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Estado de Minas

Jeep Renegade a diesel continua atraindo pelo bom desempenho e valentia no off-road

SUV compacto passou por discreta reestilização e conta com uma ampla lista de equipamentos que inclui a nova central multimídia Uconnect, com tela maior, mas ainda sem GPS nativo


postado em 05/02/2019 12:44 / atualizado em 05/02/2019 13:12

(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Não é por acaso que o Jeep Renegade é um dos SUVs compactos mais vendidos do país. O modelo passou por recente reestilização, bem discreta, que não interferiu em um de seus principais atributos: o visual que remete ao antigo Willys. Testamos a versão Longitude com motor a diesel, câmbio automático e tração 4x4, um conjunto que garante desenvoltura no asfalto e na terra. O pequeno da marca americana chama a atenção pela dirigibilidade, boa lista de equipamentos e qualidade do acabamento, mas, apesar disso, tem preço que esbarra em segmento superior. Será que vale a pena?


O Renegade tem as opções de motorização 1.8 flex e 2.0 turbodiesel. A primeira recebeu até uns ajustes para melhorar o desempenho e o consumo de combustível, mas não conseguiu chegar em um ponto satisfatório, principalmente se comparado com alguns concorrentes. Já as versões equipadas com motor 2.0 a diesel surfam sozinhas no segmento de SUVs compactos, já que não têm concorrência. O Renegade Longitude é a primeira opção com essa motorização, e seu preço se aproxima, por exemplo, do Jeep Compass Sport 2.0 flex, vendido por R$ 114 mil, mas que é de porte maior, mais espaçoso.

Mas dizem que o Renegade conquista o seu público consumidor pelo visual, que faz lembrar o emblemático Jeep Willys, dono de uma legião de fãs. Apesar de ter sido reestilizado, o Renegade 2019 não mudou quase nada. A alteração mais significativa está no capô um pouco mais comprido, formando uma discreta aba sobre os faróis. Mas o desenho é exatamente o mesmo, com destaque para a grade de gomos cromados, faróis redondos e para-choque com grande entrada de ar tipo colmeia. As laterais continuam com a moldura de plástico que se estende de uma caixa de roda à outra. No teto, rack de alumínio, e na traseira as mesmas lanternas quadradas com elemento em X, além de luz auxiliar de neblina e de ré, uma de cada.

Tampa traseira ganhou maçaneta aparente, bem mais acessível que a anterior, que ficava oculta(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Tampa traseira ganhou maçaneta aparente, bem mais acessível que a anterior, que ficava oculta (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

ESPAÇO Com 320 litros em condições normais, o porta-malas é um dos pontos fracos do Renegade, já que a cobertura sobre o estepe rouba um pouco do espaço. Mas o compartimento de bagagens tem redes nas laterais e ganchos para prender pequenos objetos e sacolas. Conta também com iluminação e argolas. Um detalhe interessante no Renegade é que o desenho da frente do Jeep aparece em alguns pontos do carro, como na parte interna da tampa do porta-malas e na moldura dos alto-falantes. O encosto bipartido do banco traseiro possibilita aumentar a capacidade do compartimento de carga.

Novo desenho do para-choque dianteiro melhorou o ângulo de ataque do jipinho para 30 graus, enquanto a altura mínima em relação ao solo é de 22,4 centímetros(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Novo desenho do para-choque dianteiro melhorou o ângulo de ataque do jipinho para 30 graus, enquanto a altura mínima em relação ao solo é de 22,4 centímetros (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

O espaço interno do Renegade é bom para um SUV compacto. Na frente, motorista e passageiro vão bem acomodados em bancos de posição elevada e formato anatômico. As abas laterais do encosto e do assento ajudam a manter o corpo firme. O banco do motorista tem ajuste de altura, mas não traz regulagem lombar. O volante também pode ser ajustado em altura e distância, ajudando a encontrar a melhor posição de dirigir. O espaço no banco traseiro é bom, com túnel central do assoalho baixo, porém, o assento é baixo e não apoia bem as pernas, comprometendo o conforto. Atrás tem entrada USB, mas não tem saída de ar-condicionado.

Principal novidade no interior é a tela de 8,4 polegadas do sistema multimídia Uconnect(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Principal novidade no interior é a tela de 8,4 polegadas do sistema multimídia Uconnect (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

ACABAMENTO No acabamento interno predomina o plástico duro no painel, mas é de boa aparência e bem montado. O material é prático para a proposta do jipinho. Os bancos são revestidos em couro, presente também no volante, que traz comandos para o som, celular, acesso ao computador de bordo e controlador de velocidade. Os comandos estão bem localizados nos painéis das portas e no console. O painel tem desenho simples e funcional, com instrumentos de fundo preto, sendo o conta-giros e o velocímetro analógicos, mas uma tela central digital para o computador de bordo. Nela o motorista enxerga ainda a pressão dos pneus, a autonomia e o consumo instantâneo.

Assento do banco traseiro é muito baixo em relação ao assoalho, causando desconforto(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Assento do banco traseiro é muito baixo em relação ao assoalho, causando desconforto (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

AO VOLANTE Dirigir o Renegade 2.0 turbodiesel é o melhor da festa. O motor é muito forte e mantém o ruído tradicional e inconfundível do diesel, mas sem incomodar. Tem muito torque em baixas rotações, com respostas firmes nas arrancadas e retomadas de velocidade. O propulsor enche muito rápido e proporciona uma condução esperta. O câmbio automático de nove velocidades garante mudanças sem trancos, no tempo certo, garantindo o melhor aproveitamento da força do motor. Ele reduz quando entende que o motorista precisa segurar o jipinho nas descidas. A troca de marchas pode ser feita também manualmente nas aletas atrás do volante ou na alavanca do câmbio, deixando o carro ainda mais na mão. O computador de bordo registrou consumo de 10km/l na cidade e 13km/l na estrada.

Para o fora de estrada, o Jeep Renegade conta com sistema 4x4, que transfere parte de tração para o eixo traseiro conforme a necessidade. O 4WD low garante mais segurança em estrada de terra e pisos escorregadios. Já o 4WD Lock traz segurança em pisos irregulares. Com reduzida e melhorias nos ângulos de ataque e saída, o Renegade encara trilhas com desenvoltura, sem medo de terrenos acidentados. Porém, o jipinho merecia pneus de uso misto, para melhorar ainda mais sua performance na terra. O modelo conta com seletor de modos de condução auto, para o asfalto; snow, para neve; sand, para areia; e mud, para lama. Traz também o sistema de auxílio de descida de rampa, que não deixa o carro escorregar.

Com 320 litros, porta-malas fica devendo espaço(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Com 320 litros, porta-malas fica devendo espaço (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

No asfalto o Renegade trafega seguro, sem galear. É bom de curvas e a inclinação da carroceria não compromete a estabilidade. As suspensões foram bem calibradas e garantem um rodar razoavelmente confortável. A direção tem bom equilíbrio entre a leveza para manobras e o peso certo em velocidades mais elevadas. Mas o diâmetro de giro é pequeno, exigindo paciência em manobras em lugares apertados. Os freios são a disco nas quatro rodas e contam com o auxílio da eletrônica. O freio de estacionamento é elétrico. É um jipinho bem equipado e com bom conjunto mecânico, mas com preço salgado.


CONECTIVIDADE
A versão Longitude do Renegade 2.0 turbodiesel vem equipada com o sistema multimídia Uconnect, com tela tátil de 8,4 polegadas, que pode ser acessada também por comando de voz ou pelos controles no volante. O pareamento do smartphone é facilmente feito via Bluetooth e conta com Android Auto e Apple CarPlay. Por meio de cabo USB é possível acessar o Waze ou Google Maps para navegar, já que o sistema não conta com GPS nativo. Motorista e passageiros têm ainda acesso ao Spotify, podcasts e mensagens do WhatsApp. O Renegade tem uma entrada USB no console e outra para os passageiros de trás, além de um auxiliar e tomada de 12V. Para facilitar as manobras, o sistema conta com câmera de ré, com boa definição de imagem e linhas guias dinâmicas.


(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

FICHA TÉCNICA

MOTOR (*)
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.956cm³ de cilindrada, turbodiesel, que desenvolve 170cv a 3.750rpm e torque máximo de 35,7kgfm a 1.750rpm

TRANSMISSÃO (*)
Tração 4x4 com reduzida e câmbio automático de nove marchas

SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS (*)
Dianteira do tipo McPherson, com rodas independentes, braços oscilantes inferiores transversais com geometria triangular e barra estabilizadora; traseira, com rodas independentes, links transversais/laterais e barra estabilizadora/ 7 x 18, de liga de alumínio/225/55 R18

DIREÇÃO (*)
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica

FREIOS (*)
A discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS e ESC

CAPACIDADES (*)
Do tanque, 60 litros; porta-malas, 320 litros; e de carga útil (passageiros mais bagagem), 400 quilos

PESO (*)
1.641 quilos

DIMENSÕESm (*)
Comprimento, 4,23m; largura, 1,80m; altura, 1,72m; distância entre-eixos, 2,57m; altura livre do solo, 22,4cm

ÂNGULOS DE ATAQUE/SAÍDA (*)
30 graus/35 graus

DESEMPENHO (*)
Velocidade máxima, 190km/h; 0 a 100km/h em 9,9s

CONSUMO (**)
Na cidade, 9,6km/l; na estrada, 11,4km/l

(*) Dados dos fabricantes
(**) Dados do Inmetro


(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

EQUIPAMENTOS

DE SÉRIE
Freios ABS, airbags dianteiros, ajuste do volante em altura e distância, alarme, alertas de limite de velocidade e manutenção programada, aletas para troca de marcha, apoia-braço com porta objetos, ar-condicionado automático dual zone, banco do motorista com regulagem de altura, banco do passageiro rebatível, banco traseiro bipartido 60/40 e rebatível, bancos revestidos parcialmente em couro, chave canivete com telecomando, cinto traseiro central de três pontos, comandos do sistema de áudio e Bluetooth no volante, computador de bordo, controle de estabilidade (ESC), controle de tração, controle eletrônico anticapotamento, câmera de estacionamento traseira, direção elétrica, entrada USB para os ocupantes do banco traseiro, faróis e lanterna traseira de neblina, freio de estacionamento eletrônico, ganchos de fixação de carga no porta-malas, controle eletrônico de velocidade em descidas (HDC), Hill start control, iluminação do porta-malas, Isofix, limitador de velocidade, luzes diurna (DRL), Panic break assist, piloto automático, porta-objetos sob o assento do banco do passageiro, porta-óculos, porta-celular, quadro de instrumento TFT de 3,5 polegadas, rack do teto na cor preta, repetidor lateral nos retrovisores, retrovisores externos elétricos, rodas de liga leve 18 polegadas, rádio integrado ao painel com RDS e porta USB, seletor para quatro tipos de terreno, sensor de estacionamento traseiro, sistema de áudio com seis alto-falantes, USB e Bluetooth, multimídia com tela tátil de 8.4 polegadas, Apple Carplay e Android Auto, e comando de voz, tomada 12V, travas elétricas nas portas e porta-malas (travamento automático a 20km/h, trava de tampa do combustível, indicador de portas abertas), vidros elétricos nas quatro portas com one touch e volante com acabamento em couro.

OPCIONAL
Pack protection (R$ 1.190), pack bike (R$ 1.550), pack safety (3.880), e faróis full LED (R$ 2.300).


(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

QUANTO CUSTA
O Jeep Renegade equipado com motor a diesel na versão Longitude tem preço sugerido de R$ 127.990. Com todos os opcionais chega a R$ 136.910. Já a versão Trailhawk 2.0 turbodiesel tem preço inicial de R$ 139.990.


NOTAS
Desempenho 9
Espaço interno 8
Porta-malas 7
Suspensão/direção 8
Conforto/ergonomia 8
Itens de série/opcionais 8
Segurança 8
Estilo 9
Consumo 8
Tecnologia 8
Acabamento 9
Custo/benefício 7

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