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Estado de Minas

Teste do Vrum: como anda a Toyota Hilux SRV 2.7 Flex 4x4 AT? Modelo passou por reestilização

Picape média é a mais vendida do Brasil, com 30% de participação no segmento. Confira o desempenho da versão com motorização flex, opção mais acessível que a com propulsão a diesel


postado em 14/01/2019 16:18 / atualizado em 14/01/2019 16:52

(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)
(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)

A Toyota Hilux fechou 2018 como a picape média mais vendida do Brasil, o que não é novidade há anos, respondendo por nada menos que 30% do segmento. O modelo está na oitava geração, lançada em 2015, e em agosto passou por reestilização leve e focada na dianteira, com a adoção de uma grade hexagonal cortada por três barras horizontais e para-choque com novo desenho. A picape também ganhou novos equipamentos. Testamos a versão SRV 2.7, com câmbio automático e tração nas quatro rodas, a topo de linha, equipada com motor flex.


A versão SRV recebeu interior em preto, cor dos bancos revestidos em couro e da maioria das peças plásticas de acabamento. Os estribos laterais, assim como as alças, facilitam o acesso ao interior da picape, que é alta. O banco traseiro tem bom espaço para dois passageiros, já que o prolongamento do console central atrapalha quem senta no meio. Ainda assim, há apoios de cabeça e cinto de segurança de três pontos para todos os ocupantes, além de Isofix para assentos infantis. Os passageiros de trás também podem contar com saídas de ar-condicionado e iluminação.

Desenho do para-choque traseiro forma um degrau para acessar a caçamba(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)
Desenho do para-choque traseiro forma um degrau para acessar a caçamba (foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)

O banco do motorista tem ajustes elétricos, e o volante traz regulagem de altura e distância, oferecendo conforto ao condutor. Porém, falta a opção de velocímetro digital na telinha do painel de instrumentos. Existem bons porta-trecos no console central, sob o apoio de braço e nas portas. Os vidros com acionamento elétrico não se fecham automaticamente quando o veículo é trancado, o que contrasta com a presença de equipamentos que trazem praticidade, como a chave presencial (para destravar portas e dar a partida no motor).

Carroceria mescla detalhes cromados com preto brilhante(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)
Carroceria mescla detalhes cromados com preto brilhante (foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)

Ainda sobre a vida a bordo, a Hilux fica devendo espelho no para-sol do motorista e iluminação integrada ao espelho do passageiro. Por outro lado, todos os instrumentos são iluminados. O para-choque traseiro forma um degrau para acessar a caçamba, que tem 1,56m de comprimento e 1,64m de largura. A versão traz de série o protetor de caçamba, assim como ganchos, mas não existe iluminação para o compartimento de carga.

No interior, o predomínio é de elementos em preto, dos bancos em couro às peças de plástico(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)
No interior, o predomínio é de elementos em preto, dos bancos em couro às peças de plástico (foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)

DESEMPENHO O motor tem bons números de torque e potência e, mesmo com as duas toneladas do veículo, o ganho de desempenho é rápido (não imediato) se a picape estiver vazia, e gradual caso esteja carregada. Boa parte dessa performance pode ser atribuída ao câmbio automático, que não vacila em reduzir marchas e manter o “pique” (leia-se jogar o giro do motor nas alturas) para vencer subidas ou fazer uma retomada.

No banco traseiro há segurança básica para todos(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)
No banco traseiro há segurança básica para todos (foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)

Quando a situação permite, a gestão do câmbio mantém as rotações do motor baixas para poupar combustível. Porém, na média, não se trata de um veículo com baixo consumo de combustível. O câmbio também permite trocas manuais de marcha. Para aventura fora de estrada, existe opção de tração na quatro rodas, reduzida e bloqueio eletrônico do diferencial. Como é comum em quase todas as picapes médias, quando o veículo está descarregado, a suspensão é desconfortável, pulando bastante a cada irregularidade do terreno. Já a direção ainda vive na era da assistência hidráulica. Melhor que nada.

Focada na dianteira, reestilização foi bastante sutil, com grade hexagonal e para-choque com novo desenho(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)
Focada na dianteira, reestilização foi bastante sutil, com grade hexagonal e para-choque com novo desenho (foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)

CONCORRENTES
O único concorrente que reúne as mesmas características mecânicas do modelo testado é a Chevrolet S10 LTZ 2.5 AT 4x4, com preço sugerido de R$ 136.890. A Hilux é cerca de R$ 4 mil mais cara, mas em compensação traz de série oito airbags (o modelo da Chevrolet oferece apenas dois), chave presencial, estribos e protetor de caçamba. Já a S10 se destaca pela partida remota do motor, capota marítima, direção com assistência elétrica, alerta de colisão e sensor de permanência na faixa. A Ford Ranger não combina câmbio automático e tração 4x4 com o motor flex. A versão que mais se aproxima da unidade testada é a Limited 2.5 MT 4x2, vendida por R$ 127.390, que perde pelo conjunto mecânico, mas traz bom pacote de conteúdo.


CONECTIVIDADE

O Toyota Play traz tela tátil de sete polegadas e é um dos sistemas mais completos, oferecendo navegação GPS nativa e telefonia. A parte de mídias também é bem recheada, com destaque para TV digital e leitor DVD, além dos mais tradicionais rádio, CD Player/MP3, Bluetooth (com streaming), entradas USB e auxiliar. No display ainda é possível visualizar a imagem da câmera de ré, ajudando a estacionar a picape grandalhona.


(foto: Toyota/Divulgação)
(foto: Toyota/Divulgação)

FICHA TÉCNICA

MOTOR
Dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 2.694cm³ de cilindrada, flex, que desenvolve potências máximas de 159cv (gasolina) e 163cv (etanol) a 3.400rpm e torque máximo de 25kgfm (g/e) a 4.000rpm

TRANSMISSÃO

Tração 4x2, 4x4 e reduzida; e câmbio automático de seis marchas

SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS
Dianteira, independente, com braços duplos triangulares e barra estabilizadora; e traseira com eixo rígido e molas semielípticas de duplo estágio / 18 polegadas (liga leve) / 265/60 R18

DIREÇÃO
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica

FREIOS
A discos ventilados na frente e tambores na traseira, com ABS e EBD

CAPACIDADES
Tanque, 80 litros; capacidade de carga (passageiro e carga), 815kg


Versão SRV agora tem rodas de 18 polegadas(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)
Versão SRV agora tem rodas de 18 polegadas (foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press)

EQUIPAMENTOS


DE SÉRIE
Airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho; freios com sistemas antiblocantes (ABS), distribuição de força e (EBD) e assistente de emergência (BAS); controle eletrônico de tração e estabilidade; assistente de reboque e de partida em rampa; acendimento automático dos faróis; faróis de neblina; luz de condução diurna; para-brisa degradê; ar-condicionado digital com saída de ar central para os bancos traseiros; banco do motorista com ajustes elétricos; computador de bordo; controle de velocidade de cruzeiro; sistema multimídia; chave presencial para destravamento das portas e partida do motor; retrovisor interno eletrocrômico; console central com porta-copos, porta-objetos e descansa-braço; bancos revestidos em couro; porta-objetos nas portas e sob o banco traseiro; compartimento refrigerado no painel; rodas de 18 polegadas; protetor de caçamba; estribos laterais; para-barros dianteiro e traseiro.

OPCIONAL
Não há.


Quanto custa?
A Toyota Hilux SRV 2.7 AT 4x4 é a versão de topo, equipada com motor flex e preço sugerido de R$ 140.990.


Notas (0 a 10)

Desempenho 8
Espaço interno 8
Caçamba 8
Suspensão/direção 7
Conforto/ergonomia 8
Itens de série/opcionais 8
Segurança 8
Estilo 8
Consumo 7
Tecnologia 8
Acabamento 8
Custo/benefício 7

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