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Estado de Minas SALTO ALTO

Renault Captur 2022 ganha motor 1.3 turbo, mas custa a partir de R$ 124.490

SUV compacto ganha reestilização discreta na carroceria e importante evolução no interior. Maior novidade é o novo motor turbo, mas, preços não são convidativos


postado em 07/07/2021 12:00 / atualizado em 07/07/2021 16:22

O Renault Captur chegou ao Brasil no início de 2017 tendo como apelo principal as linhas fluidas e cheias de personalidade. Porém, por baixo da carroceria charmosa estava um velho Duster, só que mais caro. O conjunto mecânico da versão de topo não era nada desejável: motor 2.0 beberrão e câmbio automático de quatro marchas.

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
Não por acaso, ao longo dos últimos quatro anos o SUV compacto nunca convenceu o consumidor brasileiro e, não fosse o parentesco com o Duster, seu volume de vendas dificilmente justificaria continuar a produção.

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
Ciente do fiasco, a Renault agora tenta corrigir os erros na reestilização do Captur. Apesar de já não chamar tanto a atenção como no início, a Renault pouco mudou o SUV compacto por fora. Na dianteira, a grade ficou ligeiramente maior e ganhou detalhe cromado, enquanto o para-choque foi retocado. A versão de topo tem faróis em LED.

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
Nas laterais é possível ver as novas rodas de 17 polegadas, disponíveis com dois desenhos. Na traseira, o nome do modelo agora está escrito sobre um fundo na cor da carroceria (antes esse componente era cromado). O charme da pintura em dois tons, onde o teto pode ser pintado em preto ou prata, continua sendo oferecido como opcional, agora com duas novas cores de carroceria: bronze Sable e azul Iron.

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
DENTRO No interior foram feitas importantes correções para deixar o Captur mais próximo dos concorrentes. Antes ligado ao banco do motorista, o apoio de braço agora está integrado a um console central todo novo. Outra correção é que o volante passou a ter regulagens em altura e distância, oferecendo conforto e ergonomia a um maior número de pessoas. O painel ganhou um “tapa”, ainda que todos os elementos estejam no mesmo lugar, com os mesmos formatos, mas a apresentação ficou mais atual.

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
A única novidade é a tela de 8 polegadas do sistema multimídia. A velha e não tão prática chave-cartão continua equipando o modelo. Com 2,67 metros de entre-eixos, o interior do compacto continua oferecendo bom espaço para até quatro ocupantes. Agora os passageiros do banco de trás passam a ter duas tomadas USB para recarregar seus equipamentos eletrônicos na versão intermediária Intense. O porta-malas manteve os 437 litros de volume, que se traduz em um bom espaço para as bagagens.

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
TURBO Mas, pelo menos para quem gosta de dirigir, o melhor da festa está debaixo do capô. O Captur faz a estreia do motor 1.3 turbo flex na linha Renault. São até 170cv de potência (no etanol, porque com gasolina são 162cv) e 27,5kgfm de torque a 1.600rpm (com ambos os combustíveis). O câmbio é automático tipo CVT, com oito marchas virtuais. De acordo com a Renault, a velocidade máxima é de 190km/h, e a aceleração até os 100km/h é feita em 9,2 segundos (com etanol).

Além do turbo, o propulsor tem várias tecnologias para aprimorar o desempenho e o consumo, como o dublo comando de válvulas variável, injeção direta de combustível e soluções para redução de atritos. De acordo com o Inmetro, o consumo de combustível na cidade é de 11,1 km/l com gasolina e 7,5 km/l com etanol. Na estrada o consumo é 12 km/l com gasolina e 8,3 km/l com etanol. A parte ruim é que esse motor é produzido na Espanha, o que pode encarecer a aquisição e a manutenção, mas, sua adaptação à tecnologia flex ficou a cargo da engenharia brasileira.

RODANDO Rodar com o Captur 2022 é agradável. Na cidade, o bom torque em baixas rotações proporciona boa capacidade de reagir. Na estrada, o desempenho é satisfatório para realizar ultrapassagens e retomadas em pouco tempo. O câmbio gerencia bem as trocas de marcha. A suspensão tem bom compromisso entre conforto e estabilidade, tendendo a ser um pouco mais rígida. A direção agora tem assistência elétrica, no lugar da anterior, que era eletro-hidráulica, com pesos adequados.

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
VERSÕES Com produção nacional, em São José dos Pinhais (PR), o Captur está disponível em três versões, todas com o novo motor 1.3 turbo e câmbio automático (o velho motor 1.6 aspirado fica disponível apenas para frotistas). A de entrada Zen (R$ 124.490) traz de série airbags frontais e laterais, controle de tração e estabilidade, câmera e sensores de estacionamento traseiros, assistente de partida em rampa, luzes de rodagem diurna em LED, sensor de pressão dos pneus e sistema multimídia Easylink com espelhamento de smartphone.

O pacote intermediário é o Intense (R$ 129.490), que traz ar-condicionado automático, luzes de neblina em LED com função auxiliar em curvas sensores de chuva e crepuscular. Já a versão de topo Iconic (R$ 138.490) soma sensor de ponto cego, sistema Multiview (com quatro câmeras), partida remota do motor e bancos revestidos em couro.

VALE?
Com esta reestilização, o Renault Captur ficou mais competitivo frente a concorrência. A faixa de preço do modelo abrange as versões de topo dos demais SUVs compactos, o que soa pretensioso para um veículo que vinha tão mal no mercado. Mas, sem dúvida, o modelo tem como principal chamariz a motorização 1.3 turbo. A renovação do interior foi grande, mas apenas o equiparou aos seus pares. O pacote de equipamentos é bom, mas está longe de ser o melhor do segmento. O visual é um quesito subjetivo e, mesmo renovadas, as linhas do modelo já não soam como novidade, e ainda pagam o preço de se aproximar muito do pequeno Kwid.



FICHA TÉCNICA
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)

MOTOR (*)
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.332cm³ de cilindrada, com turbo e injeção direta de combustível, flex, que desenvolve potências máximas de 162cv (gasolina) e 170cv (etanol) entre 5.500 e 6.000rpm e torque máximo de 27,5kgfm (g/e) entre 1.600rpm e 3.750rpm

TRANSMISSÃO (*)

Tração dianteira, e câmbio automático tipo CVT que simula oito marchas

SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS (*)

Dianteira, independente, tipo McPherson; traseira, semi-independente, tipo eixo de torção, com barra estabilizadora /17 polegadas (liga leve) / 215/60 R17

DIREÇÃO (*)

Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica

FREIOS (*)
A disco ventilados na frente e tambores na traseira, com ABS e EBD

CAPACIDADES (*)

Tanque, 50 litros; capacidade de carga (passageiro e carga), ND

DIMENSÕES (*)

Comprimento, 4,38m; largura, 1,81m; altura, 1,62m; distância entre-eixos, 2,67m; e altura em relação ao solo, 21,2cm

VOLUME DO PORTA-MALAS (*)

437 litros

ÂNGULOS (*)

De ataque, 19 graus; de saída, 30 graus; central, 25 graus

PESO (*)
1.366 quilos

PERFORMANCE (*)
Velocidade máxima de 190 km/h (g/e)
Aceleração até 100km/h em 9,2 segundos (e)

CONSUMO (**)
Cidade, 11,1 km/l (g) e 7,5 km/l (e)
Estrada, 12 km/l (g) e 8,3 km/l (e)

(*) Dados do fabricante
(**) Dados do Imnetro
ND Não disponível
(g) gasolina
(e) etanol

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