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Consórcio é uma boa escolha?

Ter ciência não só do bem que está adquirindo, mas também da negociação que irá fazer podem ajudar a não trocar o famoso %u201Cgato por lebre%u201D


postado em 29/10/2018 12:37

(foto: Thalyta Tavares/ Esp. DP)
(foto: Thalyta Tavares/ Esp. DP)
 
 
A maioria das pessoas tem o sonho de comprar um carro, seja ele novo ou seminovo. Mas, em tempos onde o pagamento à vista - por se tratar de um bem muito caro - pode ser um impasse, recorrer às diversas opções torna-se uma saída cabível. As propostas lançadas são tentadoras e aparentam estar de acordo com o que é prometido, mas o que era para ser uma utopia, às vezes, pode virar um grande pesadelo.
 
Uma modalidade bastante popular é a aquisição de veículos por meio do consórcio. Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) mostram que, nos cinco primeiros meses de 2018, mais de 235,3 mil pessoas recorreram ao crédito de consórcio para a aquisição de veículo leve (automóveis, camionetas ou utilitários) no país. Esse número é 7,3% maior que o mesmo período do ano passado, quando 219,5 mil pessoas recorreram a essa categoria.
 
O vendedor da Pernambuco Motos em Olinda, Sérgio Marcos, conta que o consórcio funciona de maneira fácil e bastante objetiva. “Se paga mensalmente uma quantia que corresponde à prestação do valor principal acrescido de taxas que, juntas, compõem a parcela.”, completa.
 
Logo após o trâmite, uma conta é criada, onde essas parcelas vão sendo creditadas a fim de aguardar a liberação através da carta de crédito. O vendedor explica que a carta pode ser adquirida de diversas formas. “Acontece através de sorteio ou lance, onde o mínimo é a partir de 10 tentativas, além da faixa de lance fixo, que é 15% do valor do veículo”, completa.
 
Assim como outras modalidades, adquirir um veículo via consórcio possui as suas vantagens e desvantagens. O advogado especialista em direito bancário, Thiago Della Torre, detalha o processo. “No caso das taxas e tarifas os valores ficam mais baixos. O lado ruim é que, assim como todo modo de parcelamento, essa modalidade vem agregado ao valor principal algumas taxas altas”, explica.
 
Della Torre comenta que, geralmente, um problema que as pessoas mais enfrentam é com relação à tentativa de cancelamento do acordo. Por isso, tomar cuidado antes de fechar negócio é imprescindível. “Há alguns contratos que elegem multa e até mesmo devolução dos valores apenas no final do tempo de contratação, ou seja, há de se tomar cuidado ao contratar esse tipo de parcelamento para não fazer uma má negociação”, diz.
 
Ter ciência não só do bem que está adquirindo, mas também da negociação que irá fazer podem ajudar a não trocar o famoso “gato por lebre”. “É imprescindível se atentar quanto às taxas relacionadas tanto ao cancelamento quanto ao tempo de devolução dos valores”, afirma.
 
Imprevistos podem acontecer, mas seguir algumas medidas podem ajudar na boa compra. O especialista orienta como proceder para fechar um bom negócio sem dor de cabeça. “Procure diversas opções disponíveis no mercado. Atente-se quanto às cobranças das taxas que irá compor o contrato. Verifique se você se adapta a modalidade. Desta forma, você estará garantindo uma boa compra e, consequentemente, o evitar de possíveis problemas futuros”, finaliza.

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