo a visibilidade traseira.
Com a reestilização, tampa traseira ganhou maçaneta aparente(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Com a reestilização, tampa traseira ganhou maçaneta aparente (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

RODANDO O motor 1.8 flex continua o mesmo, fornecendo desempenho limitado e consumo elevado. Porém, esta configuração com câmbio manual de cinco marchas é mais prazerosa para dirigir, já que te deixa mais no comando do veículo. Então, se por um lado você perde o conforto de não ter que trocar marchas, por outro você ganha a chance de “trabalhar” sempre com a marcha certa para cada ocasião. Para manter um ritmo normal, o Renegade flex te obriga a trocar marchas em rotações mais elevadas, pelo menos 3.000rpm. Agora, para imprimir um ritmo mais veloz, é necessário ganhar desempenho gradativamente e manter o “giros” sempre altos.

Interior ganhou novos porta-trecos, além de acabamento que inspira qualidade(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Interior ganhou novos porta-trecos, além de acabamento que inspira qualidade (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

O motivo principal disso é a massa elevada do veículo, que compromete sua relação peso/potência. Por outro lado, o modelo usa grande quantidade de aço de alta resistência e sua plataforma não é derivada de um hatch compacto, como acontece com a maioria dos seus concorrentes, que são características que sugerem robustez. As suspensões fornecem muito conforto aos passageiros e estabilidade nas curvas. Direção tem peso adequado para cada situação. O freio de estacionamento é acionado por botão localizado no console.
Espaço no banco traseiro é ideal para dois passageiros, mas há itens de segurança para três(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Espaço no banco traseiro é ideal para dois passageiros, mas há itens de segurança para três (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

CONTEÚDO Apesar de ser uma versão de entrada, o Jeep Renegade 1.8 MT Sport não fica devendo nenhum item essencial. No quesito segurança, tem airbags frontais, controles de tração e estabilidade, assistente de frenagem de emergência, sistema anticapotamento, controle de estabilidade para trailer e assistente de partida em rampa. Entre os concorrentes diretos, o mais caro é Renault Captur 1.6 MT Zen (R$ 82.990), que se destaca ao trazer equipamentos como rodas de liga leve de 17 polegadas, quatro airbags (frontais e laterais) e chave presencial.

Com 320 litros de capacidade, o porta-malas é um dos menores do segmento de SUVs compactos(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Com 320 litros de capacidade, o porta-malas é um dos menores do segmento de SUVs compactos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

A versão de entrada do Renegade é a segunda mais cara (R$ 78.490), seguida pelo Hyundai Creta 1.6 MT Attitude (R$ 77.890), que peca por não oferecer controles de tração e estabilidade e nem assistente de partida em rampa. O Peugeot 2008 1.6 MT Allure (R$ 75.990) se destaca pelos quatro airbags (frontais e laterais), mas é o que traz menos conteúdo de série, incluindo rodas de aço de 16 polegadas com calotas. O mais em conta é o Nissan Kicks 1.6 MT S com Pack Safetty (R$ 75.190), que, apesar das rodas de aço de 16 polegadas com calotas, tem um bom pacote de conteúdos de série. Honda HR-V e Chevrolet Tracker não oferecem opção com câmbio manual.
O motor quatro-cilindros 1.8 flex continua proporcionando desempenho limitado(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
O motor quatro-cilindros 1.8 flex continua proporcionando desempenho limitado (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

CONECTIVIDADE A versão de entrada do Jeep Renegade traz de série central multimídia com tela tátil de cinco polegadas, a mais simples. São poucas as funções disponíveis. Além de telefonia e câmera de ré, a central traz como mídia rádio, Bluetooth (com streaming), duas entradas USB e uma auxiliar. O volante tem comandos de som e telefonia.
As rodas são de liga leve de 16 polegadas, de série(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
As rodas são de liga leve de 16 polegadas, de série (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


FICHA TÉCNICA

MOTOR
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.747cm³ de cilindrada, que desenvolve 135cv (gasolina)/139cv (etanol) de potências máximas a 5.750rpm e torques máximos de 18,7kgfm (gasolina) e 19,2kgfm (etanol) a 3.750rpm

TRANSMISSÃO
Tração dianteira e câmbio manual de cinco marchas

SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS
Dianteira, independente, do tipo McPherson, braços oscilantes inferiores com geometria triangular e barra estabilizadora; e traseira, independente, do tipo McPherson, com links transversais/laterais e barra estabilizadora/ 6,5 x 16 polegadas, de liga leve/215/65 R16

DIREÇÃO
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica

FREIOS
A discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS

CAPACIDADES
Do tanque, 60 litros; porta-malas, 320 litros; de carga útil (passageiros mais bagagem), 400 quilos; peso 1.413kg

DIMENSÕES Comprimento, 4,23m; largura, 1,80m; altura, 1,65m; distância entre-eixos, 2,57m; altura em relação ao solo, 21,5cm

ÂNGULOS De entrada, 27 graus; de saída, 31 graus

DESEMPENHO Velocidade máxima (*) 181km/h(g)/183km/h(e); aceleração até 100km/h 10,5 segundos(g)/9,9 segundos (e)

CONSUMO (**) cidade 10,9km/l(g)/7,5km/l(e); estrada 12,3km/l(g)/8,3km/l(e)

(*) Dados dos fabricantes
(**) Dados do Inmetro
(g) gasolina; (e) etanol



EQUIPAMENTOS

DE SÉRIE
Airbags frontais; freios ABS; controles de tração e estabilidade; controle de estabilidade para trailer; controle eletrônico anticapotamento; freios a disco nas quatro rodas; assistente de frenagem de emergência; câmera de ré; Isofix; luzes de rodagem diurna; assistente de partida em rampa; sistema de monitoramento indireto dos pneus; travas elétricas nas portas e porta-malas; vidros elétricos nas quatro portas com sistema “um toque”; ajuste do volante em altura e distância; banco do motorista com regulagem de altura; banco traseiro bipartido 60/40 e rebatível; apoio de braço com porta-objetos; comandos do sistema de áudio e Bluetooth no volante; revestimento dos bancos em tecido; ar-condicionado; chave canivete; computador de bordo; freio de estacionamento eletrônico; porta-malas com iluminação e ganchos; estepe de uso emergencial; limitador de velocidade; limpador e desembaçador dos vidros traseiros; para-sol com espelhos cortesia; piloto automático; quadro de instrumento TFT de 3,5 polegadas'; rack de teto; repetidor de seta nos retrovisores; retrovisores com ajustes elétricos; entrada USB para os ocupantes do banco traseiro; sistema de áudio com tela de cinco polegadas; sistema Start&Stop.

OPCIONAL
Não tem

QUANTO CUSTA
O Jeep Renegade 1.8 MT Sport, versão de entrada do modelo, tem preço sugerido de R$ 78.490.

NOTAS
Desempenho 7
Espaço interno 8
Porta-malas 7
Suspensão/direção 8
Conforto/ergonomia 8
Itens de série/opcionais 8
Segurança 8
Estilo 9
Consumo 7
Tecnologia 8
Acabamento 9
Custo/benefício 8

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