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Estado de Minas FALECIMENTO

Morre Ferdinand Piëch, ex-presidente e CEO da Volkswagen

O austríaco, neto de Ferdinand Porsche, foi responsável pela reestruturação da VW na década de 90


postado em 27/08/2019 13:19

Foto: THOMAS KIENZLE / AFP
Foto: THOMAS KIENZLE / AFP

No último domingo (25), morreu o austríaco Ferdinand Piëch, aos 82 anos, na Alemanha. Ex-presidente e CEO da Volkswagen, difundiu a técnica de construção modular, que consiste em compartilhar suportes de veículos comuns entre as várias marcas dentro do mesmo grupo automotivo. Piëch salvou a VW da falência na década de 90 e transformou a Audi em uma das maiores marcas automotivas mundiais.

 

A jornada como CEO da Volkswagen iniciou em 1993, quando a fabricante possuía um déficit de um bilhão de euros. Piëch antecipou a tendência de compartilhamento de plataforma, sistema que ajudou a otimizar a produção em larga escala. Os frutos da ideia foram os automóveis A3, Beetle, Bora, Golf e TT sobre a base PQ34, que aprumaram as contas da VW. Cinco anos mais tarde, em 1998, Piëch conseguiu reunir ao conglomerado automotivo as marcas Bentley, Bugatti e Lamborghini. Durante seu mandato de 9 anos como CEO, liderou a expansão da Volkswagen em um império de 12 marcas. Foram também inclusas as marcas Skoda, Bentley, Audi, Marcas Porsche e Ducati, além dos caminhões MAN e Scania.

 

Em 2002 foi promovido ao cargo de presidente e lá se manteve até 2015, quando se desentendeu com o diretor executivo Martin Winterkorn. Ferdinand Piëch era conhecido por tomar decisões arriscadas e fazer grandes apostas em produtos, como por exemplo o episódio em 1968, quando ainda trabalhava para a Porsche, em que investiu dois terços do orçamento anual da empresa para construir 25 protótipos de carros de corrida. Sorte ou não, o sucesso do Porsche 917 lhe rendeu a alcunha de grande visionário e firmou de vez seu nome no mercado automotivo.

 

"Não é possível levar uma empresa ao topo, concentrando-se no mais alto nível de harmonia", disse Piëch em sua autobiografia.

 

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