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Estado de Minas

Testamos a versão de topo do novo Peugeot 208, mas será que o modelo vale R$ 95 mil?

Apesar do design que sugere esportividade, motor 1.6 entrega desempenho comportado. Tecnologia autônoma é destaque na versão Griffe, com funções voltadas para a segurança dos ocupantes


postado em 26/10/2020 10:14

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
Lançado há pouco mais de um mês, o novo Peugeot 208 finalmente chegou para a nossa avaliação. Para mostrar tudo do que o modelo é capaz, testamos sua versão de topo Griffe (já que o elétrico 208 e-GT ainda não chegou por aqui), que custa assustadores R$ 95 mil. E nem adianta justificar o valor alto pelo fato do modelo agora ser importado da Argentina, já que nesse caso não existe imposto.

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
O design é o que o 208 traz de melhor. As linhas são agressivas e as proporções esportivas, com destaque para a baixa estatura, com 1,45 metro de altura. E esta versão de topo não poupa nada para ficar ainda mais bonita: começando pelos faróis de LED, que proporcionam excelente visibilidade noturna; as luzes de rodagem diurna fazem alusão felina ao tigre dentes de sabre, que invadem o para-choque; a grade imensa é cromada; as rodas de liga leve de 16 polegadas; as lanternas de LED unidas por um componente em preto brilhante; e o aerofólio de teto.

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
A BORDO O interior tem “pegada” esportiva, com o pequeno volante achatado e os bancos revestidos com uma bonita e confortável Alcantara. Ainda enche os olhos o quadro de intrumentos 3D, que é configurável. O acabamento traz apliques emborrachados no painel e nas portas, enriquecendo o habitáculo. O teto de vidro deixa a luz entrar, mas o vento fica de fora, já que não é possível abrí-lo. No fim das contas, a abertura manual da cobertura desse vidro é bem mais prático do que se fosse eletrificada. A coluna C é larga, comprometendo a visibilidade traseira.

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
O espaço interno é de compacto mesmo, e, desde que os passageiros da frente não abusem, o banco traseiro oferece relativo conforto para até dois passageiros. É que o túnel do assoalho é alto e impede que o passageiro central se acomode bem. O porta-malas é pequeno, mas ao menos abriga o pneu sobressalente. Mesmo nesta versão de topo, o rebatimento do encosto do banco traseiro é integral, não permitindo conciliar a carga com um passageiro.

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
Entre os equipamentos de série da versão, o ar-condicionado digital fica devendo climatizacão de duas zonas. A chave presencial não exige que se toque na maçaneta para destravar as portas, bastando se aproximar os afastar para comandar a trava. O painel central tem carregamento sem fio para o smartphone. Os para-sóis trazem espelho, mas não iluminação, assim como o porta-luvas.

RODANDO
O antigo motor 1.6 tem desempenho apenas ok, o que destoa do visual esportivo do novo 208. Na cidade, os 118cv de potência e 15,4kgfm de torque (valores com o uso do etanol) permitem levar o veículo com agilidade. O câmbio automático de seis marchas visa a economia de combustível, trabalhando sempre com rotações baixas. Mas sua gestão é esperta, e não vacila para reduzir marchas quando o pedal direito é provocado. Já na estrada, o desenvolvimento do veículo é gradual, o que pode ser abreviado usando o modo esportivo, que mantém as rotações alta, o que também eleva muito o consumo de combustível.

Impossível não trazer à tona novamente, principalmente na avaliação desta versão de topo (e cara!), que o motor ideal para o novo 208 seria o 1.2 turbo Puretech, com 130cv e 23,4kgfm. A título de comparação, a aceleração até os 100/km desse motor é de 8,7 segundos, enquanto o motor 1.6 flex leva 12 segundos para fazer o mesmo. Voltando ao nosso veículo, a suspensão oferece confiança nas curvas, sem sacrificar o conforto. Já a direção tem peso adequado para casa situação.

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
CONCORRENTES Os preços do 208 também causaram estranhamento. Nenhum hatchback compacto premium vendido do país alcança os R$ 95 mil pedidos pela Peugeot nesta versão Griffe (à exceção do Volkswagen Polo GTS, que beira os R$ 108 mil, mas que tem o apelo do desempenho). O diferencial do novo 208 são as tecnologias autônomas, como alerta de colisão dianteiro, frenagem automática de emergência, alerta e correção de mudança de faixa, auxílio de farol alto e sistema de reconhecimento de placas de velocidade.

Assim, principalmente pelo fator preço, o Volkswagen Nivus pode ser um concorrente semelhante ao novo 208. Sua versão de topo Highline já custa R$ 99.950 e também traz itens semi-autônomos como controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência e freio pós-colisão. Um fator que certamente contribuiu para que os compactos atingissem esses preços foi o fim do segmentos dos médios, que atualmente tem apenas o Cruze Sport6, que por sua vez também permite que a Chevrolet  o comercialize a partir de R$ 108 mil.



CONECTIVIDADE

O novo 208 traz central multimídia com tela tátil de 7 polegadas. Mesmo na versão de topo Griffe, seu conteúdo é bem básico, com destaque para o espelhamentos do smartphone via cabo, pelo Apple CarPlay e Android Auto. As mídias disponíveis são rádio, Bluetooth e duas entradas USB. A central ainda conta com telefonia integrada. O carregamento do telefone pode ser feito por indução (sem cabo) em um nicho do painel. O volante traz comandos para rádio e Bluetooth.



FICHA TÉCNICA
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)

MOTOR
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.587cm³ de cilindrada, flex, que desenvolve potências máximas de 115cv (gasolina) e 118cv (etanol) a 5.750rpm, e torque máximo de 15,4kgfm a 4.750rpm (g) ou  a 4.000rpm (e)

TRANSMISSÃO
Tração dianteira, com câmbio automático de seis velocidades

SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS
Dianteira, independente, pseudo-McPherson, com barra estabilizadora; e traseira tipo travessa deformável, com barra estabilizadora / de liga leve, com 16 polegadas / 195/55 R16

DIREÇÃO
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica variável

FREIOS
A discos ventilados na dianteira e tambores na traseira, com ABS e distribuição eletrônica de frenagem

CAPACIDADES
Do tanque, 47 litros; porta-malas, 265 litros; e de carga útil (passageiros mais bagagem), ND

DIMENSÕES
Comprimento, 4,05m; largura, 1,73m; altura, 1,45m; e distância entre-eixos, 2,53m; altura em relação ao solo, 17,4cm

PESO
1.178 quilos

DESEMPENHO
Velocidade máxima: 190km/h (g/e)
0 a 100km/h: 12,6s (g)/12s (e)

CONSUMO (*)
Cidade: 10,9km/l (g); 7,5km/l (e)
Estrada: 13,1km/l (g); 9km/l (e)

Dados dos fabricantes
(*) Dados do Inmetro
ND: Não disponível
(g) gasolina (e) etanol



EQUIPAMENTOS
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)

DE SÉRIE
Airbags dianteiros, laterais e de cortina; controle eletrônico de estabilidade; Isofix; cintos de segurança de três pontos e apoios de cabeça para todos os passageiros; limpador e desembaçador do vidro traseiro; alerta de colisão; frenagem de emergência automática; auxílio de farol alto; reconhecimento de sinalização de velocidade; detector de fadiga; alerta e correção de permanência em faixa; sensor de chuva; sensores de estacionamento traseiro; câmera de ré; câmera 180 graus; regulador e limitador de velocidade; luzes DRL; Peugeot i-Cockpit 3D; volante de diâmetro reduzido com regulagem de altura e distância; bancos em Alcantara; computador de bordo; chave presencial; alarme perimétrico; carregamento do smartphone por indução; ar-condicionado digital; teto de vidro panorâmico; vidros elétricos; retrovisores com comandos elétricos; apoio de braço no banco do motorista; banco do motorista com regulagem em altura; banco traseiro com rebatimento integral; auxílio de partida em subidas; sistema multimídia.

OPCIONAIS
Pintura perolizada(R$ 1.890).


Quanto custa?


(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
O novo Peugeot 208 Griffe 1.6 AT6, versão de topo do compacto, tem preço sugerido de R$ 94.990. Com o opcional listado, a unidade testada custa R$ 96.880.


NOTAS (0 a 10)

Desempenho 7
Espaço interno 7
Porta-malas 6
Suspensão/direção 8
Conforto/ergonomia 8
Itens de série/opcionais 8
Segurança 9
Estilo 9
Consumo 8
Tecnologia 9
Acabamento 8
Custo/benefício 7



PEUGEOT 208 x CONCORRENTE

VW NIVUS HIGHLINE 1.0 TSI – O hatch aventureiro da Volkswagen é equipado com motor 1.0 turbo, que desenvolve potências de 116cv (g) e 128cv (e), e torque de 20,4kgfm (g/e). O Nivus tem 4,26m de comprimento, 1,75m de largura, 1,49m de altura e 2,56m de distância entre-eixos. O porta-malas tem volume de 415 litros. O peso é de 1.199 quilos. O hatchback atinge a velocidade máxima de 189km/h (e) e aceleração até os 100km/h em 10 segundos. O consumo na cidade é de 10,7km/l (g) e 7,7km/l (e). Na estrada, o consumo é de 13,2km/l e 9,4km/l (e). A versão tem preço sugerido de R$ 99.950.

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