Dirigir com maturidade e prestar atenção em cada detalhe ao longo da via é o básico para qualquer motorista, mas nem sempre isso basta. Por se tratar de um espaço completamente, vários elementos inesperados podem aparecer nas ruas, principalmente animais, e nas piores ocasiões, pode ser tarde demais até para o mais responsável dos motoristas tomar uma atitude rápida e impedir um acidente. Entretanto, existe algo pior do que atropelar um animal por acidente: abandoná-lo no meio da rua sem tomar nenhuma providência. Portanto, descubra o que fazer e para quem pedir ajuda após o acidente:
A primeira coisa a se fazer é manter a calma. Apesar de ser uma situação no mínimo chocante, entrar em pânico e simplesmente ir embora deixa tudo muito pior, portanto não se desespere, pare o carro, ligue o pisca-alerta, posicione os triângulos de sinalização e vá atender o animal que foi atingido para tentar identificar suas possíveis ferimentos. Em algumas ocasiões, a vítima pode apresentar apenas lesões como alguma fratura. Em casos como esse, mova-o cuidadosamente até o seu carro evitando a movimentação do animal, mantendo a coluna ereta e segurar o pescoço e a cabeça, feito isso, leve-o até o hospital veterinário mais próximo para que ele seja atendido.
“Em caso de acidente, o condutor pode transportar o animal ferido, no caso de cães ou gatos, para a hospital veterinário mais próximo, lá este será encaminhado direto para emergência. Em caso de clínica veterinária particular, o motorista será responsável pelo animal, arcando também com todos os custos. No Recife, há a possibilidade de recorrer ao Hospital do Recife, localizado no Cordeiro, para um possível atendimento gratuito”, afirmou Inês Victória, estudante de veterinária da Unibra.
Também é importante se preocupar com as ações do animal, cachorros podem apresentar um comportamento agressivo para se defender. Portanto, para sua segurança e da vítima também, o indicado é amordaçar sua boca com um cadarço ou cinto sem machucá-lo , para que ele receba os cuidados necessários, mas tenha certeza de que o animal consegue respirar antes de amordaçá-lo. Caso ele não consiga respirar, faça a técnica de respiração boca-focinho, colocando sua boca próxima às narinas e soprando 15 a 20 vezes por minuto até o atendimento no hospital. Em casos de lesões expostas ou sangramentos, é necessário estancar o sangue com panos limpos ou compressa de gaze, por cerca de 5 minutos. O foco de todas essas ações é garantir que o animal chegue com vida e pronto para ser atendido pelos veterinários.
Animais de grande porte
Acidentes envolvendo animais maiores, como cavalos ou vacas, são mais comuns de acontecerem em rodovias ou em áreas rurais. Por conta do tamanho, não será possível transportar o animal para o atendimento, portanto, cabe ao motorista parar o veículo, posicionar os triângulos de sinalização e contatar as autoridades para constatar o ocorrido. Também devem ser indicados o local do acidente e o animal atingido, para que as autoridades cheguem ao local para socorrer a vítima.