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Estado de Minas

Gas Gas Cami EC 250F - Mineira do mundo

Lançada mundialmente no Brasil, a Gas Gas Cami 250 vai ser produzida em Minas Gerais e conta com conjunto completo para o fora de estrada pela robustez e pouca manutenção


postado em 03/10/2012 10:54 / atualizado em 03/10/2012 11:07

(foto: Teo Mascarenhas/Esp. EM)
(foto: Teo Mascarenhas/Esp. EM)
 

Mogi das Cruzes, SP - Especialista em motocicletas do tipo fora de estrada, a marca espanhola Gas Gas, estabelecida na região da Catalunha, em Girona, próximo a Barcelona, atravessou o Oceano Atlântico para apresentar mundialmente no Brasil o modelo Cami EC 250F. A nova motocicleta foi desenvolvida durante três anos, a pedido do distribuidor brasileiro (Grupo Celeghini, desde 2007) e em colaboração com ele, que tem sede em Minas Gerais, para atender a um expressivo segmento de praticantes fora de estrada, em ascensão no esporte. Um mercado intermediário, que requer um equipamento mais evoluído, porém, robusto e de baixa manutenção, sem a necessidade de um salto muito grande rumo aos modelos considerados topo de linha de competição, bem mais dispendiosos.

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A ligação da Gas Gas com Minas Gerais ficou ainda mais forte com a escolha do nome da nova motocicleta. Em catalão, idioma da região da Catalunha, Cami quer dizer caminho e foi uma criativa sugestão do distribuidor brasileiro, prontamente acatada pela matriz espanhola. A Cami 250 vai chegar ao mercado nacional em janeiro, inicialmente importada, para depois ser nacionalizada progressivamente, em linha de montagem instalada em Contagem, com capacidade para 2.500 unidades por ano, em associação com a montadora espanhola. Em uma segunda fase, a partir de 2015, uma nova planta vai ser construída para atender também aos mercados da América do Sul.

Desenvolvimento O novo modelo também poderá ser comercializado na Europa e em outros mercados, inaugurando um novo ciclo na montadora, inclusive com a criação de uma família Cami, com modelos e cilindradas distintas no futuro. O motor da nova moto é do tipo quatro tempos, com 249,6cm³, refrigeração líquida, quatro válvulas e potência declarada de 28,5cv. Produzido sob encomenda em Taiwan, é retrabalhado pela Gas Gas na Espanha e tem alimentação pelo carburador Dellorto de 34mm. A partida é elétrica, mas não dispensa o pedal. O quadro é do tipo deltabox em aço cromo-molibidênio, com arquitetura herdada dos badalados e consagrados modelos de competição da marca.

O escape também é do tipo competição, mas conserva um grande abafador, assim como a “roupagem” em plástico inquebrável, apropriado para o fora de estrada. O farol fica dentro de uma capa (number plate), para fixação de eventual numeral de competições e luz traseira. O painel, entretanto, não existe. Nem mesmo pequeno hodômetro, essencial em provas de enduro, está presente. Emboram os navegadores modernos o substituam. A moto, assim como as demais do segmento, não pode ser emplacada, mas existe a possibilidade da adoção do Renavam no futuro para aumentar a versatilidade do modelo. As rodas são em alumínio, com aro de 21 polegadas na dianteira e 18 polegadas de diâmetro na traseira.

Rodagem O modelo ainda pré-série foi apresentado no ASW Off-Road Park, em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo. Um complexo de pistas, que inclui trilhas para enduro e circuito de motocross. Nem a chuva e o intenso frio atrapalharam o contato com o modelo, já que essas condições também podem ser encontradas no uso habitual. O banco, quase plano, permite boa movimentação, uma constante no fora de estrada, e a altura de 900mm do solo não é problema. Um pouco desconfortáveis são as aletas laterais de proteção do radiador, muito largas, tornando-se também mais vulneráveis, além de deixar os joelhos mais abertos. O tanque de combustível comporta 6,3 litros e o peso a seco é de 110kg.

O motor responde bem, com boas retomadas, item fundamental no fora de estrada. O câmbio de seis marchas, bastante preciso, ajuda na tarefa. A suspensão traseira, em balança de seção retangular, é do tipo mono, com amortecedor Sachs regulável na pré-carga, retorno e compressão, com 220mm de curso, compatível com a proposta da moto. A suspensão dianteira, porém, é telescópica convencional, não invertida, com tubos de apenas 37mm de diâmetro e 195mm de curso. Sem regulagem, destoa do conjunto. Porém, haverá opção de uma suspensão dianteira mais sofisticada e eficiente, com acréscimo no preço. Os freios são a disco. Na dianteira, 220 mm com pinça de duplo pistão. Na traseira, 185 mm com pistão simples. Um conjunto eficiente. O preço sugerido é de R$ 17.800. Informações: www.gasgas.com.br

O banco é plano para constantes movimentações no fora de estrada(foto: Teo Mascarenhas/Esp. EM)
O banco é plano para constantes movimentações no fora de estrada (foto: Teo Mascarenhas/Esp. EM)
 

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