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Estado de Minas

Amazonas AME 300 AG flex - Bebe todas

Primeira moto de série do mundo equipada com motor flex, que funciona com álcool, gasolina ou a mistura de ambos. Modelo chega ao mercado nacional em março de 2009


postado em 29/10/2008 11:15

A Amazonas AME 300 AG é uma custom, com banco de dois níveis e muitos cromados(foto: Fotos: Téo Mascarenhas/Esp. EM/D.A Press - 27/10/08)
A Amazonas AME 300 AG é uma custom, com banco de dois níveis e muitos cromados (foto: Fotos: Téo Mascarenhas/Esp. EM/D.A Press - 27/10/08)
A Amazonas Motos Especiais (AME), marca nacional que já esteve no mercado nos anos 1980, produzindo enormes modelos equipados com motor Volkswagen 1.6, e hoje usa tecnologia chinesa, apresentou durante o 1º Salão da Motocicleta, realizado em São Paulo, na semana passada, a primeira motocicleta flex do Brasil e do mundo. O modelo AME 300 AG foi desenvolvido em parceria com a multinacional Delphi, que elaborou o sistema de injeção de combustível, capaz de funcionar com álcool, gasolina ou mistura dos dois em qualquer proporção.

O sistema de injeção flex para motos está sendo desenvolvido desde 2005 nos laboratórios da empresa, em Piracicaba, não por acaso um dos maiores pólos de produção de cana e álcool do país, e foi apresentado pela primeira vez em abril de 2007, durante a Automec, em São Paulo. Agora, moto e sistema se unem para materializar uma nova e inédita opção de motorização, já muito comum nos automóveis, que neste ano vão somar uma frota de 5 milhões de unidades em circulação.

Motor
A nova moto vai chegar ao mercado em março de 2009 por um preço, ainda não confirmado, em torno dos R$ 16 mil. O sistema desenvolvido para a AME 300 AG é semelhante ao dos carros flex e tem uma bomba de combustível especialmente projetada para resistir aos efeitos corrosivos do álcool. O motor tem um cilindro, refrigeração a ar, 292 cm³ e fornece 22 cv. Sua base foi o motor de 250 cm³, o mesmo do modelo AME C1 e que também vai equipar o quadriciclo Thunder 300 Flex. O quadro e o visual, com desenho italiano, foram aproveitados da custom AME C1, com rodas em liga leve e muitos cromados.
O motor de um cilindro teve a taxa de compressão aumentada e vários componentes reforçados
O motor de um cilindro teve a taxa de compressão aumentada e vários componentes reforçados

Para transformar o motor em bicombustível, a taxa de compressão foi aumentada e ainda desenvolveu-se um módulo de processamento eletrônico para controle de injeção, que reconhece a mistura usada no tanque, sua proporção (álcool, gasolina ou ambos) e calibra instantaneamente suas necessidades, junto com sensores de temperatura e oxigênio. Toda a linha de combustível também foi ajustada e reforçada para resistir ao álcool, junto com bico injetor de alta pressão.

Emissões
Com isso, segundo o diretor de marketing da Amazonas, Sthefano Deho, a AME 300 AG, que vai ser produzida na nova fábrica instalada em Manaus, atinge com folga os índices de emissões de poluentes, exigidos a partir de janeiro de 2009 pelas normas ambientais brasileiras, semelhantes à rigorosa Euro III. Além disso, afirma que a AME 300 AG pode significar uma economia de até 25%, representada pelo menor preço do álcool nas bombas dos postos de abastecimento.

Para resolver os eventuais problemas da partida em dias muito frios, quando abastecida com álcool, recomenda-se usar pelo menos um litro de gasolina no tanque, pois, não tem o tanquinho auxiliar, como nos carros. No passado, Honda e Yamaha já fabricaram motos a álcool, mas abandonaram o projeto, junto com o naufrágio do Proálcool. Já os motoboys transformam na marra suas motos para álcool, com uma simples alteração de giglê dos carburadores (que custa menos de R$ 10), na tentativa de economizar, se esquecendo dos custos dos reparos posteriores ocasionados pelo álcool. Com o lançamento, espera-se que a Magneti Marelli e a Bosch, empresas sistemistas, também ofereçam seus sistemas, popularizando e barateando essa nova opção.

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