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Estado de Minas

Feito para combater europeus

Museu da Tecnologia da Ulbra, em Canoas, no Rio Grande do Sul, ganhou exemplar do Corvette Sting Ray Split Window, de 1963, considerado patrimônio nacional americano


postado em 14/09/2008 16:50

Modelo da General Motors foi projetado depois da Segunda Guerra Mundial, para fazer frente à crescente venda de esportivos produzidos na Europa, como Jaguar XK e Mercedes-Benz 300 SL, a famosa Asa de Gaivota(foto: Fotos: Aldrin Bottega/Divulgação)
Modelo da General Motors foi projetado depois da Segunda Guerra Mundial, para fazer frente à crescente venda de esportivos produzidos na Europa, como Jaguar XK e Mercedes-Benz 300 SL, a famosa Asa de Gaivota (foto: Fotos: Aldrin Bottega/Divulgação)
Os aficionados por automóveis que visitam Canoas, no Rio Grande do Sul, têm um programa imperdível na cidade: o Museu da Tecnologia da Ulbra. Instalado no câmpus da universidade, o museu reúne em quatro andares verdadeiras raridades produzidas pela indústria automobilística mundial. Uma delas, recém-chegada, é o Corvette Sting Ray Split Window, de 1963, produzido para comemorar os 10 anos de fabricação dos esportivos da General Motors.

O modelo foi projetado nos EUA depois que a GM percebeu que os carros esportivos europeus estavam invadindo o mercado americano, depois da Segunda Guerra Mundial. A idéia era fazer frente à crescente venda de modelos como Jaguar XK e Mercedes-Benz 300SL, o famoso Asa de Gaivota. Projetou-se então um esportivo bem ao gosto do consumidor americano, com poderoso motor capaz de proporcionar arrancadas eficientes.

Assim nasceu o Corvette Sting Ray, carro que foi considerado patrimônio nacional pelo governo dos EUA. O arraia de ferrão, como também ficou conhecido, teve o design e a mecânica inspirados no modelo de competição Sting Ray Racer.

O exemplar que passa a compor o acervo do museu da Ulbra, o Sting Ray Split Window (janela traseira dividida), é considerado raro no Brasil, já que existem apenas três unidades no país. Produzido em 1963, era muito leve, com carroceria feita de plástico e fibra de vidro. O peso do carro: 1.300 quilos. A boa estabilidade do modelo era atribuída à equilibrada distribuição da massa, sendo 48% no eixo dianteiro e 52% no traseiro.

Para impulsionar o bólido, um motor V8 5.3, instalado atrás do eixo dianteiro. Outra característica marcante do Corvette Sting Ray é a transmissão, com relações de marchas mais longas. Com a primeira marcha, o piloto chegava aos 90 km/h; a segunda, a 130 km/h; a terceira, a 180 km/h; e a quarta, a 230 km/h. E, para segurar a fera, sistema de freios com tambores. Os discos vieram somente a partir de 1965. A suspensão é independente e proporciona uma pilotagem robusta, impecável em termos de estabilidade.

Para ver o Corvette de linhas aerodinâmicas e outros modelos no Museu da Tecnologia da Ulbra, os visitantes pagam ingresso de R$ 15. Já idosos e estudantes pagam R$ 7,50. O museu preserva diferentes exemplares de diversas marcas automobilísticas. É uma verdadeira aula de história para quem gosta de carros.

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