O modelo foi projetado nos EUA depois que a GM percebeu que os carros esportivos europeus estavam invadindo o mercado americano, depois da Segunda Guerra Mundial. A idéia era fazer frente à crescente venda de modelos como Jaguar XK e Mercedes-Benz 300SL, o famoso Asa de Gaivota. Projetou-se então um esportivo bem ao gosto do consumidor americano, com poderoso motor capaz de proporcionar arrancadas eficientes.
Assim nasceu o Corvette Sting Ray, carro que foi considerado patrimônio nacional pelo governo dos EUA. O arraia de ferrão, como também ficou conhecido, teve o design e a mecânica inspirados no modelo de competição Sting Ray Racer.
O exemplar que passa a compor o acervo do museu da Ulbra, o Sting Ray Split Window (janela traseira dividida), é considerado raro no Brasil, já que existem apenas três unidades no país. Produzido em 1963, era muito leve, com carroceria feita de plástico e fibra de vidro. O peso do carro: 1.300 quilos. A boa estabilidade do modelo era atribuída à equilibrada distribuição da massa, sendo 48% no eixo dianteiro e 52% no traseiro.
Para impulsionar o bólido, um motor V8 5.3, instalado atrás do eixo dianteiro. Outra característica marcante do Corvette Sting Ray é a transmissão, com relações de marchas mais longas. Com a primeira marcha, o piloto chegava aos 90 km/h; a segunda, a 130 km/h; a terceira, a 180 km/h; e a quarta, a 230 km/h. E, para segurar a fera, sistema de freios com tambores. Os discos vieram somente a partir de 1965. A suspensão é independente e proporciona uma pilotagem robusta, impecável em termos de estabilidade.
Para ver o Corvette de linhas aerodinâmicas e outros modelos no Museu da Tecnologia da Ulbra, os visitantes pagam ingresso de R$ 15. Já idosos e estudantes pagam R$ 7,50. O museu preserva diferentes exemplares de diversas marcas automobilísticas. É uma verdadeira aula de história para quem gosta de carros.