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Estado de Minas EMPLACAMENTOS

Com escassez de veículos novos, usados registram recorde histórico em julho

Com 1,4 milhão de transações, usados alcançam melhor resultado na série histórica da Fenabrave, enquanto segmento de automóveis teve o pior resultado desde 2005


postado em 05/08/2021 07:00 / atualizado em 04/08/2021 20:40

(foto: Creative Commons )
(foto: Creative Commons )
O mercado de veículos usados continua “bombando”. Apenas no mês de julho, foram registradas 1.425.219 transações de usados, um aumento de 6,55% em relação ao mês anterior. Se compararmos com julho de 2020, o acréscimo foi de 25,04%. Vale ressaltar que esses números correspondem a todos os segmentos: automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas e implementos rodoviários.

No acumulado do ano, já foram vendidos 8.794.935 milhões de veículos usados, aumento de 55,78% em relação ao mesmo período de 2020. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foi o melhor mês de julho e o melhor resultado nas transações de usados nos sete primeiros meses do ano desde o início da série histórica, que começou em 2003.

Se considerarmos apenas os automóveis e comerciais leves, o volume das transações de usados em julho foi de 1.061.013 veículos, 6,83% maior que no mês anterior e 27,22% maior que em julho do ano passado. No acumulado do ano, o volume total automóveis e comerciais leves foi de 6.512.509 veículos usados, 55,77% a mais que no mesmo período de 2020. A título de comparação, no acumulado de 2021, esse mercado dos veículos novos registrou crescimento de pouco mais de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os automóveis e comerciais leves entre 1 e 3 anos de fabricação representaram 12,3% das transações em julho e 11,02% no acumulado do ano. De acordo com a Fenabrave, a principal causa do crescimento dos usados está na escassez de veículos novos, situação provocada pela dificuldade na obtenção de peças e componentes pela indústria.


Automóveis novos estão em queda

No outro extremo, o emplacamento de veículos novos no segmento dos automóveis teve seu pior mês de julho desde 2005. Com 123.579 unidades, os registros de automóveis zero-quilômetro foram 7,3% menores que no mês anterior e 8,41% inferiores a julho de 2020. Porém, no acumulado do ano, o segmento soma 927.735 emplacamentos, 20,2% superior ao mesmo período de 2020.

“A dificuldade na obtenção de peças e componentes, como os semicondutores, segue como o principal gargalo para o segmento de Automóveis e faz com que os estoques das concessionárias permaneçam em níveis criticamente baixos”, disse Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.

De acordo com a associação das revendedoras, como os comerciais leves apresentam menor dependência de componentes eletrônicos, seu desempenho foi positivo. Com 38.825 emplacamento em julho, o segmento foi superior em 7% em comparação ao mês anterior e 38% melhor que em julho do ano passado.

Na avaliação da Fenabrave, o crescimento dos comerciais leves mantém o viés de recuperação e indica que o bom momento poderia ser estendido ao segmento dos automóveis, se houvesse disponibilidade de produtos. “A economia está, aos poucos, retornando à normalidade, com o avanço da vacinação, e há boa oferta de crédito, com um nível de aceitação de proposta de 7 para cada 10 enviadas aos bancos”, disse o presidente da Fenabrave.

Considerando todos os segmentos automotivos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas e implementos rodoviários), os emplacamentos de veículos automotores novos encerraram o mês de julho próximo da estabilidade, com queda de 0,02% na comparação com junho.

Com resultados positivos em julho nos segmentos de caminhões, implementos rodoviários, motos e comerciais leves, o setor como um todo registrou alta de 10,9% em relação a julho de 2020 e aumento de 33,74% no acumulado do ano quando comparado ao mesmo período de 2020.

“O número de emplacamentos, até agora, mostra que o setor, no geral, mantém sua trajetória de recuperação, com um volume total próximo ao que registramos nos últimos anos antes da pandemia. E, se a produção estivesse normalizada, principalmente, para automóveis, poderíamos ter um crescimento ainda maior do que o previsto para este ano”, resume Alarico Assumpção Júnior.

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