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Estado de Minas PODE ISSO?

Fiat deve explicar reajuste de preço do Pulse antes da entrega ao cliente

Aumento médio entre as cinco versões do compacto da Fiat foi de R$ 3.400. De acordo com o Procon-SP, multa pode chegar a R$ 11,6 milhões


postado em 10/01/2022 11:29 / atualizado em 10/01/2022 12:05

(foto: Fiat/Divulgação)
(foto: Fiat/Divulgação)
A Fiat foi notificada pelo Procon-SP para esclarecer sobre o reajuste de preço do Pulse que afetou os consumidores que fizeram a reserva do modelo tendo como base os valores divulgados no lançamento.

O aumento no preço de todas as versões foi feito no dia 10 de dezembro, menos de dois meses após o lançamento do compacto. O reajuste variou entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, dependendo do pacote, atingindo uma média de R$ 3,4 mil entre as cinco versões.

O reajuste

Confira o preço de lançamento do Fiat Pulse e o aumento aplicado menos de dois meses depois

  • Drive 1.3 Manual – de R$ 79.990 para R$ 83.990 (diferença de R$ 4 mil)
  • Drive 1.3 AT – de R$ 89.990 para R$ 93.990 (diferença de R$ 4 mil)
  • Drive 1.0 Turbo AT – de R$ 98.990 para R$ 101.990 (diferença de R$ 3 mil)
  • Audace 1.0 Turbo AT – de R$ 107.990 para R$ 109.990 (diferença de R$ 2 mil)
  • Impetus 1.0 Turbo AT – de R$ 115.990 para R$ 119.990 (diferença de R$ 4 mil)


De acordo com o Procon-SP, a Fiat deverá esclarecer quantos consumidores fizeram a reserva e ainda não receberam os seus veículos e quantos consumidores serão prejudicados com essa mudança.

Em caso de desistência da compra do veículo em razão do reajuste, a marca italiana ainda deverá explicar como os valores serão devolvidos, se serão atualizados e se, tendo em vista a frustração da legítima expectativa do consumidor, a empresa apresentará alguma compensação.

A empresa automotiva ainda deve esclarecer sobre a possibilidade de análise individualizada dos casos para a manutenção dos valores acordados na reserva, se foi disponibilizado canal específico para esses consumidores e se quem tiver interesse em negociar deve procurar a concessionária ou diretamente o fabricante.

Segundo o Procon-SP, o valor da multa que a Fiat terá que pagar, caso seja confirmado que descumpriu a oferta estabelecida aos consumidores, pode chegar a R$ 11,6 milhões, quantia calculada de acordo com o porte da empresa e a gravidade da infração.

Em comunicado, a Fiat alega que a alta volatilidade do câmbio e o mercado de insumos gerou a alta dos preços. Porém, no entendimento do Procon-SP, essa instabilidade não é uma situação atípica e estava na previsão da empresa.

A Fiat garante que os consumidores foram avisados na pré-venda quanto a possibilidade de reajuste, mas o Procon-SP quer explicações sobre como essa comunicação foi efetuada, se ela consta no contrato de reserva assinado e se os consumidores foram avisados. A Fiat tem até o dia 13 de janeiro de 2022 para esclarecer os pontos levantados pelo órgão de defesa do consumidor.

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