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Estado de Minas AVALIAÇÃO

Novo Hyundai Creta surpreende pelo motor 2.0 ''econômico'' e muito conteúdo

Testamos a versão de topo do SUV compacto, que passou por várias remarcações de preço e atualmente é o modelo mais caro do segmento


postado em 10/01/2022 07:00 / atualizado em 10/01/2022 12:04

(foto: Hyundai/Divulgação)
(foto: Hyundai/Divulgação)
O segmento mais disputado do mercado brasileiro é o dos SUVs, que em 2021 teve participação de 42,9%, batendo o dos hatches, que não passou dos 35,4%. Para brigar pelo protagonismo do subsegmento dos SUV compactos, com maior valor agregado, as marcas têm tornando seus modelos cada vez melhores.

(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
A Hyundai foi ousada na mudança de geração do Creta, adotando visual polêmico, interior confortável e motor 1.0 turbo para as versões de entrada (que nós já testamos). Porém, uma questão que ficou no ar foi se a permanência do motor 2.0 aspirado para a versão de topo fazia sentido. Para ver o resultado disso, testamos o novo Creta na versão 2.0 Ultimate, a mais completa.

(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
O visual divide opiniões, com porte robusto e linhas musculosas. A dianteira tem muita personalidade, com seu conjunto óptico principal repartido em três elementos e a ampla grade prateada com borda cromada. A traseira é o maior alvo das críticas, mas é coerente ao trazer as lanternas repartidas e muitos vincos. A lateral traz como detalhe uma moldura prateada na coluna C. As rodas são de liga leve de 18 polegadas.

(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
A BORDO Esta nova geração do Hyundai Creta ganhou interior bem mais caprichado. Nessa versão de topo, os bancos são revestidos em couro bege e marrom. Enquanto o volante e o apoio de braço são em couro marrom, os painéis de porta ganharam aplique em bege. Já o painel repete os tons dos bancos, incluindo aplique plástico bege que imita couro. Essa é a única observação quanto ao acabamento do SUV, que merecia um material de melhor qualidade para não deixar nada a desejar. Os tapetes são em carpete e o tecido do teto tem ótima aparência.

(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
No painel, destaque para a tela de 10 polegadas do sistema multimídia, além do display configurável de sete polegadas do quadro de instrumentos, posicionado entre medidores analógicos. O banco é ventilado e o freio de estacionamento é acionado por botão, que traz a função Auto Hold, que mantém o veículo parado sem que seja necessário manter a pressão no pedal. O modelo ainda traz de série teto solar panorâmico.

(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
O espaço interno é bom. No banco traseiro, o Creta é um dos compactos que melhor acomodam o passageiro central. Aliás, a vida no banco de trás é confortável, com saídas do ar-condicionado, luz, porta-trecos, tomada USB e a vista do teto solar panorâmico. O porta-malas tem bom espaço, com 422 litros, podendo ser ampliado ao rebater o encosto do banco traseiro.

RODANDO O motor 2.0 aspirado é o mesmo usado na antiga geração, mas com um retrabalho que visou principalmente a economia de combustível, o que foi confirmado durante nosso teste. O consumo desse motor ficou muito parecido com o do novo propulsor 1.0 turbo que equipa as demais versões do modelo. Apesar de não ser muito lógico, o fato de ter um desempenho superior ao 1.0 turbo, aliado a um consumo semelhante, dá ao motor 2.0 legitimidade para equipar a versão de topo do novo Creta.

O desempenho do propulsor 2.0, com até 167cv de potência e 20,6kgfm de torque (quando abastecido com etanol), é suficiente tanto na cidade, com trânsito lento e travado, quanto na estrada, com velocidade elevada e necessidade de fazer ultrapassagens. O único porém é que o modo de direção Eco, que mantém as rotações mais baixas para poupar combustível, não fornece bom torque para vencer o relevo acidentado de uma cidade como Belo Horizonte.

O câmbio automático de seis marchas tem boa gestão, “adivinhando” quase sempre as intenções do motorista. Se quiser deixar o SUV mais esperto, basta escolher o modo de direção Sport, que mantém o giro mais alto, ou trocar marchas manualmente por meio das aletas. As suspensões equilibram bem conforto e estabilidade.

(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
CONTEÚDO Os destaques nessa versão de topo Ultimate são as funções semiautônomas: sistema de frenagem ativo, assistente de permanência na faixa de rodagem, farol alto adaptativo e o controle de velocidade adaptativo. Ainda valem ser citados a câmera de ponto cego, chave presencial, o sistema multimídia com navegação nativa e o carregador de celular sem fio.

Cabe também destacar o sistema Bluelink, que mantém o veículo conectado à internet e permite comandar remotamente pelo smartphone diversas funções, como ligar o veículo e ajustar o ar-condicionado. Ainda é possível obter imagens das câmeras do veículo, sua localização ou ser notificado quando o alarme dispara. Por R$ 161.190, o Creta é o SUV mais caro do segmento, mas também é o mais completo.

CONCORRENTES O único concorrente capaz de fazer frente ao Creta quanto às funções semiautônomas é o Chevrolet Tracker Premier 1.2 Turbo AT (R$ 148.960), com frenagem autônoma, assistente de estacionamento, assistente de ponto cego e alerta de colisão frontal. O Volkswagen T-Cross Highline 1.4 Turbo AT (R$ 158.150) se destaca pelo quadro de instrumentos digital e o sistema de frenagem pós-colisão.

Com o preço do Creta também é possível levar para casa o Jeep Renegade Moab 2.0 AT, versão de entrada a diesel do SUV (motorização que está prestes a ser descontinuada), que se destaca pela tração 4x4 com reduzida, mas fica devendo ao trazer bancos em tecido e apenas airbags frontais. Apesar disso, ele é o único a trazer ar-condicionado de dupla zona. Já o Renault Captur Iconic 1.3 Turbo AT (R$ 146.790) tem preço atraente, mas fica devendo em conteúdo.



FICHA TÉCNICA
(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )

MOTOR
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.999cm³ de cilindrada, flex, que desenvolve potências máximas de 157cv (gasolina) e 167cv (etanol) a 6.200rpm, e torques máximos de 19,2kgfm (g) e 20,6kgfm (e) a 4.700rpm

TRANSMISSÃO
Tração dianteira e câmbio automático de seis marchas

SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS
Dianteira, independente, do tipo McPherson; e traseira, eixo de torção/ 6,5 x 18 polegadas, de liga leve / 215/55 R18

DIREÇÃO
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica progressiva

FREIOS
A discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS

CAPACIDADES
Do porta-malas, 422 litros; do tanque de combustível, 50 litros; e de carga útil (passageiros mais bagagem), 430 quilos

DIMENSÕES
Comprimento, 4,30m; largura, 1,79m; altura, 1,63m; distância entre-eixos, 2,61m; altura livre do solo, 19cm

PESO
1.300 quilos

DESEMPENHO
Velocidade máxima de 190 km/h (e)
Aceleração até 100km/h em 9,3 segundos (e)

CONSUMO (*)
Cidade: 10,9km/l (g) e 7,7km/l (e)
Estrada: 12,4km/l (g) e 8,7km/l (e)

Dados dos fabricantes
(*) Medição do Inmetro
(g): gasolina
(e): etanol



EQUIPAMENTOS
(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )
(foto: Pedro Cerqueira/EM/D.A Press )

DE SÉRIE
Airbags frontais, laterais e de cortina; freios ABS com EBD; controle de estabilidade e tração; assistente de partida em rampa; sinalização de frenagem de emergência; barras de proteção lateral; alarme; monitoramento de pressão dos pneus; sensores de estacionamento traseiros e dianteiros; câmera de ponto cego; câmera de ré; smart câmera 360 graus; freio de estacionamento por botão com função Auto Hold; detector de fadiga; sistema de frenagem autônoma; assistente de permanência em faixa; farol alto adaptativo; ar-condicionado automático digital; saída de ar para os bancos traseiros; banco do motorista com ajuste de altura e ventilação; volante com regulagem de altura e distância; retrovisores com ajuste e rebatimento elétricos; acendimento automático dos faróis; chave presencial; carregador sem fio para smartphones; aletas no volante para trocas de marcha; controle de velocidade adaptativo; central multimídia de 10.25 polegadas com navegação GPS e sistema de carro conectado com serviços de prevenção ao roubo, assistência 24h, controles remotos, diagnóstico e alertas de uso do veículo; faróis e lanternas em LED; luzes diurnas; faróis de neblina; barras de teto na cor prata; spoiler traseiro na cor do veículo; moldura lateral da coluna C na cor prata, rodas de liga leve diamantadas de 18 polegadas; teto solar panorâmico; painel de instrumentos digital de sete polegadas; apoio de braço; bancos revestidos em couro sintético nas cores marrom e bege; antena tipo barbatana.

OPCIONAL
Pintura metálica (R$ 900).

QUANTO CUSTA?
O novo Hyundai Creta Ultimate 2.0 AT, versão de topo do SUV compacto, tem preço sugerido de R$ 161.190. Com o opcional listado, a unidade testada custa R$ 162.090.

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