
Após ao que podemos considerar um fracasso das marcas Peugeot e Citroën no mercado brasileiro, com a má fama do pós-venda e participação muito aquém do seu potencial, as marcas têm uma rara oportunidade de recomeçar, mérito da história construída por cada uma. O trabalho vai ser árduo e acaba de começar.
E o novo C3 honra o legado da Citroën, com suas linhas sempre originais. O design do modelo foi baseado no C3 europeu, mas foi desenvolvido pelas equipes locais da América do Sul para atender às preferências da região.



O volante tem base achatada e traz alguns comandos. A marca promete uma posição de dirigir elevada, boa ergonomia (com todos os comandos ao alcance do motorista) e o melhor espaço do segmento para as pernas dos passageiros traseiros. Informações como a distância entre-eixos e o volume do porta-malas não foram divulgadas).
MOTOR A Citroën não confirmou as motorizações do novo C3, mas as versões de entrada devem trazer sob o capô o motor 1.0 Firefly da Fiat (com até 77cv de potência e 10,9kgfm de torque). Já as versões mais caras devem usar o motor 1.6 FlexStart (com até 118cv e 16,1kgfm) da PSA, que posteriormente deverá ser substituído pelo 1.0 turbo GSE (de aproximadamente 130cv) que estreia no inédito Fiat Pulse.
PREÇO A marca promete preços competitivos. No mercado atual, impossível definir um valor para um carro que será lançado daqui a, no mínimo, quatro meses. Mas, se fosse hoje, o preço de entrada do C3 ficaria na faixa entre R$ 70 e R$ 75 mil, acima dos compactos de entrada e abaixo do Peugeot 208, como a marca foi posicionada.
GAMA O C3 é o primeiro veículo de um total de três que serão lançados até 2024 para compor a nova gama da marca no Brasil. O projeto C-Cubed prevê o lançamento de uma família que ainda deve ganhar um crossover no fim de 2022 (para substituir o C3 Aircross) e um sedã compacto, em 2024. Todos terão fabricação local, nas plantas do Brasil ou Argentina.
Para produzir o novo C3, a fábrica de Porto Real (RJ) foi adaptada para fabricar a plataforma CMP simplificada. O modelo será exportado para vários países da América do Sul. Com esta linha, e o posicionamento de entrada em relação à Peugeot, a ideia é que a marca alcance volume considerável de vendas.