E o Citroën C4 Lounge “subiu no telhado”. Com volume de vendas crítico (nós já tinhamos previsto esse movimento no início do ano), a marca oficializou a interrupção da importação do sedã médio fabricado na Argentina para o Brasil.
Por mais que o coronavírus tenha comprometido o desempenho em 2020, 272 unidades emplacadas até o fim de setembro é muito pouco. E o fato da marca ter confirmado a interrupção da sua importação revela que o estoque está próximo de zero em suas concessionárias. Para ter ideia, em setembro foram vendidas apenas 8 unidades do sedã.
O C4 Lounge chegou a ser a melhor opção de sedã médio do Brasil. Design original e elegante, amplo espaço interno, acabamento esmerado e o bom desempenho do motor 1.6 THP (turbo) eram seus principais predicados.
O tempo passou, a concorrência se renovou e nem por isso o sedã da Citroën ficou desatualizado, prova de que estava na vanguarda quando chegou por aqui, em 2013. De qualquer forma, o modelo teve vida longa.
Certamente, a imagem negativa do pós-venda da marca contribuiu para que o C4 Lounge nunca alcançasse o topo do segmento. Em 2013, ano de seu lançamento no Brasil, o modelo registrou 3.055 emplacamentos. Seu melhor ano foi 2014, quando foram vendidas 9.206 unidades. Daí para frente, foi “morro abaixo”: 6.032 unidades em 2015; 3.989 unidades em 2016; 3.313 unidades em 2017; 3.229 unidades em 2018; e apenas 1.588 unidades em 2019.
Hoje, a linha de veículos de passeio da Citroën no Brasil é formada apenas pelo hatch C3, o utilitário-esportivo C4 Cactus e o monovolume Aircross, todos produzidos na planta de Porto Real (RJ). A expectativa é que novos modelos, derivados da plataforma CMP (a mesma usada pelo novo Peugeot 208, fabricado na Argentina), sejam fabricados no Brasil, entre eles um crossover compacto.
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SUBIU NO TELHADO
Citroën C4 Lounge deixa de ser importado para o Brasil e não deve mais voltar
Marca francesa não trouxe o modelo para o Brasil ao longo de 2020 e praticamente já "queimou" o estoque de 2019. Confira um breve histórico do sedã no nosso mercado e o que pode vir por aí
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