Publicidade

Estado de Minas

Jeep Renegade Sport 1.8 tem design forte, mas motor nem tanto

Segunda versão de menor preço do jipe produzido em Pernambuco impressiona pelo bom acabamento, nível de equipamentos e comportamento dinâmico. Desempenho é regular


postado em 13/12/2015 14:28

Dependendo da maneira de dirigir, o motorista pode achar o carro um tanto quanto lento(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
Dependendo da maneira de dirigir, o motorista pode achar o carro um tanto quanto lento (foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)


Faróis redondos e as sete barras paralelas não deixam dúvida: é um jipe da Jeep. Assentado e olhando o para-brisa, o motorista tem a sensação de estar no antigo Jeep Willys, tal a semelhança do desenho. O adesivo do Jeep sem capota sutilmente colocado na base do para-brisa, subindo no lado direito, comprova a evolução da espécie.

Dimensões reduzidas, comprimento de um Golf, fazem do Renegade um carro fácil de dirigir na cidade, exceção à visibilidade ¾ traseira, que dificulta as manobras. O enorme retrovisor externo encobre a visão do motorista em manobras à esquerda. Questão de reposicionamento. Ao contrário do modelo de inspiração bem rústico, o acabamento interno usa material emborrachado no painel central. Encaixes benfeitos, sem rebarbas de plástico. Os instrumentos redondos com fundo preto e grafismo branco facilitam a leitura. É fácil encontrar a melhor posição ao volante com ajuste de altura do banco e da coluna de direção em distância e altura.

(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)


ESPAÇO É bom para as pernas, mas insuficiente para levar três adultos lá atrás confortavelmente. O tecido em tear fino de forração dos bancos é agradável ao toque e adequado ao carro. O senão no banco traseiro é o assento em posição baixa, o que provoca desconforto em percurso longo, principalmente para ocupante de maior estatura. O porta-malas tem capacidade declarada de 260 litros. Parece pouco, mas é um caixote fácil de arrumar as bagagens. Não há arestas e o aproveitamento é horizontal. E há uma lanterna na lateral do porta-malas, muito útil na troca de pneu noturna, o que aconteceu conosco. O macaco é bom e a operação é rápida, apesar do peso do conjunto roda/pneu.

DESEMPENHO Dependendo da maneira de dirigir, o motorista pode achar o carro um tanto quanto lento. Entretanto, é preciso elevar a rotação do motor para se obter resposta mais rápida, e pressionar totalmente o acelerador. O fabricante declara aceleração até 100km/h em apenas 10,2 segundos com etanol. O dilema são as retomadas de velocidade, como numa ultrapassagem. Faz-se necessário colocar uma marcha mais forte para fazer a manobra em menor espaço de tempo, que é mais seguro. Dessa maneira, o consumo aumenta. Os engates do câmbio são precisos, têm um pouco de peso, como convém a um jipe, e o curso da alavanca é curto. Dá gosto trocar as marchas.
(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)

Vencida a inibição inicial, o motor 1.8 não é de todo insuficiente para carregar cerca de 1.400kg de peso. Depois de embalado, vai bem. O consumo varia conforme maneira de dirigir, mas o resultado não é um primor de economia (ver dados do Inmetro). E o desempenho não empolga, é como um Duster ou um EcoSport com motor 1.6.


COMPORTAMENTO Tanto a suspensão traseira quanto a dianteira são independentes, do tipo McPherson. O conforto de marcha é bom para um jipe e as imperfeições do solo são bem absorvidas pelo sistema, exceto em piso muito ruim. Não há vibração excessiva. Incomoda muito o desenho do para-choque dianteiro, que limita o ângulo de ataque. A versão Sport esbarra a frente até em rampa de garagem. O carro não é apropriado para trilhas radicais, mas melhor ângulo de ataque é sempre bom. E é boa a altura mínima do solo. A direção elétrica tem peso suficiente, mas o diâmetro de giro é um pouco grande, exigindo manobra em espaço limitado.

SEGURANÇA O comportamento dinâmico neutro e a pouca inclinação da carroceria mostram que o Renegade é um automóvel no asfalto. Não há susto, mesmo em curva fechada. Os freios são eficientes. E obteve nota máxima na proteção a passageiros e crianças nos testes de impacto realizados nas Américas Latina e do Norte, além da Europa. A garantia é de três anos, sem limite de quilometragem.

(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)


TUDO PELA TELINHA
Central multimídia do Jeep passa muito bem na avaliação. Confira também a ergonomia,
os itens de série e opcionais, e compare os dados técnicos diante do único concorrente


A central multimídia funciona a partir de uma tela tátil de 3,5 polegadas. As funções principais são áudio, telefonia e navegação. Além da conexão Bluetooth, o sistema conta com duas entradas USB e uma auxiliar. A função de áudio não conta com leitor de CD, mas conversa bem com o smartphone ao reproduzir arquivos do telefone ou de aplicativos, que podem ser comandados pela tela do carro. A telefonia também concentra boa parte das funcionalidades na tela de 3,5 polegadas: teclado numérico, contatos, rediscagem, registros de chamadas e até leitor de SMS. Ainda existe comando de áudio no volante. Já a navegação é enriquecida com informações de tráfego e radares. Além de ser muito fácil de mexer, essa central se destaca porque boa parte das funções podem ser feitas a partir de sua própria tela tátil. (Pedro Cerqueira/EM)


FICHA TÉCNICA

» MOTOR
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.747cm³ de cilindrada, que desenvolve 130cv (gasolina)/132cv (etanol) de potências máximas a 5.250rpm e torques máximos de 18,6kgfm (gasolina) e 19,1kgfm (etanol) a 3.750rpm

» TRANSMISSÃO
Tração dianteira e câmbio manual de cinco marchas

» SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS
Dianteira, independente, do tipo McPherson; e traseira, independente, do tipo McPherson/ 7 x 16 polegadas, de liga leve / 215/65 R16

» DIREÇÃO
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica

» FREIOS
A discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS e controle de estabilidade

» TANQUE
60 litros
(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)


EQUIPAMENTOS

» DE SÉRIE
ABS e airbag duplo frontal, alarme antifurto, controle de tração e estabilidade, Isofix, faróis auxiliares e lanterna de neblina, assistente de partida em rampa, ar-condicionado, banco do motorista com ajuste de altura, controle automático de velocidade, direção assistida, vidros, retrovisores e travas eléricas, computador de bordo, rádio, rodas de liga leve, volante multifuncional, entre outros.

» OPCIONAL
Airbags laterais e de cortina, monitoramento de pressão dos pneus, câmera de ré, navegador GPS, teto solar, retrovisores rebatíveis eletricamente e pintura metálica.

» QUANTO CUSTA
O Renegade 1.8 16V 4x2 tem preço sugerido de R$ 71.900 e com todos os opcionais, R$ 88.820.

(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)


NOTAS (0 a 10)

Desempenho 7
Espaço interno 8
Porta-malas 8
Suspensão/direção 8
Conforto/ergonomia 9
Itens de série/opcionais 8
Segurança 10
Estilo 9
Consumo 7
Tecnologia 9
Acabamento 9
Custo/benefício 8
Mesmo não tendo tração 4x4, Renegade tem bom comportamento na terra(foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
Mesmo não tendo tração 4x4, Renegade tem bom comportamento na terra (foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)

Ver galeria . 84 Fotos Renegade Trailhawk 2.0 turbodiesel Oswaldo Luiz Palermo/Jeep/Divulgação
Renegade Trailhawk 2.0 turbodiesel (foto: Oswaldo Luiz Palermo/Jeep/Divulgação )

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade